Reivindicando nossos direitos

No dia 31 de outubro, deste ano, ocorreu um fato em minha vida que achava que nunca poderia acontecer! Eu, juntamente com outras companheiras auxiliares de creches, em frente ao Paço Municipal de São Vicente, realizamos com o sindicato da categoria uma paralisação para assim chamarmos a atenção das autoridades.
Chegamos ao local às 8:00 da manhã. Ao chegarmos, a imprensa já estava presente, repórteres postos para iniciar as entrevistas. Também pudemos contar com a presença de algumas mães que, como nós, estavam em protesto, pois sem creche, onde deixariam seus filhos?
Por volta das nove horas, notamos o carro diplomata chegando com o Sr. prefeito no interior. O motorista, ao notar a manifestação, no mesmo momento, mudou seu trajeto, entrando pelos fundos do prédio.
O Sr. prefeito viu que as horas estavam se passando e nós continuávamos ali em protesto com apitos e carro de som, enviou, então, um representante para nos avisar que nos atenderia por volta das 14:30. A espera parecia ser longa, mas ficamos esperançosas por saber que seríamos atendidas. 
Com essa decisão do Sr. prefeito, os representantes do sindicato chamaram um representante de cada creche presente para a reunião que aconteceria nas próximas horas no gabinete.
A euforia tomou conta de todas, depois de 2 meses sem salário e sem previsão para receber, víamos uma luz no fim do túnel.
Todas debaixo daquele sol escaldante, observamos a chegada de algumas viaturas da policia militar. Eram 4 viaturas e uma base móvel, creio que eles queriam nos intimidar, mas não conseguiram, pois não estávamos destruindo nenhum patrimônio, nem causando transtorno ilegal, apenas reivindicando o que é nosso por direito.
Enfim, chegou a hora tão esperada. O líder do sindicato, juntamente com a advogada e a comissão formada pelas representantes das creches, adentraram a prefeitura.
Infelizmente, não pude ficar até o término da reunião, porque já eram 15h00 e tinha avaliação na primeira aula da Profª Derna. Algumas informações nos foram passadas e nos deram a esperança de que, até o dia 6 de novembro, iriam acertar uma parte e a outra até o dia 8, caso contrário, a categoria estará entrando de greve por tempo indeterminado, deixando de atender as crianças da cidade.
Isto é uma vergonha já que estamos falando de São Vicente, que dizem ser a 1ª CIDADE DO BRASIL...

Kelen de Jesus Silva Dutra - 2º semestre 2012/2