quinta-feira, 28 de abril de 2016

Felicidade é...


Descobrir que, após dezessete anos sem estudar, terei a oportunidade de cursar uma Universidade.
Vou conhecer novos amigos, adquirir conhecimentos, por meio de professores qualificados e dispostos a nos conduzir rumo ao nosso objetivo que é a formação acadêmica, além da nossa realização pessoal.
Meu primeiro desafio a vencer será minha dificuldade em colocar no papel o que está em meus pensamentos. Espero vencer este desafio, com esforço e perseverança, e, porque não, com a ajuda de meus queridos colegas.
Estou muito feliz em poder vivenciar algo novo em minha vida, tendo a convicção que virão muitos obstáculos a superar com esforço e sabedoria.

Edlene Emília da Silva
Curso de Pedagogia - 1º semestre

Era preciso tentar

                                         

Chegar até a Universidade foi um sonho quase impossível. Foram dias de idas e vindas à busca de documentações.
A incerteza pairava em momentos de preocupações.
E aqui estou:
Cada aula assistida, cada fala dos professores, cada assunto novo, vejo que tudo valeu a pena e está valendo.
São palavras e aprendizado novos.
Vale passar fome, levantar cedo, com muito sono.
Vale perder o feriado.
Assim, sonho realizado, com aprendizados novos e diferentes, que levo para minha prática, como rodas de conversas, enriquecidas com gravuras e palavras, entre mim e meus alunos.
Estou amando os professores, o curso e, com alegria, posso dizer: "que bom que tudo está dando certo e o que estou aprendendo está me servindo para ajudar muita gente".
A começar pelos meus filhos, meus alunos e minha comunidade.
Por isso, saibam que estou muito feliz.
Falta um pouco mais para eu me desenvolver, mas sei que vou chegar a realizar este sonho.
Aqui fico com esperança.

Marlene Carvalho Honorato

Curso de Pedagogia - 1º semestre

terça-feira, 26 de abril de 2016

Conquistas


Tudo novo, emprego, casa, mudança de cidade e agora cursando universidade.
Realização, compromisso, responsabilidade, cada dia vencendo uma batalha.
Conhecer pessoas novas, trocas de experiências, ler, pesquisar.
Vencer o medo de atravessar o mar.
Trabalhar e estudar .
Ser mãe, filha, esposa, professora, aluna.
Conquistas que me fazem feliz e vitoriosa.
Estudar me faz muito bem.
Conquistar, aprender, errar, vencer e lutar.
É com muita alegria que busco todos os dias a felicidade de fazer.
A Pedagogia que tanto sonhei.

Talita Juliana Baptista
Curso de Pedagogia - 1º semestre

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Amo minha rotina diária


De segunda a sexta, acordar às 6h00 da manhã parece um martírio, mas não, acordo com o sentimento de que tenho 30 alunos a minha espera. 
Levanto, a primeira coisa um banho, logo depois, arrumar o filho e dar a famosa mamadeira com leite e nescau. Agora sim, tudo em perfeita ordem e mochila pronta vamos para a creche. 
Chegando lá, hora de recepcionar meus queridos e tão amados alunos, um por um, com um belo sorriso e um bom dia para que possamos ir para sala de aula, seguir a rotina de todos os dias. Chegando em sala, tirar as agendas e trocar as blusa, para não sujar no café da manhã.
Depois da nossa primeira refeição do dia, vamos a nossa rotina diária, em que fazemos nossas atividades pedagógicas e, a cada dia, me orgulho mais e mais da profissão que escolhi, pois vejo nitidamente a evolução e desenvolvimento deles, ao longo de cada dia e semana. É muito gratificante. 
Desde que comecei meu Curso de Pedagogia, logo no primeiro dia, aquele tão esperado, me deu frio na barriga, um medo de não conseguir chegar até o final, mas, olhando por outro lado, sempre foi meu sonho, desde pequena, ser professora e era apenas meu primeiro dia, não podia me deixar abater com a situação. 
Passados os dias, conversa vai, conversa vem com variadas pessoas e diferentes professores, percebi que eu não era a única com medo e que seria normal. Então, estava mais do que na hora de eu me erguer, pois tenho muitas pessoas torcendo por mim e esperando que eu consiga chegar lá no final e dizer "venci". Não posso desapontá-las, eu não vou me desapontar, chegar até aqui já foi muito difícil. Então, bola para frente! Eu mereço a luta que não é fácil, mas vou conseguir vencer mais esta batalha.
Hoje, me sinto muito feliz e vitoriosa, por estar com pessoas maravilhosas, neste curso tão esperado e desejado. Obrigada meu Deus, por esta rotina cansativa, mas que vai me trazer muitos frutos.

Marcella Oliveira - Curso de Pedagogia - 1º semestre
  

sábado, 23 de abril de 2016

Nova etapa


Este ano, teve início de uma nova etapa na minha vida. Ter a oportunidade de fazer um curso universitário de graça, e da área em que atuo, é melhor ainda.
Nesses meses iniciais, está sendo puxado, pois é uma realidade nova, em que tenho que conciliar o serviço, a faculdade e a vida pessoal, pois tenho casa e filhos pra cuidar.

Trabalhar o dia todo, depois ter que estudar à noite, consome a semana toda, e só resta o final de semana para cuidar da casa e da família e ainda arrumar um tempinho para descansar.

