quarta-feira, 26 de março de 2014

O que dizer?


Hoje fui interrogada, sobre o que eu aprendi no curso de Pedagogia.
Veio então a pergunta: O que você aprendeu?
Respirei fundo, sorri, aprendi, ou não aprendi.
Essa é a primeira resposta que nosso cérebro já cansado de tanto pensar diz.
Ao me aquietar e colocar a folha sobre a mesa, comecei a refletir sobre como iniciei este curso.
Então vi, aprendi que já não posso ter meus dias totalmente meus.
Sábados sem sair de cima dos livros; computador etc.
Nos dias de sol, oba praia não dá.
No início os seminários, no final TCC.
Confesso que abri mão dos meus tempos de lazer, mas, hoje, vejo que não aprendi somente isso.
Aprendi a ser uma pedagoga que pensa e faz os outros pensar.
Que também constrói e está em constante busca pelo conhecimento, que avalia suas ações e práticas dentro de um ideal democrático.

Sandra dos Santos Moura - 8º semestre 2014/1

quarta-feira, 19 de março de 2014

O conhecimento transforma vidas


Quando cheguei à UNISANTOS, houve um acolhimento entre professor e aluno no curso de Pedagogia/Parfor.
Já nesse momento senti o início da transformação da minha prática pedagógica, a fim de me tornar uma profissional com autonomia e refletindo sempre sobre a teoria em relação à prática.
No decorrer do curso, as pesquisa propostas e o cotidiano da prática me fizeram refletir e me proporcionaram uma visão mais ampla, crítica e dinâmica da educação.
Pude observar no Curso que os professores respeitaram a diversidade de cada aluno. Refiro-me ao grupo-classe que recebeu orientação sempre pautada na democracia e no bem estar de todos. Nos conteúdos ensinados, pude sentir a teoria sendo exercitada em minha prática, por meio do ensino significativo, que transformou o meu agir e pensar, revelando a compreensão dos conceitos e procedimentos que foram, no dia a dia e ao longo do curso, transformando a mim e a minha prática pedagógica.
Também pude sentir nos estágios que realizei em três escolas municipais de Santos a oportunidade de vivenciar um espaço de pesquisa e de investigação, no qual pude contextualizar a prática com as ações de ensino integrado, com as reflexões teóricas e práticas realizadas na universidade. Por isso, acredito em uma transformação e a associo com a transformação da águia. A minha vida se transformou por completo, no plano profissional e no social. Muitas pessoas que ingressam nos cursos acadêmicos desistem de prosseguir. A águia é um exemplo de atitude, pois, em certo momento da vida dela, tem duas escolhas: morrer ou subir em uma montanha bem alta, fazer um ninho, se refugiar e ali começar os desafios e as mudanças. A troca do bico, das penas, das unhas. Tudo vai se tornando novo, mesmo sendo um processo dolorido. Na vida acadêmica, muitas vezes, temos que ter desafios e nos refugiarmos nas leituras de pesquisas e nos trabalhos. Assim como a águia não desiste e, aos poucos, tudo vai se transformando e ficando novo, bem como seu novo desafio é voltar a voar em lugares bem altos, o meu desafio agora é concluir o curso e alçar voos mais ousados, com uma visão de águia, alcançando vidas e as transformando, porque o conhecimento transforma a vida de uma pessoa e foi isso que aconteceu comigo.

Claudionete Maria Lopes - 8º semestre 2014/1

terça-feira, 18 de março de 2014

(Auto)avaliação formação Parfor: da água para o vinho

Um certo dia ouvi uma história sobre um Mestre que estava em uma festa de casamento como convidado, quando se aproximou uma pessoa e lhe disse: mestre o vinho acabou. Acabar um vinho era coisa vergonhosa, o mestre ouviu e lhe respondeu: traz algumas vasilha com água. E logo trouxeram vasilhas cheias de água e o mestre transformou a água em vinho e todos se alegraram naquela festa, porque houve um grande milagre.
Assim como houve naquele tempo um grande milagre com a pureza da água e a alegria do vinho, senti-me alegre quando tive a oportunidade de cursar uns dos melhores curso de Pedagogia da Baixada Santista: Pedagogia/Parfor, na Universidade Católica de Santos.
Um milagre aconteceu! Foi quando iniciaram as grandes transformações na minha vida pessoal, profissional, social e acadêmica. Com o curso, a minha prática, atuando como educadora, mudou, abriu novos olhares, porque o conhecimento transforma e foi isso que aconteceu. Hoje, na minha prática, tudo é fundamentado, sempre estou questionado no meu cotidiano profissional: Qual o autor que se refere a esse tema? Como posso usar essa fundamentação para melhorar a minha prática pedagógica? Qual é a Lei que fundamenta tal coisa? Estou sendo ética? O que posso melhorar?
São questões de reflexões e críticas positivas que antes do curso de Pedagogia/Parfor Unisantos não existiam em minha mente. Porém com um projeto de Curso bem elaborado, com uma proposta Pedagógica de longo prazo, acredito que todas as expectativas foram preenchidas de cada disciplina e com desempenho. Ressalto a sabedoria da coordenadora professora Marly Saba, bem como de cada professor. Algumas professoras me marcaram. Cito inicialmente a professora Rose Aquén, com sua ternura e paz, ensinando ao grupo-classe o conteúdo proposto para sua disciplina, assim, muito contribuiu para minha transformação a cada experiência relatada. Os debates em sala de aula, sempre nos levando a refletir e a escrever. Já está batendo saudade, o curso está acabando, vem na memória as aula de cada professor. Dra. Denise Tardelli que me ajudou muito para minha transformação, sempre nos mostrando serenidade e comprometimento e levando o grupo-classe a ter comprometimento, ética, postura e amadurecimento. Fluem na minha mente lembranças do professor Paulo Campbell nos ensinando conteúdo de história da educação. Professor Ricardo nos levando a refletir em debates e seminários a atual sociedade e tempos passados. Não posso deixar de falar da professora Rosana Pontes, com seus conhecimentos acadêmicos em sua disciplina, nos incentivou a elaborar trabalhos de reflexão, os artigos científicos, os portfólios, os Diários de Bordo, o blog. A professora Ângela Cancherine com sua disciplina de Metodologia do Trabalho Científico, sempre trabalhando com o grupo-classe e muitas vezes individualmente para sanar dúvidas. Hoje, tornou-se minha orientadora de TCC. Quando eu pensava que era impossível, que não iria conseguir, todos os professores me diziam: você pode, vai em frente, você vai conseguir. Na equipe docente,  são todos de uma sabedoria inexplicável em conhecimento e todos juntos subsidiaram a transformação na minha prática pedagógica. 

Ao destacar fatos marcantes e pessoas na minha formação, não quero ser injusta com nenhum professor, porque todos os professores contribuíram uns diretamente e outros indiretamente, mas sempre grandemente para que hoje eu estivesse escrevendo esta crônica.
Tudo mudou, tudo transformou. A água se transformou em vinho, a água purifica, mas o vinho alegra e faltam poucos meses para a alegria ser total e dizer: venci mais uma etapa, a graduação. E a alegria não ficará apenas restrita a mim e à coordenação do grupo de docentes, irá contagiar a família, amigos e colegas e eu também irei um dia contribuir para transformar outras vidas.


Claudionete Maria Lopes - 8º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: sabedoria, reflexão e humildade

Tudo começou quando passei para o colegial (atual ensino médio), e, com a intervenção da minha mãe dizendo com autoridade que eu faria o magistério, já que eu não gostava muito de estudar. Ela alegava que se eu não quisesse fazer uma faculdade, já teria uma profissão. Tentei rebater, mas ela foi implacável e assim cursei o magistério numa escola muito conceituada na época o “Colégio do Carmo”.
Lá aprendi muito e acabei me identificando e me apaixonando pela profissão. 
Entretanto, não estava nos meus planos fazer a faculdade de Pedagogia, e assim cursei Educação Física. Fiz os quatro anos, que considero um tempo perdido, pois não consegui pegar o diploma porque não conclui os estágios. Voltei à estaca zero, só tinha o magistério, e, desempregada, resolvi prestar concursos. Para passar, estudei muito e, em 1996, consegui entrar na Prefeitura de Santos como Monitora de Creche e na Prefeitura de Praia Grande como PI, pois na época só se exigia o magistério. 
Em 2002, comprei um Núcleo de Recreação de Educação Infantil, mas não consegui conciliar com os outros dois empregos, e acabei abdicando da Prefeitura de Santos (Monitora de Creche). O tempo passou e o Núcleo não deu certo e eu fiquei só na Prefeitura da Praia Grande.
Dar aula era a minha vida, porém estava acomodada, não procurava evoluir e fazer outros cursos ou até mesmo a própria Pedagogia. A Prefeitura de Praia Grande ofertou para os seus professores sem licenciatura o curso da “Pedagogia Cidadã”, no entanto, fiquei de fora, não consegui cursar, porque zerei na redação. E o tempo foi passando e eu parada. Na rede, eu era uma das únicas professora sem o curso universitário (Pedagogia), sentia-me inferior e decidi que não ficaria mais para trás. Na época, começou anunciar na TV a Plataforma Freire, pensei, chegou a minha vez, me inscrevi e fui contemplada. Bingo!
Desde o começo, gostei, me encantei com os professores que são todos mestres ou doutores, mas, ao mesmo tempo, estava assustada e ansiosa, porque fazia muito tempo que eu não estudava, sabia que seria uma tarefa árdua, mas eu tinha um foco.
Às vezes, me desentendia com os professores e me questionava se realmente iria valer a pena, já que eu estava empregada e tinha estabilidade. A turma era especial, nos dávamos ou melhor nos damos muito bem. Falo com propriedade: somos na verdade um coração só.
O Parfor me trouxe sabedoria, reflexão e, principalmente, humildade, apesar de estar, no momento, afastada da sala de aula. Sei que estes três anos e meio foram fundamentais para o meu crescimento profissional e pessoal.Valeu...Valeu demais!!!

