sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Alfabetização, letramento e currículo



 
 Magda Becker Soares
 
Dia desses, ao assistir uma explanação sobre alfabetização, fiquei em conflito. Esses momentos são ótimos para refletirmos. O que é alfabetização e o que é letramento? O que isso interfere no currículo e em nossa prática pedagógica?
Ao me questionar sobre tais conceitos, lembrei-me de uma entrevista lida recentemente com a pesquisadora Magda Soares (Presença Pedagógica, set/out 2012), em que ela responde a tais questões com tanta maestria que há de convencer o leitor.

A entrevistada coloca-nos que alfabetização faz parte de um processo complexo, explicado detalhadamente na Psicogênese da Língua (Teberosky e Ferreiro,1980), até o momento em que a criança se apropria do princípio alfabético. Compreende que a escrita é um sistema de representações de sons da língua nas palavras denominadas consciência fonológica.
A partir daí, Soares nos coloca que a aprendizagem da língua escrita (ler e escrever conjunto de palavras-frases; textos com fluência, descodificando e compreendendo ao mesmo tempo) se dá através de processos cognitivos e linguísticos estudados pela psicologia cognitiva e da psicogenética; denominado letramento por alguns autores.
Para Soares (2012), toda investigação, realizada por pesquisadores, não transpõe automaticamente as teorias para a prática pedagógica, em que o professor alfabetizador, dominando esses conhecimentos os colocaria em prática em seu cotidiano. É preciso muita formação e conscientização para que o professor sinta a necessidade de transformar sua prática.
Soares (2012) desenvolve um estudo em séries inicias em uma rede educacional local (Lagoa Santa, MG), porque, ao analisar as séries finais de Ensino Fundamental, percebeu falhas no processo de aprendizagem da língua, estas referentes à alfabetização.
A autora, para a garantia de qualidade no processo de alfabetização, elenca a importância dos métodos utilizados pelo professor para interferir adequadamente nas dificuldades diagnosticadas.
Nessa entrevista, Magda Soares critica a delimitação dos conteúdos, por causa da pressão que as avaliações externas (Saeb, Prova Brasil, Provinha Brasil, etc) exercem sobre o currículo no Brasil; e a ineficiência dos Parâmetros Currículares Nacionais (PCNs) na definição de habilidades a serem desenvolvidas, ao longo de cada etapa do ensino.
Falando em avaliação, a estudiosa afirma que, para haver um ensino de qualidade, deve-se: primeiro construir um currículo para toda rede (grande ou pequena) com metas por séries a serem atingidas; formação de professores e uma política educacional bem elaborada. Para ela, o currículo deve ser  elaborado juntamente com os professores e profissionais responsáveis pela educação, portanto conhecedores da comunidade local.


Referência

SOARES, Magda.Não existe um currículo no Brasil. Entrevista concedida a Sara Mourão Monteiro e Maria Zélia Versiani Machado. Não existe um currículo no Brasil. Revista Pedagógica, Belo Horizonte, Dimensão, nº107, p.5-13. set./out.2012.

Arisa Pio Rodrigues - 2º semestre 2012/2

Como me senti uma autora




Quando soube que deveria fazer algumas crônicas, fiquei um pouco assustada, com receio e medo de não conseguir, pois nunca havia pensado em um dia ser autora, seja lá do que fosse. 
A preocupação era imensa, já que, quando eu pensava em escrever, as histórias vinham em pensamento, mas a dificuldade de passar para o papel era tamanha! Entendo também que esta é a dificuldade de muitas pessoas. 
Então, comecei com a crônica que falava da minha inesquecível infância, lembrei-me de coisas que meus filhos e também os adolescentes de hoje nunca terão a oportunidade de ver ou fazer. A partir daí, deixei o pensamento me levar e isso proporcionou-me uma certa coragem de escrever as outras crônicas.
Tenho que admitir que cada uma das crônicas que eu fazia, sentia um alívio em saber que estava sendo capaz de superar minhas dificuldades. No entanto, sei que todo dia encontro pela frente um aprendizado novo em minha vida, mas claro que, para chegar onde cheguei, contei com a ajuda de amigos e da professora Rosana, que estão sempre dispostos a ajudar. É muito bom sabermos que podemos contar com alguém quando precisamos!
Na vida, temos que passar por muitos obstáculos, e, cada um deles que supero, para mim, é uma vitória. Para tudo é necessário esforço, persistência, otimismo e dedicação.
Sei que ainda tenho muito a aprender. Afinal, a vida é um aprendizado contínuo de construção e reconstrução de conhecimento, mas o que eu aprendi até o momento, espero poder compartilhar e também levar ao conhecimento de muitos.
Agora, tenho a certeza que a cada dia posso ser melhor. Nada como um dia após o outro.
Hoje me sinto feliz, realizada e com a sensação de dever cumprido, e agradeço a todos que, de certa forma, fazem parte da minha vida, dando-me a certeza de que posso cada vez ir mais além.

