sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Casa da Vó

Eu esperava ansiosa os fins de semana, porque, aos domingos, ia almoçar na minha vó. Tenho uma enorme saudade do meu tempo de menina e daquele quintal repleto de plantas, onde tudo era permitido, andar descalça, mexer na terra, tomar banho de água fria e o que eu mais gostava, subir na goiabeira.
Minha vó vivia num chalé de madeira, com a varanda em alvenaria. Era na esquina de uma rua bem arborizada com várias árvores "Chapéus de Sol". A rua era de terra e ainda tinha esgoto aberto. No quintal, havia um lindo gramado e várias árvores como: coqueiros, pé de tamarindo, acerola, ameixa, goiaba, café, entre outras. No quintal, também havia dois jabutis gigantescos, patos e galinhas.
Minha vó sempre foi uma ótima cozinheira e, por isso, estava sempre de avental. Eu olhava para ela e lembrava da tia Anastácia do Sitio do Pica Pau Amarelo. Ela era gorda e os cabelos bem branquinhos como flocos de algodão, que contrastavam com sua pele negra. A mesa do almoço e do lanche era farta. Na casa da minha vó, não havia refrigerantes, mas havia cada suco! Na geladeira, encontrávamos umas garrafas coloridas com vários tipos de sucos. Eu me deliciava com todos aqueles sabores.

Lá sempre tínhamos biscoitos, bolos e doces... Ela fazia cada bolo! A casa inteira ficava cheirando a tortas, que delícia! .
Meu quarto, que fora do meu pai, estava sempre arrumado e cheiroso. Eu fui criança sozinha, era super paparicada pelos meus primos, que eram bem mais velhos do que eu. Casa da vó é um recanto de saudades, porque a lembrança do grande quintal é passageira, ainda que eterna.

Claudia Fernandes - 4º semestre 2012/2

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