Claudia Fernandes - 7° semestre 2014/1

quinta-feira, 13 de março de 2014

(Auto)avaliação formação Parfor: a importância da formação constante para o professor

Trabalho na Educação Infantil há 8 anos. Quando comecei, apenas cuidava das crianças como se fossem meus filhos. Fiz o magistério quando o prefeito de Praia Grande ofereceu o curso. Entrei na universidade por meio do PARFOR e posso afirmar que minha vida mudou muito, não só na parte profissional como na pessoal, pois eu aprendi a me impor como docente e a questionar as coisas.
Na minha vida profissional, as transformações foram muitas, pois hoje eu sei como ajudar os alunos em suas dúvidas e dificuldades. Existem situações em que fico insegura, achando que não estou preparada, mas na hora resolvo tudo da melhor forma possível.
Hoje, percebo como os estudos fazem a diferença. Quando estudamos, temos propriedade para falar ou resolver assuntos que antes pareciam complicados.
Sempre tive força de vontade, mas me faltava o conhecimento que hoje adquiri, através dos conteúdos estudados na Universidade.
Com os conhecimentos adquiridos, ao longo desses 4 anos, posso afirmar: como é importante a formação inicial e continuada para os professores. O conhecimento é uma ferramenta necessária para melhorar a nossa prática docente.
Tanto que, ao terminar a graduação, quero fazer uma pós- graduação. Acredito que a atualização do professor é de grande relevância para a educação.

Sara Maria José da Silva - 8º semestre 2014/1

quarta-feira, 12 de março de 2014

(Auto)avaliação formação Parfor: a busca incessante por melhorias

Minha prática docente iniciou-se como atendente de educação de uma creche na cidade de Praia Grande, São Paulo. Comecei esse percurso sem conhecimento pedagógico nenhum, visto que minha formação se restringia ao ensino médio. Desta forma, reproduzia modelos que trazia em minha bagagem como aluna. 
Após alguns anos trabalhando nessa área, obtive a formação em Magistério, nível técnico. Esse curso foi oferecido pelo município do qual fazia parte do seu quadro de funcionalismo público, na época, como determinação da LDBEN 9394/96, em seu artigo 62, que diz ser o Magistério (nível técnico) exigência mínima de formação para atuar na educação básica. No entanto, o curso de Magistério, no meu ponto de vista, não me proporcionou muito conhecimento teórico que me subsidiasse segurança para uma prática docente de qualidade.
Busquei cursos universitários a distância, uma vez que era a formação que minha condição financeira permitia na época, apesar de não considerar essa modalidade de curso com a qualidade que eu pretendia. Entretanto, não consegui me matricular em nenhum.
Ainda bem! Porque surgiu uma oportunidade dos sonhos: Cursar Pedagogia na melhor universidade da baixada (UNISANTOS) e além do mais com bolsa de estudo integral pelo Parfor. Não pensei duas vezes, me matriculei.
Hoje, após 4 anos de curso, posso afirmar com propriedade que concluo o curso de Pedagogia com a minha prática docente transformada. Isto quer dizer que, aquela prática inicialmente ingênua, leiga, reprodutora e mecânica foi superada por uma prática pedagógica permeada pela crítica, reflexão e autonomia.
Isso foi possível, devido à vivência em atividades e projetos que me ensinou a pensar e pesquisar. Essa proposta pedagógica consta no Projeto Pedagógico do Curso, bem como é aconselhada por grandes autores na área de formação de professores, dentre os quais Paulo Freire.
Nesse sentido, os professores utilizaram como estratégias de formação os registros reflexivos em diários de bordo e crônicas pedagógicas postadas neste blog, seminários de pesquisas, produção de documentários e a realização de pesquisas.
Essas estratégias foram relevantes para eu conquistar um perfil crítico-reflexivo, pesquisador e autônomo. Desse modo, pude associar a teoria com a prática, sempre por intermédio da investigação e problematização mediada pelos professores. Fui me tornando uma professora-autora, ou seja, tornando-me sujeito da minha própria aprendizagem. Senti-me apta a pensar e agir de acordo com os conhecimentos adquiridos por meio da reflexão sobre a teoria na prática.
Paulo Freire, no livro A Pedagogia da Autonomia, afirma que “a teoria sem a prática vira 'verbalismo', assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade”. Diante dessa afirmação, posso inferir que a transformação em minha prática docente foi possível em virtude da teoria ter iluminado a minha prática.
Eu, particularmente, agarrei oportunidades grandiosas, oriundas no grupo de pesquisa da universidade, que foi a elaboração do pôster sobre as vivências de formação em Pedagogia na Unisantos apresentado no II Encontro Nacional do Parfor, na sede da CAPES/MEC em Brasília, na primeira quinzena de junho de 2013.
Como resultado desse pôster, produzi em coautoria com minha querida orientadora professora Rosana Pontes, um  artigo científico: “Relatos de experiência de uma professora-autora em construção: implicações da formação Parfor na prática docente”, publicado no primeiro livro do Parfor a ser lançado brevemente. E ainda, outro artigo que, mais uma vez, juntas, apresentamos no Congresso Internacional de Avaliação, promovido pela Universidade do Rio Grande do Sul, Unisinos, em Gramado/RS, nos dias 06, 07 e 08 de outubro de 2013, cujo título foi: “(Auto)avaliação de uma professora em construção: implicações da formação Parfor na prática docente”. Essa experiência como autora acadêmica levou-me ao tema do meu TCC: A formação de professores no Parfor.

Quando eu imaginaria que uma menina de origem humilde, aluna de uma escolarização pública fragilizada, poderia chegar aonde eu cheguei! Sem dúvida, foram experiências riquíssimas para uma professora em formação inicial.
Contudo, ainda me sinto um ser inacabado, como afirma Paulo Freire, porém, consciente desse meu inacabamento, busco constantemente aprender cada vez mais para que a minha prática docente esteja sempre rodeada de reflexão, pesquisa e autonomia.
Apesar de todas essas conquistas, tenho enfrentado dificuldades para transpor a teoria estudada na universidade para minha prática cotidiana.
Do 1º ao 6º semestre do curso de Pedagogia, atuava em uma creche, na qual era de minha responsabilidade apenas o “cuidar”. E ao me deparar com as teorias que embasam a educação infantil, no caso o Referencial Curricular Nacional, aprendi que o cuidar e o educar são indissociáveis, portanto era minha tarefa também “educar”.
Entretanto, as atividades pedagógicas não eram planejadas por mim e por nenhuma outra atendente de educação, elas já vinham prontas e nós apenas as aplicávamos. Muitas vezes, recusei-me a aplicar atividades, por vários fatores: a atividade não era adequada para aquela faixa etária; a atividade estava distante da realidade das crianças, no que se refere ao desenvolvimento, ora muito além, ora muito abaixo; atividades em que os recursos didáticos não eram fornecidos pela escola etc.
Desta forma, comecei a me indagar: como poderia avaliar a aprendizagem daqueles alunos se não sou eu que planejo e organizo as atividades e a rotina da turma?
Então, fui questionar a equipe gestora da unidade na qual trabalhava. Foi um questionamento em vão, pois quase não me ouviram e, por consequência, fiquei vista como a funcionária questionadora.
A gestão escolar dessa unidade atuava de forma autocrática, por isso não consegui dialogar sobre as questões pedagógicas que envolvia aquela escola, até porque ouvi que eu não era professora.
Já no 7º e atualmente no 8º semestre, atuando como professora, após passar no concurso público na cidade de Santos, também encontro alguns desafios.
Em relação ao planejamento, organização das atividades e otimização do tempo e espaço até tenho autonomia para trabalhar, porém sinto-me sozinha para refletir, percebo que há uma desconexão entre o trabalho docente. Penso que o trabalho com projetos seria uma forma de integração, porém o trabalho com projetos ainda não está claro para algumas professoras.
Enfim, apesar de todas as dificuldades encontradas, a minha motivação docente é maior. A busca incessante por melhorias na qualidade da educação é o que me move a estudar. E os desafios servem como indicadores para possíveis mudanças no pensar e agir no contexto educacional. Acredito que é para isso que estamos nos formando como Pedagogas.