Claudia Costa - 4º semestre 2012/2

A uma grande amiga


Dedico esta última crônica a uma grande amiga que conheci ao longo desta jornada, que me ajudou, e tem ajudado muito. Mesmo ela tendo seus trabalhos para fazer, jamais me negou ajuda.
Amigos são aqueles que Deus coloca em nossa vida para que caminhemos juntos. Sei que se não fosse por ela, eu estaria perdida. 

Quando entrei pela primeira vez na sala de aula, ela de imediato já me acolheu, foi simpática, fez com que eu deixasse um pouco o medo de lado, e assim tem sido até hoje. Por isso, não podia deixar de fazer minha homenagem a ela.
Rosangela Aparecida Bispo, espero que a nossa amizade que começou na universidade perdure para sempre, pois jamais vou esquecer tudo o que tem feito por mim e, da mesma maneira, quero te dizer que pode sempre contar comigo. E quando findarem os quatro anos e nós tivermos a benção de nos formarmos, ainda assim, não vamos nos perder de vista, porque há amigos mais chegados que irmãos. Esta foi minha última crônica e com estas palavras fecho aqui mais um ciclo de muitos que ainda estão por vir.

Rosimeire Ribeiro - 2º semestre 2012/2

O sonho... É possível...


E o tempo passou... Sentia-me incompleta, faltava-me algo... Que por muitas vezes iniciei, mas não cheguei ao término! Muito frustrante! Aquela sensação de que você falhou e não teria a oportunidade de se redimir, de voltar no tempo! 
É, uma escolha mal feita, pode deixar marcas profundas! Dificultar seu percurso! E o tempo não volta... E a idade... Ah! A idade! As condições... Nem pensar! Apenas assistindo aos outros conquistarem. E eu, aguardando... Assim era o meu estado! Até que veio esta grande oportunidade! E que oportunidade! Esta bolsa de estudos na melhor Universidade da Baixada! Olha eu! 
Agarrei esta chance com unhas e dentes! Iniciei meus estudos cheia de perspectivas! Como este curso tem me aberto a visão, me enriquecido, acrescentado! E os professores! Muito seguros! Realmente dominam o que fazem! Às vezes, me pego imaginando: "um dia serei assim”!
Claro que o caminho não é só de rosas! Existem as dificuldades, isso é normal. Em tudo que se almeja, existem os percalços, os espinhos... Que a cada dia têm sido superados! Passo a passo, as mudanças são aparentes em mim! Estou mais reflexiva! Houve momentos, confesso, que pensei em desistir. Mas a razão despertou-me! Nem pensar em retroceder! Estou imbuída de um determinismo: Vou até o fim!!! É a minha vez! E a cada dia contemplo... O Sonho... É possível... E eu o estou realizando...