Para finalizar, adiciono a imagem acima que representa meu sentimento de evolução como consequência da formação em Pedagogia/Parfor.

Maria Flávia Medeiros dos Santos - 8º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: realização de um grande objetivo e concretização de um sonho


Nossa já estou no 7º semestre! Daqui a pouco vai se realizar um sonho. Parece que foi ontem que tudo começou: a inscrição na plataforma Freire; a espera da convocação; espera da confirmação da matrícula do curso; foi tudo meio que tenso. Mas, enfim, o grande dia chegou, e a rotina começou: o dia inteiro na escola e depois faculdade. 
A jornada é longa, mas em tudo se dá um jeito. O importante é não desistir, chegar à reta final como estou chegando e saber que daqui a alguns meses terei a licenciatura em Pedagogia. É muito gratificante! Olhar para trás e ver os acontecimentos passados como se fossem cenas de um filme de longa metragem:
O parquinho “Dr. Alcides lobo Viana”, no canal 01, Av. Senador Pinheiro Machado.
O G.E.E. “Marques de São Vicente”, no canal 02, Av. Bernardino de Campos, onde fiquei até o 2º ano primário.
Depois o G.E.E. “Braz Cubas”, onde concluí o primário.
No ginásio, já me sentia importante, filha de pedreiro e doméstica estava no antigo ginásio, hoje fundamental II. Ali aprendi que ser professora não era apenas ser uma pessoa na sala de aula e sim uma amiga, com quem poderia contar. Aprendi a amar poesia, a defender meus sonhos e direitos, se hoje sou professora devo meus exemplos a esses professores!
Na sequência, primeiro colegial. Ao final, tentando licenciatura em Letras. Não pude fazer, passei na primeira fase da USP, não consegui na 2ª. 
Anos depois (precisamente 10 anos), resolvi fazer o Magistério, onde me formei e comecei a dar aula, mas sempre tendo em mente fazer faculdade de Letras.
O tempo foi passando, e a vontade mais aguçada de fazer uma licenciatura crescendo em mim, houve oportunidades e também houve empecilhos, mas o meu momento chegou em 2011 com o curso Pedagogia/Parfor. Agarrei essa oportunidade com unhas e dentes.
Aprendi muito, principalmente agora neste último semestre que está iniciando, em poucas aulas pude perceber que existem “Gestoras” e “gestoras”, o mesmo se aplicando à coordenação.
Todo curso, enfim, tem sido de grande incentivo e aprendizagem, abrindo horizontes de conhecimentos que tenho procurado usar como ferramenta no meu dia a dia de professora.

Vera Lucia Morgado - 7º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: uma grande transformação positiva


Atualmente, compreendo que minha visão ampliou-se, no decorrer destes anos de estudos. Sou mais reflexiva em minhas ações pedagógicas, desde que iniciei este curso de Pedagogia. 
Hoje, quase na reta final, percebo o quanto me foi acrescentado. Uma nova percepção, outra perspectiva, passei a entender que meu papel é muito mais forte. Um papel significativo na formação de cidadãos que venham a estar preparados para serem capazes de enfrentar não somente um mundo letrado, mas para tornarem-se seres mais competentes, de modo a adequarem-se ao mercado de trabalho, às informações e aos novos saberes. 
Vislumbro a cada dia a importância de assimilar novos conhecimentos e estes serem de real praticidade, ou seja, informação com uma utilidade. Como é importante estar atualizada, informada, conhecer sobre o que consta na lei e estar procurando sempre fazer o melhor pelos pequeninos: os alunos. 
Procuro ter um olhar mais profundo, cauteloso, ser sensível e até mesmo entender pela fisionomia de uma criança quando ela está pedindo socorro! Muitas vezes, o aluno espera tanto de nós... Se me colocasse apenas como transmissora de conteúdos, quanto deixaria de aprender com eles! O quanto deixaria de me sentir realizada! Eu sou muito importante! Muitos não reconhecem! Ah! E daí... O importante é que eu consiga formar cidadãos que venham ter uma cabeça pensante, que reconheçam que podem ir além... Que não serão apenas mais um em meio à multidão... mas aquele que faz a diferença na multidão! 
Tem valido a pena o sacrifício de muitas  vezes, após uma jornada dupla, estar aqui, realmente, apesar de muitos percalços e até mesmo me deparar com dificuldades para transpor a teoria para a prática, mesmo assim, tem sido muito proveitoso! Houve uma grande transformação e muito positiva!

Marilene Aparecida Santana - 7º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: muita emoção


Chegou. Chegou a hora, não tenho mais tempo para enrolação. Me sinto diante de um pelotão com metralhadoras prontas para a execução, diante do paredão.
Pensam que é brincadeira, não é mesmo? Não é não, só com essa pressão consigo escrever de montão. Também poderia escrever um dramalhão, como aqueles que parecem cortar nosso coração.
Então vamos lá, vou contar um pedacinho da minha história, não é coisa inventada não, é de verdade, sim senhor, senhora, senhorita e dona lagartixa.
Falei do paredão, da execução, porque costumo deixar tudo pra última hora, ou melhor minutos e até segundos.
Esta história de crônicas, então, nem se fala. Fico pensando, pensando e não sei o que a caneta pode deixar no papel, isto para mim é uma grande preocupação. E vou deixando o tempo voando. 
Parece que eu não tô nem aí, p a r e c e... Eu não consigo me entender, vocês não acreditam, mas acordo durante a noite pensando nos meus trabalhos, nas leituras que preciso fazer e que vão acumulando, aumentando e tirando o meu sono que já é tão 
restrito.
Bem, agora vamos ao que interessa. Trabalhei há muito tempo numa operação tapa-buracos, não sei se vocês se lembram, era chamada Frente de Trabalho. Fui para uma escola e lá ajudava um pouco em cada lugar, uma hora na secretaria, outra como inspetora, outra rodando mimeógrafo (lembram disso?), às vezes na biblioteca, em sala de aula, merenda etc. 
Comecei a ter um olhar diferente das crianças, um novo modo, não era como alunos, mas cada um na sua individualidade, com suas particularidades, diferenças, dependências e potencialidades (tínhamos crianças especiais).
Na época, uma amiga que trabalhava lá comentou que eu vestia a camisa da escola e que eu deveria fazer o curso de magistério pra fazer parte da educação. Foi um grande incentivo e, antes de terminar o curso, estava sem trabalho e prestei concurso para 
merendeira em Praia Grande.
Acabei entrando para a cozinha. Gosto de cozinhar mas não tinha ideia do que é trabalhar em creche com pessoas praticamente radicadas na cozinha. 
Sem ter apoio e nenhuma qualificação e nem mesmo um manual de instruções, comecei. E com muita coragem e força (força bruta mesmo) cozinhava para aquela multidão, desde mamadeiras até o feijão com arroz de todo dia para as crianças do ensino fundamental.
Quando me via livre, passando pelo portão, caminhava pelas ruas desconhecidas, cada dia fazia um caminho diferente, descobrindo coisas, casas e pessoas. Às vezes as lágrimas percorriam os lugares pelo quais eu passava, ia conversando com Deus e eu falava pra Ele que eu estava só de passagem, que eu não ia me demorar naquele lugar.
Realmente, Ele escutou, pareceu uma eternidade, mas fiquei pouco tempo e fui chamada pra entrar em sala de aula por outro concurso. Tive apoio de todos que estavam por perto: diretora, coordenadora professoras e alunos.
Era um começo, fiquei por um tempo, tempo de contrato, sendo chamada depois para a escola infantil em Santos. Nova etapa, novos contatos e meu velho sonho de fazer a diferença, fazendo o meu melhor. Lá a coordenadora me incentivou a fazer a inscrição 
para a faculdade, Plataforma Freire. Na verdade, fiz por fazer, não pensei que teria a chance... Mas depois veio a notícia. 
Como fiquei feliz, imaginem, eu, com cinquenta anos, fazendo faculdade depois de tantas entradas e abandonos. Minha maior incentivadora foi minha mãe, além de cuidar das meninas, também cuidava de mim.
Nesses três anos, a turma ficou pequena, muitas desistiram logo no início, outras foram largando pelo meio do caminho. Em nossas vidas durante o curso aconteceram grandes perdas e ganhos.
Hoje , me sinto mais segura, consciente de que preciso e devo colaborar com uma sociedade com mais respeito à diversidade humana, com mais tolerância, humildade, justiça, ética e ousadia no processo educativo, no seu constante processo de transformação. Devo isso aos professores (grandes mestres) que tive e ainda tenho. Ficarão em minha memória para sempre, muitas sementes foram plantadas, regadas, quantas coisas eu aprendi, quanto conhecimento e troca eu ganhei no dia-a-dia, enriquecendo a minha alma.
Que bom, que bom... Estou na reta final para um novo recomeço...
Agora estou em Cubatão, como professora de creche concursada, depois de um período de transição. Sou muito grata por todas as 
oportunidades que tive, feliz por ter passado o que passei e pelo caminho que trilhei.
Obrigada a todos os mestres, professores e amigas que compartilharam a minha dor e a minha alegria, e obrigada especialmente a você, Rosana, que me faz escrever e mesmo 
com toda a pressão, cada vez que escrevo é pura emoção.

Aucirema Lopes do Nascimento - 7° semestre 2014/1

terça-feira, 11 de março de 2014

(Auto)avaliação formação Parfor: crescimento pessoal

Avaliar as mudanças na minha prática docente, depois de conhecer a teoria, só serviu para consolidar ainda mais o meu desempenho profissional. É notório o meu crescimento pessoal no que se diz respeito: à autoconfiança, ao aprimoramento das minhas habilidades, trazendo um olhar mais amplo para educação.
Portanto, podendo contribuir de forma mais capacitada, o meu papel na sala de aula tornou-se mais consciente, tendo subsídios que atendam às necessidades na preparação dos alunos, no sentido de serem mais atuantes e eficientes, desenvolvendo neles uma visão global do processo educativo.
Maior incentivo no curso foram os meios que proporcionaram verdadeiro contato com a realidade social, política, econômica e cultural. Intervindo assim na realidade, particularmente preparando os alunos para a atuação produtiva no âmbito escolar.
Na prática, deparei-me com algumas situações: compreender a dinâmica na sala, a metodologia e significado da proposta que o professor propõe para os alunos e mais importante foi o conhecimento adquirido que me proporcionou segurança, dando suporte em minha atuação. mostrando que sou capaz de enfrentar os desafios do dia a dia.
Relatar a vivência no ensino superior, especificamente no curso de Pedagogia/Parfor, na Universidade Católica de Santos, é reconhecer que se trata de uma das melhores realizações da minha vida.
O ingresso na faculdade possibilitou desenvolver um trabalho na prática com embasamento teórico, com mais propriedade, a ampliação na área do conhecimento, reformulando conceitos e ideias ultrapassadas, renovando atitudes que são necessárias em nossa vida profissional.

Luciana Gonçalves de Oliveira - 8º semestr
e 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: bagagem para enriquecer conhecimentos pedagógicos

Me formei no magistério no ano de 1998. Mesmo tendo sido orientada pelo construtivismo, a minha forma de atuar era no método tradicional, pelo qual fui alfabetizada, porque não conseguia compreender como alfabetizar pelo construtivismo. Não acreditava, achava que ficava bagunçada a aula e eu tinha a concepção de aluno em ordem, sentado, em forma, um atrás do outro.
Assim, fui levando minha carreira como professora auxiliar, até que o governo decidiu, via Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/1996, que todo professor teria que ter ensino superior. Então, fiquei sabendo da plataforma Paulo Freire e me inscrevi, pela qual consegui entrar só no segundo ano de inscrição aqui em Itanhaém. 
Era sete de fevereiro de 2011, quando cheguei na escola, e recebi a notícia que havia sido selecionada pra fazer Pedagogia/Parfor, chorei de alegria, juntei meus documentos e fui fazer minha matrícula, mal sabendo eu o quanto essa faculdade iria mudar minha vida em todos os sentidos.
Desde que comecei o curso, minha vida como professora mudou muito, comecei a compreender mais sobre o construtivismo, como me colocar diante de situações que antes me deixavam desesperada. As aulas até aqui assistidas me deram uma bagagem muito rica. 
Não vou dizer que é fácil, porque não é. Trabalho o dia todo e vou direto do serviço para a faculdade, meus trabalhos faço de madrugada, dentro do ônibus fretado, hora de almoço e, às vezes, chego a faltar no serviço para dar conta dos trabalhos perdidos. Durmo pouco e minha concentração falha. Tenho muitas dificuldades, mas minhas colegas de curso e professores são compreensivos comigo, me ajudam, me dão tempo para muitas situações, e com isso só tenho a agradecer a todos.
Este ano estou encantada em aprender sobre gestão, coordenação, PPP, inclusão, Libras. Já aprendi algumas letras do alfabeto de Libras, devido a uma atividade pedida. 
Há até um fato engraçado com essa atividade. Outro dia eu ia treinando no fretado a atividade pedida que são três palavras, usando os sinais com as mãos e fui quase o caminho todo fazendo isso, quando percebi que dois estudantes no banco ao lado estavam me olhando e rindo. Acho que eles pensaram que eu estivesse doida.
Bom, a Pedagogia para mim mudou minha forma de pensar e agir em muitas situações na minha carreira e também na minha vida pessoal, porque, sendo uma universitária, comecei a olhar o mundo de outra forma. Coisas que dava tanta importância, hoje, já não são mais importantes. Como, por exemplo, quando uma criança pede a todo momento pra ir beber água, ir ao banheiro, conversa o tempo todo, isso me irritava muito e acabava colocando-a de castigo, achando que ela estava completamente errada e não parava para refletir que minha aula é que podia estar sendo chata e desinteressante. A faculdade me abriu os olhos pra essa questão. E também acredito que esta faculdade irá abrir muitas portas para mim.
Sou grata pelos professores que me dão aulas e pelos que já deram, que me fizeram conhecer fatos que até então não imaginava que existissem. Todos os professores são ótimos profissionais e acrescentaram muitas informações na minha vida e esse curso de Pedagogia/Parfor me trouxe e ainda trará muitas recompensas na minha vida profissional e pessoal. Obrigada por tudo, professores e colegas de sala!

Irene Gomes da Silva – 7º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: pedagoga capaz de fazer o melhor pela educação

Minha prática como docente teve início depois do curso de Magistério, pois antes era apenas cuidadora, não tinha uma visão de professora.
Depois do Magistério minha visão mudou, comecei me importar com o aprendizado das crianças, mas faltava mais, pois o conhecimento que havia adquirido até ali não me era suficiente.
Surgiu o Parfor. Aceitei o desafio e encarei uma sala de aula novamente. No início não foi fácil, como tudo que é novo, mas com determinação fui em frente.
No decorrer do curso, percebi o que me faltava. Minha prática precisava da teoria que adquiri na Pedagogia Parfor. Teoria esta que me fez ter o conhecimento necessário para mudar completamente minha visão sobre educação, sobre o ensinar, o educar para a cidadania.
Hoje, com certeza, minha prática mudou, e mudou para bem melhor. Não tem como olhar para trás e não perceber a mudança que aconteceu no meu pensar e no meu fazer.
A mudança aconteceu em todas nós. Somos agora Pedagogas capazes de fazer, dentro e fora da sala de aula, o melhor pela educação deste país.

Rosemary Franceloso - 8º semestre 2014/1

segunda-feira, 10 de março de 2014

(Auto)avaliação formação Parfor: uma professora comprometida com a profissão


Aos seis anos de idade entrei pela primeira vez na escola “Mário de Almeida Alcântara” para fazer o primário como era chamado na época... lembro-me, como se fosse hoje, daquela escola grande e limpa. Aos poucos, fui me adaptando naquele lugar que, no início para mim, era algo novo e inusitado. Logo fui fazendo novas amizades e de lá só saí ao terminar a oitava série, ou seja, o colegial.
Meu sonho era fazer magistério, porém não pude, devido a escola ser longe de casa, então acabei fazendo Técnico de Contabilidade na escola “Acácio de Paula Leite Sampaio” que era mais próxima, mas meu sonho não terminava aí.
Casei, tive filhos e mesmo eles ainda pequenos resolvi correr atrás do meu sonho e retomar o tempo perdido. Enfim, me matriculei na escola “Dos Andradas” para fazer magistério, e mesmo antes de terminar o curso, comecei a trabalhar em uma creche, na qual aprendi muitas coisas, mas meu sonho continuava.
Prestei concurso e consegui entrar para a Prefeitura Municipal de Cubatão, foi assim que tive a oportunidade de cursar Pedagogia, me inscrevendo na Plataforma Freire. Não foi fácil, não consegui entrar no meu primeiro cadastro, mas na segunda vez estava lá no meu e.mail uma chamada para fazer a inscrição e não pensei duas vezes. Esta era a oportunidade que eu precisava para seguir em frente.
Estou no sétimo semestre e nem acredito que consegui chegar até aqui, já que trabalho o dia inteiro e vou direto para a faculdade, porém eu precisava provar para eu mesma que eu era capaz. Das dezenas de alunos que estavam matriculados na nossa sala, no primeiro semestre, restaram apenas dez e, desde então, uma dá força para outra para que nenhuma de nós desista no último minuto do segundo tempo.
Estamos quase na reta final e me sinto orgulhosa de mim mesma, dos professores que já passaram pela nossa sala, bem como dos que estão conosco este semestre e das minhas amigas que, como eu, não deixam a peteca cair.
Hoje, tenho a certeza que sou uma grande profissional na área da educação, o Parfor me deu este presente. Estou bem mais madura e cada vez mais tenho a certeza de que é esta profissão que eu quero seguir. Os estágios contribuíram muito para a minha prática docente, assim como as trocas de experiências entre professores e amigas do Parfor. Claro que não posso deixar de fora as palestras e os cursos oferecidos pela Unisantos, nas Jornadas da Educação que também contribuíram muito com a minha prática docente.
Portanto, eu só tenho a agradecer a todos os envolvidos que, com certeza, fizeram de mim uma professora que faz de tudo para dar o seu melhor e que cada vez mais se sente comprometida com a profissão.