Marilene Aparecida Santana - 

4º semestre 2012/2

Como me senti autora


Primeiramente, quero agradece a Deus por ter realizado o meu sonho de estar na faculdade, pois é muito importante para o meu crescimento pessoal.
Nem todas as pessoas com as quais eu convivo acretidaram em mim, e até falaram que eu não terminaria o primeiro semestre, mas o meu Deus tem um plano na minha vida, e ninguém tem o direito de acabar com o meu sonho.
Deus colocou pessoas maravilhosas no meu caminho que sempre me ajudaram de coração, como a tia Neide que, nos momentos difíceis que vivi, estava ao meu lado. Foi uma semana bem atribulada no meu trabalho, mas Deus não te dá um fardo, se você não pode segurá-lo. Obrigada família por me ajudar nessa caminhada e meus professores que acreditaram em mim.
Como me senti autora? Foi quanto a profª Rosana  falou que eu tinha como tarefa escrever crônicas, mas eu só escrevia poucas linhas. No entanto, eram linhas bem explicativas, até uma colega perguntou se fui eu mesma que escrevi a crônica "pensamentos difusos", pois estava bem interessante na opinião dela. Quando eu escrevi foi do fundo do meu coração, como a minha amiga Edina fala, "tudo vale a pena em nossa vida".
Agradeço a todas as minhas amigas Rosangela, Rosemeire, Sandra, pois vocês estão sempre no meu coração para vida toda.
Deus nos ama e o Seu amor é tão grande e incondicional para todos os amigos do Parfor.
Quando tudo não dá certo, Deus faz tudo certo em nossa vida.
Deus dará ordens aos seus anjos

A seu respeito e com as mãos
Eles o segurarão, para que
Você não tropece em alguma pedra

Estela Aparecida Veira de Jesus - 

2º semestre 2012/2

Como me senti autora


No início, foi bem difícil, mas, como tenho muita fé, essas dificuldades foram superadas. Imagine você, depois de três anos com uma depressão que quase acabou comigo, ter uma oportunidade de renascer e recomeçar para que pudesse trabalhar e estudar novamente.
Tive momentos em que queria desistir de tudo. No entanto, Deus derrama bênçãos sobre minha vida sempre e enviou a professora Rosana para me instruir. No começo, achei-a bastante rígida, porém agora uma grande amiga, porque só quem é iluminada tem o dom de ensinar como ela.
Me senti autora desde que ela pediu para que escrevesse sobre minha infância e depois todas os outros trabalhos que digitei. Com o teclado não tenho muita dificuldade, no entanto, para enviar trabalhos por e.mail, por exemplo, ainda me atrapalho. Essa dificuldade será por pouco tempo, tenho certeza.
Com o escasso tempo que temos, conseguir sentar em frente ao computador e escrever crônicas, outra coisa nova na minha vida, que maravilha! Obrigada por tudo professora! E também agradeço a Deus por me conceder essa vitória. Irei vencer muito mais, vocês vão ver!


Gisele Madureira - 2º semestre 2012/2 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Como estou me tornando autora


Quando a professora disse que eu teria que fazer a cada mês uma crônica, o que me veio à cabeça foi:"eu não sei fazer isso". Pensava que escrever crônicas era coisa de profissional. 
Comecei a escrever e tive vários erros, escrevia, apagava... Fiquei horas tentando escrever alguma coisa e quase que não saia nada. Não encontrava palavras, mas, com muito custo, consegui. 
A professora fez alguns ajustes e disse que estava ótimo. Fiquei feliz! O importante é que a professora tem um jeitinho delicado de nos incentivar, por mais que não tenha ficado bom. 
Quando ela postou no blog a crônica que tinha escrito, achei lindo! Principalmente, porque ela mudou algumas palavras e o texto ficou bem mais elaborado. Percebi que ainda não podia me sentir autora e que tenho muito que aprender, mas é errando que se aprende, e, para aprender, a gente tem que ser curioso, buscar conhecimentos. Com isso, comecei a me interessar pelas crônicas e o que antes não dava importância, hoje é para mim um grande aprendizado. Fico horas na internet, lendo várias crônicas. O engraçado é que com algumas até me identifico. Leio artigos sobre crônicas, aprendi a me interessar por este tema e, por sinal, adorei. 
Já aprendi que qualquer um pode ser o autor da sua  história. É só deixar o coração falar por você e colocar no papel os fatos que acontecem no cotidiano. Esta é minha quarta crônica! Sei que ainda há alguns erros, erros estes que vão fazer com que eu aprenda cada vez mais e, quem sabe um dia, me torne a grande autora da minha própria história.

Rosangela Bispo - 2º semestre 2012/2