Cláudia Costa - 7º Semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: a prática docente é transformadora


Com esta experiência percebi o quanto uma formação, seja em qualquer área, é necessária. Descobrir um pouco mais sobre um determinado assunto que você se interessa, não se limitar apenas ao que você já sabe ou ao que se vê. 
Foi exatamente isso que constatei com a minha formação em Pedagogia. Descobri novas formas de ensinar e aprender, sobre a docência e o universo da educação, descobertas que só me fazem crescer e que me deixam segura quanto à minha profissão. Saber que eu posso fazer a diferença, preparando alunos que também farão a diferença.
A prática docente é transformadora. A partir do momento que o professor entende que cada aluno é diferente e aprende de forma diferente, o aprendizado acontece para ambos, aluno e professor.
Não posso deixar de fazer meu agradecimento à Instituição UNISANTOS pelo compromisso em formar profissionais conscientes da sua prática, preparando-nos para enfrentar as constantes mudanças da nossa sociedade, e também aos professores por nos guiarem pelos caminhos da docência, e por nos fazerem acreditar que a educação transforma não o mundo, mas as pessoas.
Quatro anos se passaram e parando para pensar até que foi rápido. Lembro que, no início do curso, o medo e a insegurança estiveram presentes em vários momentos, sem contar as dificuldades que surgiram ao longo desse período, mas, graças a Deus, foram superadas. 
Me sinto feliz e realizada por estar terminando o curso do qual muitos desistiram, inclusive no meu período. Restando apenas eu e mais cinco guerreiras, seguimos em frente com o nosso “grupo de estudo” praticamente durante esses quatro anos. Ei meninas! Foi muito bom viver essa experiência junto a vocês. Tivemos momentos ótimos, lembrarei com muito carinho das nossas manhãs pedagógicas.

Tatiana França dos Santos - 8º semestre 2014/1 

(Auto)avaliação formação Parfor: quais transformações senti em minha prática docente?

Hoje fui à missa, nas palavras do padre talvez tenha encontrado a resposta para o título acima.
Transformar o que é transformar, se não fazer aquilo que acreditamos, ou melhor, colocar em prática. Se aprendermos que somos construtores do nosso conhecimento e com esse conhecimento podemos transformar. Então porque nos sentimos pequenos diante de tanta dificuldade que há na educação de nossos tempos?
Entramos na universidade para uma formação, não só para aprender a ensinar, mas uma preparação de um atendimento de educadores com competências para a diversidade e o desenvolvimento de todos educandos. Tendo como foco a aprendizagem, sem deixar de considerar a construção do conhecimento desses educandos.
Posso dizer que estes quase quatro anos me transformaram de uma pessoa sem crédito em seu potencial em uma professora
 reflexiva, crítica, autora e interventora da minha prática docente. Crédula no seu potencial e competência em sua vida, tanto profissional como pessoal.
Hoje, vejo que a educação sofreu mudanças ao longo desses anos, mas não sendo suficientes para uma educação tanto de qualidade como para todos como dizem as Leis. Sabemos que os teóricos do passado já se preocupavam com uma educação voltada para solidariedade, ética, uma educação que visasse ao bem comum.
Embora venhamos nos preparando, dentro da universidade, para contribuir com essa educação, esbarramos em burocracia, falta de motivação, apoio, entre outras coisas, que nos fazes educadores frustrados.
Escutamos durante estes anos na universidade que estamos sendo preparados para fazermos a diferença, temos ciência que podemos e queremos uma educação de qualidade e para todos. Mas os nossos governantes que deveriam ser os nossos aliados, cúmplices e usarem de seus poderes para que tudo funcionasse, não veem a educação como prioridade, para transformação do país.
O que realmente gostaríamos é que esse sonho não fosse só em sala ou em escolas onde sabemos que já há profissionais fazendo essa diferença, mas no mundo todo, ou melhor, no nosso país.
Podemos fazer a diferença, desde que ela possa ser empregada sem causar transtorno na construção do conhecimento do educando, bem como nas normas estabelecidas pelas Diretrizes estabelecidas.
A transformação ocorre simultaneamente ao desenvolvimento, quando meu desenvolvimento em autora consciente da minha prática na construção de metodologia e transposição didática. Junto veio a responsabilidade para uma formação continuada, o comprometimento com a formação dos meus alunos, a construção de um ambiente escolar para um bom relacionamento não só com os alunos, mas com a comunidade.
Um trabalho voltado às necessidades e interesses de aprendizagem dos educandos, para que eles exerçam um papel de cidadãos ativos e participativos. Já que a criança/educando possui sentimentos que necessitam ser respeitados e valorizados, para que se torne esse ser ativo e construtor de seu conhecimento, o que vai refletir no interesse de aprender e no seu desenvolvimento cognitivo.
Diante das transformações que o curso ofereceu à minha vida profissional e pessoal, só posso dizer que muito melhorou a minha prática docente, mesmo sabendo que sou um pequeno bote, perto de um gigantesco navio, mas que querendo posso salvar vidas como ele no caso de vítimas na imensidão do mar.

Sonia Maria de Almeida Silva - 8º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: compromisso com uma educação de qualidade


Ser professor – na concepção mais respeitosa que a profissão exige – neste cenário não é simples. Requer sério compromisso com uma educação de qualidade, exige coragem de romper o silêncio e anunciar o que o olhar atento de um professor capta do real e lança à reflexão.
O Brasil corre o risco de num futuro bem próximo ter uma grave crise na educação por falta de professores. Os cursos que formam docentes estão se esvaziando e os poucos que ainda acreditam estão perdendo as esperanças. Se isso não bastasse, os conteúdos que nos é ministrado parecem que não dão conta das exigências que o cotidiano escolar apresenta. 
Entre elas está a questão do reconhecimento de um conjunto de individualidades que circulam na sala de aula, isto é, cada aluno tem a sua singularidade, a sua própria identidade.
Mesmo assim acredito que sairei carregada de informações, com bastante entusiasmo, acreditando que o processo de ensino é um processo de construção – através da ação reflexiva 
 de um sujeito completo, um homem consciente de seu papel social, mais tolerante e respeitador das diferenças, que sabe coexistir... E que traz em si a consciência transitiva (Paulo Freire) da superação, da mudança e do agir.
Como Paulo Freire dizia, temos que nos lembrar de que toda ação educativa deve ser feita no sentido de levar o homem a refletir sobre seu papel no mundo e, assim, ser capaz de mudar este mundo e a si próprio.

Danielli Ferreira Leite - 8º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: momentos de intensa inovação

Ao longo destes três anos e meio aconteceram várias mudanças e transformações individuais e também no coletivo.
Resgatando os primeiros momentos, quando tudo era deliciosamente novo e, ao mesmo tempo, assustador, pois não sabia o que é estar numa universidade.
O contato com os professores e com seus objetivos em relação ao curso, priorizando o desenvolvimento integral do aluno, futuro professor, o espaço físico da universidade, com ambientes bem estruturados e organizados em função do aprendizado e desenvolvimento do educando, as novas amizades, tudo era tão intenso.
No primeiro dia de aula, participei de uma entrevista do jornal A TRIBUNA. Quase não consegui responder a pergunta sobre a oportunidade de ingressar em uma universidade, pois era muito tímida e insegura.
Foram momentos de intensa inovação em minha vida. De dona de casa e funcionária pública na cidade de Praia Grande, onde resido, para estudante, com a oportunidade de cursar Pedagogia em uma das melhores universidade da Baixada Santista.
Não hesitei e agarrei a chance pela segunda vez, porém agora determinada, iria até o fim do curso, mesmo reconhecendo minhas dificuldades, meus medos, inseguranças.
Enfim, o semestre iniciou e os professores começaram a oportunizar o conteúdo de ensino.
Os conhecimentos teóricos foram apresentados de maneira sistemática, oferecendo aos alunos a contextualização da prática, porque já estávamos envolvidos no processo educacional, o que nos possibilitou perceber a relação contínua entre o que aprendemos na sala de aula e o que vivenciamos na nossa prática, no ambiente profissional .
Todo esse processo de apropriação do conhecimento foi paulatinamente sistematizado e contextualizado desde o início do curso até o momento atual: 8º Semestre.
Penso que a didática dos professores favoreceu a interação do grupo-classe.
O tempo todo houve e há troca de conhecimentos, através dos trabalhos de pesquisa, em que grupos produtivos compartilham seus saberes, tornando-se indivíduos participativos, solidários, colaboradores no processo de ensino individual e coletivo.
Aprendi com as interações socialmente constituídas que a sala de aula é um ambiente propício para resgatar os valores, para lidar com o outro, respeitando particularidades e complexidades de cada indivíduo. E isto vale para a vida inteira, em todos os momentos e situações.
Quanto ao conhecimento propriamente dito, penso que é contínuo em minha vida.
A busca do conhecimento não termina com o fim do curso. Sei que é preciso estar em constante reflexão, realizando e repensando sobre a postura e ações realizadas, objetivando qualidade no ensino-aprendizagem dos alunos.
Atualmente percebi que a avaliação é um processo contínuo do diagnóstico da aprendizagem do aluno, em que o professor terá que reorganizar sua prática docente.
Penso que superar as dificuldades faz parte da nossa construção pessoal e social, visto que estamos inseridos em uma sociedade em constante transformações que requer do ser humano uma participação ativa, crítica.
Acredito no desenvolvimento do ser humano, não pelo que este tem, mas pelo o que é e realiza para si e, consequentemente, para os outros.
Em relação às mudanças na educação, não acontecem de um dia para o outro, mas um dia após o outro, quando refletido, gerando vínculos, desenvolvimento, comprometimento e visão crítica da sociedade e da dinâmica transformação social e Pessoal.
Hoje, o que era tido como insegurança transformou-se em mudanças de comportamento, em aquisição de saber e como esse saber será revertido em ações, compromisso e responsabilidade com futuros alunos.
Pensar no que somos e como somos e qual contribuição iremos propiciar ao desenvolvimento dos alunos deve ser uma constante em nossas vidas.


Marli Pereira - 8º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: acreditar que as mudanças são possíveis



Ao fazer uma autoavaliação de minha formação acadêmica, foi possível refletir e perceber as contribuições sobre algumas ações e concepções da prática pedagógica, visto que esse conhecimento teórico promoveu o desenvolvimento e amadurecimento das ideias em minha mente. Isto ocorreu gradativamente através das aulas, estágios e do cotidiano escolar.
Esse fortalecimento não foi importante somente na formação profissional, mas uma junção no aspecto pessoal no sentido amplo, com contribuições de valores éticos e morais além dos humanistas, ou seja, o educador por ter como foco do seu trabalho o ser humano, ele tem que ter um olhar atento a esse indivíduo para poder auxiliar em suas necessidades.
Mas apesar desse amadurecimento que ocorreu durante esse período acadêmico, como citei na aula anterior, ainda não me sinto capaz de algumas atuações que exijam uma autonomia ou inovação a que venham atender algum problema que possa ocorrer. Segundo nossa Mestre, talvez porque não houve nenhuma situação em que pudéssemos nos constranger e constatar essa autonomia.
E o que fica mais evidente, em todo esse contexto teoria/prática, é o que você aprende em uma sala de aula no cotidiano, a realidade é outra, ou seja, o educador em sua prática de ensino tem que compreender as questões que abrangem as necessidades socioeconômicas que estão além das paredes de uma sala de aula e que, muitas vezes, refletem no desenvolvimento da criança.
Essa sobrecarga vem desgastando o profissional educador que, além de educar, mediando conhecimentos específicos, ainda tem que educar transmitindo valores que a família hoje não transmite a seus filhos.
A criança é um ser em desenvolvimento constante, por isso precisa de estímulos e atividades que lhe ajudem a se desenvolver cada vez mais e plenamente, se o educador não estimula e deixa a criança sem orientação, ela não se desenvolve e, consequentemente, não aprende, perdendo assim o interesse pela escola.
Por isso que ressalto a importância de nós educadores, que estamos quase egressos na Universidade, procurar contemplar essa diversidade, visto que a instituição escolar é mediadora na construção de conhecimentos dos indivíduos. E o nosso papel como educador é assumir e acreditar que as mudanças são possíveis desde que haja essa transformação e comprometimento nos atuais moldes do ensino como um todo, trilhando novos caminhos e transformar esse paradigma é tornar uma sociedade mais igualitária, como ouvimos muitas vezes na fala do professor Ricardo, de Fundamentos Sócio-Antropológicos da Educação.


Sandra Lúcia dos Santos - 8º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: o conhecimento transforma vidas


Iniciei minha carreira no magistério em 2009 e a partir daí o conhecimento e o aprendizado estão crescendo e se renovando a cada dia, fazendo com que eu me torne uma cidadã ciente dos meus atos e ativa nas atitudes do meu dia-a-dia.
No decorrer desses quatro anos de estudos no curso de Pedagogia-PARFOR, na tão renomada Universidade Católica de Santos, pude perceber o quão importante é a teoria que nos dá a base para a prática docente que nós alunas do PARFOR já possuíamos.
E, por falar em prática docente, posso dizer que a minha teve uma considerável mudança, observada até mesmo pela equipe técnica e colegas de trabalho que, esporadicamente, comentavam e indagavam minhas atitudes relacionadas ao aprendizado teórico que venho adquirindo e pondo em prática, ao longo desses anos através das aulas explanadas por professores altamente qualificados da faculdade.
A cada atividade desenvolvida na sala de aula eu notava a intencionalidade pedagógica e antes isto não acontecia. Era mais uma certa reprodução sem sentido algum, simplesmente servia para preencher o horário de trabalho.
Sempre fui designada a trabalhar no Berçário 2, com crianças na faixa etária de 1 a 2 anos de idade, porque a minha diretora observou o meu jeito dócil e a tranquilidade necessária e imprescindível para lidar com crianças dessa idade. Confesso que a intuição dela com relação a isso estava totalmente certa, porque de fato eu gosto muito de cuidar de bebezinhos. Acho que o meu lado materno aguçado e em plena evidência me faz ser assim.
No entanto, em 2010, quando comecei o curso de Pedagogia, aprendi que não bastava apenas cuidar daqueles bebezinhos inocentes, era necessário educar. Mas como assim educar?
Durante as aulas da professora Rosemary Aquén, Fundamentos da Prática e Ensino da Educação infantil, eu ficava encantada e aprendi muito nos estudos dos Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil – RCNEI's sobre o BRINCAR, EDUCAR e CUIDAR que não se dissociam, ou seja, jamais podem se separar. Mas isso não acontecia na minha prática pedagógica porque obviamente fui treinada pelas minhas companheiras de trabalho que me ensinaram que nós tínhamos que apenas dar o banho, limpar o nariz (que viviam escorrendo), e alimentar aqueles anjinhos que passavam o dia inteiro na creche.
Posso dizer que agora entendo que aquele era um trabalho mecânico e extremamente cansativo porque não existia um objetivo e muito menos reflexões nas nossas atividades diárias, era somente uma mera reprodução.
Estudar e adquirir conhecimento na Unisantos transformou a minha prática na escola em que hoje atuo. E tenho a plena consciência que os benefícios desse aprendizado irão refletir lá na frente ajudando na formação de cidadãos conscientes e reflexivos, porque a Educação Infantil, embora por muitos não valorizada, é a base para um futuro promissor de qualquer ser humano.
Eu acredito que o conhecimento realmente transforma VIDAS, sou prova viva disso.

Regina Ferreira dos Anjos - 8º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: tornei-me uma observadora


No início do curso posso me comparar como uma página em branco. Vim de um ensino tradicional em que o aluno não era preparado para refletir sobre sua prática, nem incentivado a pesquisa. Os saberes eram ilusórios e chegavam em forma de repasse consecutivo, conhecimentos fragmentados e muitas vezes desatualizados. A teoria não possuía ligação com a realidade concreta. Não sabia me posicionar e expor minhas opiniões.
Hoje me sinto mais segura em relação à pesquisa, a busca de informações são necessárias e indispensável para embasar e sustentar um pensamento, uma posição, tentando achar respostas para as inquietações e os conflitos internos que nos afligem por sentir que, na realidade, muitas vezes, não há relação entre teoria e prática.
Hoje, quase ao final do curso, percebi um avanço na forma de buscar informações, conhecimentos científicos, respostas na teoria às minhas inquietações vivenciadas na prática. Consigo desenvolver investigação científica voltada à produção de novos conhecimentos.
O meu olhar em relação ao trabalho com crianças pequenas mudou. Tornei-me uma observadora constante, embora não tendo respostas para as situações inesperadas que, por consequência, me levam a refletir e pensar sobre qual atitude e postura adotar, tentando achar respostas, analisando a situação de forma antes não vista. Essas situações causam um desequilibro, pois é preciso bastante autonomia e determinação para saber enfrentá-las e tomar a atitude correta, pois em alguns casos me sinto insegura.
Quanto ser capaz de elaborar projetos de atuação autônomos e inovadores que atendam a demandas diferentes, posso confessar que me sinto insegura. Talvez por não estar atuando na gestão.
Enfim, considero um avanço significativo em relação à postura agora por mim adotada que, aos pouco, vai se definindo.


Maria Geane da Exaltação - 8º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: a chance de conseguir



Eis que chega o ano da formatura... Após a caminhada de quatro anos de estudos, leituras e diálogos se aproxima o dia em que poderemos dizer: agora somos pedagogas. Mas afora o cansaço acumulado, um pouco mais de cabelos brancos e de flacidez na pele, o que é inevitável, já que não somos mais tão meninas assim, colocamos todo esse tempo na balança e pensamos: o que realmente vai ficar? Que benefícios tiramos dessa experiência? 
Engraçado é que imediatamente recordei minha filha mais velha dizendo essas mesmas palavras sobre tudo o que aprendera na escola após o término do ensino médio. Lembro-me de seu aborrecimento, de seus questionamentos sobre se realmente valera a pena ter permanecido horas e horas, todos os dias, “sofrendo em cima dos livros”, para depois esquecer tudo que foi lido (e explicado, escrito, avaliado e transformado numa nota). Segundo ela, “tanto trabalho pra ficar abandonado na prateleira de um armário” ou mandando tudo sem dó para reciclagem, já que papel demais em casa atrai baratas, como dizem...
Ao término do curso de Pedagogia, a professora que há em mim entende melhor a sua dor e a de suas crianças, não dos alunos, mas daquelas pessoinhas que permanecem numa instituição escolar quase dez horas a fio, tendo que conciliar seus desejos e necessidades com aquilo que a escola lhes oportuniza (o que não é muito em termos de espaço físico e equipamentos), com a expectativa que a Escola tem delas, a expectativa de cada professor que adentra a sala de aula, de cada funcionário, desde a faxineira até o diretor. Tarefa difícil a dessas crianças !
Creio que fiquei mais humana, adquiri uma visão mais holística (talvez?) do processo educativo, acredito até que fiquei mais educada, mais sensível às marcas que deixo nos outros, nos meus alunos, na minha família e isso me deu mais possibilidades, “desfazendo nós e criando laços”.
“Nem todo dia é bom, mas todo dia tem algo de bom”. Assim é a nossa vida, seja ela na esfera pessoal, na esfera profissional ou qualquer outra, porque, no final, é tudo ao mesmo tempo e agora ! Não vivemos em gavetas, saltando de uma para outra ! O que somos é produto de todas as nossas experiências. São elas que nos constituem. Doze anos de convivência numa instituição escolar, numa fase de formação da personalidade deixa sim muito de bom (e de ruim) dentro de uma pessoa. E os professores e colegas de classe adquirem um papel fundamental nesse contexto.
Quatro anos de convivência com colegas e professores numa universidade, num curso tão especial como a Pedagogia, com certeza imprime marcas fortes em jovens senhoras de mais de quarenta anos, já lapidadas (ou amassadas e arranhadas! ) pelos anos da prática na sala de aula.
Hoje tenho certeza, trazemos dentro de nós um pouquinho de cada professor ou professora que passou por nossa vida. Vivemos uma experiência diferenciada em termos de formação acadêmica porque realmente foi uma formação altamente reflexiva, dialógica, graças às contribuições de todas nós com suas vivências, histórias pessoais e práticas. Humildemente, percebemos que há em nossa prática coisas que são para sempre e práticas equivocadas que agora são para nunca mais.
Medo e falta de confiança eram fortes presenças no início e afastaram os menos insistentes... Hoje, somos só dez ! E vejo a nossa insistência como um aprendizado, aprendemos que é difícil, mas é possível. Nos demos a chance. A chance de conseguir.


Maria Tereza Fumelli Monti Pedrozo - 7º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: o hábito da pesquisa


Faz parte do projeto pedagógico do curso de Pedagogia/Parfor, na Unisantos, ter como objetivo formar profissionais, éticos, críticos, reflexivos e que possam atuar de forma positiva no mundo que está em constante transformação.
Como aluna do curso acima citado, pude vivenciar, desde o início, muitas situações-problema que colaboraram para as transformações de minha prática, tanto em minha vida pessoal, bem como em minha formação enquanto discente. 
Posso relatar os estudos do meio, os portfólios, as crônicas, visita à Pinacoteca de Santos e outros. 
Nunca poderia imaginar que pudesse ir tão longe, nunca havia conhecido uma Pinacoteca. Tive a oportunidade de conhecê-la através de um trabalho de pesquisa realizado no curso solicitado por uma das professoras. Foi gratificante poder estar frente a frente com várias obras, objetos raros de artistas tão renomados, como Benedito Calixto e Romero Brito, como também foi muito gratificante ir ao MASP, Museu da Língua Portuguesa, ao Páteo do Colégio, e ao Museu Afro. Essas recordações irei guardar eternamente em minha vida. Essas situações eram desconhecidas para mim. Deparei-me com desafios nunca enfrentados, fazer relatórios, leituras de textos, forma de falar, assumir uma postura profissional compreendendo que, como docente efetivamente necessito ter um novo olhar. Olhar de um profissional inovador, um profissional que seja autor e interventor de sua prática. Todos esses propósitos demandam muito trabalho, os trabalhos propostos pelos professores exigem do aluno uma dedicação que envolve comprometimento e muita pesquisa, pois sem ela (a pesquisa) se torna impossível a realização de um trabalho de qualidade e satisfatório.
Algumas vezes tive vontade de desistir, mas o desejo de vencer é mais forte do que qualquer pensamento de desistência, os desafios ainda permanecem até hoje, como, por exemplo, o desafio da escrita e da leitura de artigos científicos e, em consequência disso, o desafio do TCC até chegar à formatura. 
Talvez esta, diante de meu ponto de vista, seja a minha maior dificuldade neste curso, mas sempre conto com uma boa dose de persistência e boa vontade. Conto também com a mediação dos professores para seguir adiante, e chegar ao ponto culminante do curso que é como já citei acima o TCC. 
Dessa forma, diante do que está posto, com todas essas vivências, as propostas de trabalhos solicitados, pude adquirir aprendizagens, pois durante esse tempo, dentro desse contexto, procuro sempre refletir sobre minha prática docente e discente, tanto dentro do ambiente escolar como fora dele. 
Hoje tenho o hábito da pesquisa, como minha aliada, ao qual não conhecia anteriormente ao curso.
De acordo com Freire (2007), não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Nesse sentido, diante das problemáticas que demandam de soluções urgentes, adquiri efetivamente o hábito da pesquisa para me educar, educando para conhecer o desconhecido e para propagar o novo.

Rivalda Barbosa - 8º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: um novo rumo na minha profissão


O curso de Pedagogia deu um rumo na minha profissão. No início, fiquei com muito medo de enfrentar uma faculdade, sem saber o que vinha pala frente, ficava pensando como eu ia enfrentar alunos mais novos e cheios de desejos e sem maturidade para aproveitar a universidade. Mas não foi nada do que eu pensei.
Assim que cheguei, fui acolhida pela aluna do sétimo semestre que estava na cantina lendo um livro para o seu TCC. Como não havia ninguém na minha sala, ela me conduziu até a sala dela e me apresentou suas colegas. Fiquei, então, mais confortavelmente, esperando conhecer a professora e minha turma.
Depois, conhecendo a turma da minha sala, pude me identificar e aprender muito.
O acesso ao conhecimento mediado pelos professores da universidade trouxe-me maturidade nas minhas atitudes em conduzir uma reunião de pais, um pensamento crítico, as atitudes pedagógicas em relação aos alunos e um olhar mais abrangente que fui adquirindo ao longo do curso.
A universidade me fez perceber esse potencial por meio de desafios que serviram para ampliar minha prática pedagógica, conhecer pessoas novas, aprender a conviver com cada um e suas diferenças. Conhecer professores excelentes e buscar aperfeiçoamento, adquirir saberes para uma atuação profissional competente e de qualidade, ajudando a melhorar e entender a prática pedagógica.
De acordo com FREIRE, “Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar”.


Maria Terezinha do Nascimento - 7º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: a capacidade de olhar o novo


Reflexão I

Vez ou outra me pego pensando na minha trajetória no curso de Pedagogia/Parfor, e em meu crescimento pessoal, nesses quase quatro anos de caminhada.
Anos esses que já pareceram se multiplicar, triplicar e que de tão distantes pareciam que nunca iriam chegar ao término. E hoje com a bagagem cheia de aprendizado, e histórias de vida, percebi que valeu a pena chorar, sorrir, teimar, refletir, insistir, persistir e seguir adiante.
Hoje, quase ao término, percebo que embora pareça o fim, percebo que o término nada mais é que uma caminhada cheia de inícios e reinícios. A vida é assim mesmo, só existimos porque continuamos sonhando e perseguindo nossos sonhos.
Quando os realizamos ficamos alegres pela conquista, mas já é chegada a hora de alçar voos rumo a novos sonhos e objetivos.
Hoje a minha prática docente se enche de significados, dia após dia, sob a certeza de que a educação é a única maneira de mudar o mundo e de dar a todos os indivíduos a oportunidade de um novo horizonte.
Contudo, vejo a minha prática modificada e sendo ressignificada dia após dia, pois aprendi a desacostumar o meu olhar. Existem pessoas que veem as coisas sempre do mesmo jeito. Essas pessoas criam uma espécie de capa de comodismo que as impede de ver a beleza da vida, olham as coisas sempre do mesmo jeito, porque perderam a esperança e o fervor da vida.
Trago comigo a capacidade de olhar o novo, de me maravilhar, de me encantar, reinventar e de transformar. Quando modifico a minha maneira de olhar o mundo e tudo a sua volta, deixo o meu olhar livre do costume de olhar as coisas sempre sob a mesma ótica, e, de certo modo, a maneira como vemos as coisas é parâmetro para a efetivação das nossas ações.
No entanto, as transformações que percebi na minha prática docente são a certeza de que nada mais será como antes... há menos de quatro anos a intuição era o meu norte, agora a teoria é a base para a minha prática docente.
Refletir sempre e olhar tudo como o novo que se avizinha, aprender a olhar como as crianças que aprendem a cada dia e sempre possuem algo a nos ensinar ... a ser mais alegre, entusiasta e sonhadora.
Reflexão... essa palavra ganha significado que orienta e norteia a minha prática docente.
Refletir sobre qual escola eu quero ajudar a construir...
Uma escola onde todos sejam iguais, uma escola que favoreça a integração do aluno o seu desenvolvimento pessoal, social e cognitivo, uma escola que seja realmente de todos e para todos.
Refletir sobre o que é ser professor...
Professor é gente estranha mesmo... ganha pouco e trabalha muito, precisa ter capacitação científica, estar antenado à legislação, favorecer um ambiente propício à aprendizagem e intervir de forma eficaz no processo de ensino aprendizagem... Ufa quanta coisa! Mas, apesar disso, não é o dono da verdade, está sempre aprendendo algo, o que parece estranho é que mesmo assim, apesar disso tudo, decidi fazer isso por muitos e muitos anos da minha vida.
Reflexão, ação e planejamento, refletir e planejar... planejar e refletir, levando em conta as injunções sociais e individuais de cada aluno, bem como as suas limitações e particularidades.
Levo na bagagem o aprendizado que todo aluno pode aprender e que todo professor é capaz de ensinar. Assim, o meu olhar e o meu agir, ou seja, o embasamento teórico vem permitindo que eu reflita constantemente sobre minha prática docente, o meu olhar, embora mais crítico, está desacostumado de preconceitos, modismos e ou comodismos.
Sigo com a certeza da importância do afeto para o ensino e aprendizado, e com a certeza de que quando o professor ama o que faz, a consequência é a vontade dos alunos aprenderem.

Reflexão II

Ao pensar em toda a minha trajetória, no curso de pedagogia Parfor não há como esquecer a mistura de sentimentos, medos, anseios, expectativas e alegrias.
Mas, o que nos impulsiona senão nossos anseios por dias melhores e a realização de um sonho, porque para se realizar sonhos é necessário primeiramente ter sonhos, e para atender às expectativas é preciso ter expectativas.
É fato que, como objetivo inicial, tinha a expectativa da qualidade de vida e da melhoria de trabalho, através da realização de um sonho... o curso de Pedagogia.
Ao chegar aqui, me deparei com o novo, e com um horizonte que só poderia ser alcançado dia após dia, semana após semana. E é claro que muitas vezes nos faltavam pernas para acompanhar a caminhada rumo ao horizonte, muitas vezes tínhamos que correr para não ficarmos para trás, sozinhos à beira da estrada.
Outras, estávamos tão cansadas e desanimadas que o caminho percorrido parecia insignificante diante de todo o percurso ainda a transcorrer. Isso tudo sem contar os barrancos, buracos, desafios e obstáculos no meio do caminho.
É fato, nessa hora sempre surge um herói com uma palavra de incentivo e conforto. É o tal poder das palavras que repercutem em nós verdadeiros milagres. A magia das palavras, muitas vezes, foi a mola propulsora que foi capaz de suprir toda a falta de ânimo e todo cansaço.
E essa palavra não precisa vir de um amigo ou colega de sala, pode vir da moça da secretária, da moça da recepção, de um anônimo no ônibus ou na barca de um filho ou de um professor.
Tenho muitos como exemplo ético e profissional que quero levar por toda a minha vida, tanto pessoal como profissional. E são alguns deles que eu devo o fato de estar aqui rumo ao horizonte.
Hoje sou mais tolerante e mais atuante, menos impulsiva e mais reflexiva.
Enfim, é chegada a hora de sentir o cheiro das flores, o frescor das brisas e o gosto da conquista...
O horizonte já não me parece assustador muito menos algo que não possa ser atingível. É valeu mesmo a pena andar no fio da navalha tantas vezes! Tudo foi tão importante que valeu a pena cada passo que foi dado, mesmo querendo parar, mesmo quando tudo parecia difícil ... e o mais certo a fazer no momento era desertar.
Decidi apesar de tudo continuar, descobrir o novo, enfrentar desafios e me deparar com as expectativas atendidas.
O que me separa agora do meu sonho é apenas uma ponte...
O mais importante é que, embora o caminho tenha sido longo e difícil, pude observar a beleza das flores, sentir o cheiro das rosas vencer desafios e saborear o gosto do dever cumprido.
Agora a alegria do dever cumprido se mistura a novos sonhos e anseios.


Edilene Valéria Sampaio - 8 º semestre 2014/1

(Auto)avaliação formação Parfor: destaque para o PPP


A partir da avaliação do Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia, que realizamos em aula, pudemos ter a clareza dos objetivos do curso de alcançar metas grandiosas, reunindo as propostas e ações pedagógicas, considerando as escolas e universidades como espaços de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão coletivamente e individualmente na sociedade, a fim de realizar as modificações que sejam necessárias para sempre melhorar a educação.
Tudo parece perfeito quando se coloca no papel, um projeto perfeito que reuni sonhos de muitos na educação Brasileira. Infelizmente, sabemos que nem tudo é realizado num espaço de tempo, porém o fato de estarmos no meio de um grande projeto é um dos motivos de muitos terem continuado a jornada do curso de Pedagogia. Afinal, imaginem essa linda profissão sem ser planejada rigorosamente, não teria sentido!
A Pedagogia é um dos curso que pode ser comparado com a Medicina, pois assim como o médico se empenha em salvar vidas, o professor luta pela paz, formando cidadãos, fazendo transformações para uma melhor sociedade. Só o professor tem essa oportunidade de transformar o ser humano, para atuar melhor, fazendo a diferença, colhendo os frutos do conhecimento.
Como se fala: a base de tudo é o professor. Isto se ele está na educação por amor e vocação.
O PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola indica a direção a seguir para todos os envolvidos no processo educacional e, na minha prática docente, aprendi a ouvir melhor, ver melhor, a falar a língua do PPP. Até então, era um documento alheio aos meus conhecimentos e, durante este curso, percebi que não era só eu que não tinha clareza do que era e do que compunha esse documento. As pessoas vão vivendo suas práticas na escola no dia a dia e, simplesmente, não têm muita interação com o seu trabalho e com o que está no PPP registrado.
Hoje, tenho consciência desse documento, de sua importância e, pelo menos, posso saber se o meu trabalho está de acordo com o projeto, se preciso fazer mudanças, não só por causa dele, mas para aperfeiçoar minha prática, de acordo com as necessidades do aluno.
Tudo e toda atividade desenvolvida com o aluno deve ser refletida e voltada para uma intenção pedagógica. Essa é uma das mais importantes lições que tirei deste curso. Por exemplo, muitas vezes, você desenvolve atividade em uma aula de preenchimento de horário, como no caso dos professores que substituem ausências, e essa aula, mesmo assim, tem que ter um planejamento e uma reflexão sobre o que deve ser desenvolvido em sala. Todos esses pontos, mais o compromisso do professor, foram de muita relevância na transformação de minha prática pedagógica.

Maria Aparecida Lopes Pacheco - 8º semestre 2014/1

Formação Parfor e transformações na minha prática docente


A expressão "É uma pedra bruta que precisa ser lapidada" hoje eu entendo bem, pois eu era assim.
Trabalho na Educação Infantil há um bom tempo. Quando comecei, não tinha curso de Magistério, cuidava das crianças como se fossem meus filhos, no entanto, aos poucos fui estudando, fiz Magistério e hoje estou na universidade.
A minha entrada na universidade ocorreu através do PARFOR, e posso afirmar que minha vida mudou muito, não só na parte profissional como pessoal. Eu aprendi a questionar, não aceito tudo sem antes entender o porquê das coisas.
Na minha vida profissional, as transformações foram muitas. Hoje eu sei como ajudar os alunos em suas dúvidas e dificuldades. Em algumas situações, fico insegura achando que não estou preparada, mas na hora resolvo tudo da melhor forma possível e é nesse momento que percebo como os estudos fazem a diferença. Quando estudamos, temos propriedade para falar ou resolver assuntos que antes pareciam complicados.
Nesse sentido é que falo que eu era uma "pedra bruta", porque eu tinha valor (força de vontade), porém faltava ser "lapidada", ou seja, ter conhecimento. Embora tivesse força de vontade, me faltava o conhecimento que hoje adquiri na universidade através das pesquisas, leituras, palestras, seminários, enfim tudo que fazemos na universidade direcionado para o nosso conhecimento.
Como professora, eu afirmo como é importante a formação inicial e continuada para os professores. Conhecimento nunca é demais, ao contrário, adquirimos ferramentas que são necessárias para melhorar a nossa prática docente.


Cláudia Sabino - 8º semestre 2014/1