Mas todo esse esforço é válido, pois estarei conquistando um dos meus objetivos. Com força de vontade e a garra que eu tenho, vou com certeza me formar, esse é o meu foco.
Sobre as matérias, desse início de aula, estão sendo muito produtivas, pois estou aprendendo e tendo uma outra visão da área da educação. 
Sei que a cada dia, a cada semestre, a cada ano que vou passar na universidade, só vou crescer como pessoa e como profissional e vou olhar pra trás e falar "valeu a pena cada esforço nesses anos todos".

Júlia Mara Brandão
Curso de Pedagogia - 1º semestre

Educar e aprender na Educação Infantil


É um processo educativo, em que ensinamos, aprendemos e vivenciamos com resultados transformadores, com trocas de conhecimentos, valores e emoções. 
Em alguns momentos, nos deparamos com uma série de dificuldades que envolvem o aluno e seu aprendizado, como por exemplo: o ambiente onde convivem seus responsáveis; ainda temos o sistema educacional, que muitas vezes acaba falhando. Temos que ter um olhar cuidadoso, com responsabilidade, ao observar essas dificuldades. 
Como podemos mudar isso? Fico me perguntando. Vejo muitas coisas que poderiam ser mudadas, mas faltando boa vontade entre os envolvidos, as mudanças necessárias acabam não acontecendo.
No entanto, não podemos desanimar e devemos acreditar que um dia tudo isso poderá mudar.

Ensinar, na Educação Infantil, deve ser visto como o período educacional mais importante da vida, quando as crianças começam a se desenvolver para todos os lados, desde o andar, falar, se expressar, ter autonomia, e assim por diante; quando a referência deles, na maioria das vezes, acaba sendo nós, os educadores, por conviver mais tempo dentro da escola, fazendo o papel da família. 

Questiono, com frequência, com alguns colegas, me preocupando com o fato de como nossas crianças estão crescendo sem o elo de convívio familiar, passando, em média, dez horas dentro dos espaços escolares, fazendo atividades diversificadas. 
Sei que é importante, mas também, ao mesmo tempo, sabemos que isso ocorre não por escolha, mas sim por suas necessidades. Essa perda de convivência entre a criança e a família, no futuro, fará uma diferença muito grande. As crianças, por estarem tão distantes de seus familiares e cansadas dessa carga horária intensa, dentro do nosso sistema educacional, acabam tendo perdas, no lugar de ganhos, para seu desenvolvimento. Lembrando sempre que a família, o professor e o sistema devem ter suas responsabilidades para que os valores humanos não se percam, no decorrer do tempo.

Educar é valorizar nossos alunos, sempre vislumbrando que, lá na frente, serão o nosso futuro e que podemos enriquecê-los com nossos conhecimentos, não esquecendo que educar e aprender são uma troca constante entre Professor e Aluno.

Rosana Aparecida Leme Vaz
Curso de Pedagogia - 1º semestre

Dividindo sonhos


Eu quando criança, gostava de estudar, 
às vezes me chateava, queria brincar. 
O tempo segue ainda a estudar, 
um pouco diferente buscando conhecimento e querendo me formar, mas a minha adolescência aproveitar. 
Sempre gostei de estudar e não queria parar, 
pensei até em Psicologia cursar. 
Por alguns motivos, a vida me fez parar. 
Ah! O tempo passou de verdade, retomando a vida e o profissional, me deparei com esse grande universo da educação, 
fui com as crianças me relacionar aprender e ensinar. 
De repente, após um tempo, uma grande oportunidade fez com que eu fosse privilegiada em Pedagogia cursar, 
hoje me sinto feliz e determinada a colher os frutos, 
com o diploma a conquistar. 
Estou iniciando ainda, há pouco o que falar, 
somente esta crônica a criar.

Sandra Regina da Silva
Curso de Pedagogia - 1º semestre

A escola


Brincadeiras, música e jogos foram o meu primeiro contato com um mundo novo, a primeira vez que saí de casa para passar algumas horas m pessoas que não conhecia.
Com muita timidez e medo tentava brincar, mas tinha a compreensão que deveria me comportar bem e, para mim, isso significava ficar parada e calada. Era melhor não arriscar, afinal de contas apanhar, ao chegar em casa, não era meu objetivo, já tinha sido arrastada pela manhã, não ficaria bem repetir essa mesma cena na saída.
Toda repreensão não fez com que eu não aprendesse, conseguia desenvolver bem os primeiros trabalhos e entre um risco e outro surgiram as primeiras letras com significado e formas.
Quando me lembro destes primeiros anos, me vêm à mente alguns 
momentos desagradáveis que, mesmo já passados tantos anos, ainda me trazem tristeza. Um deles foi o momento do lanche, eu nada tinha, a não ser um desejo enorme de comer a maçã que a colega do lado havia levado. Pensava em ficar doente, assim quem sabe conseguiria com que minha mãe comprasse a tão sonhada maçã. Desta forma, eu a forçaria a tirar de onde não tinha para satisfazer meu desejo. Assim aconteceu. 
Consegui a tão sonhada maçã, depois de 40 graus de febre.
Outro momento era a falta de sapatos e uniformes, minha irmã devia chegar logo para que eu usasse o seu. Os sapatos nunca davam direito, a roupa estava sempre maior e o material escolar meu pai nunca conseguia comprar todo e era desagradável ter de ouvir a professora reclamando a falta dos livros. A tristeza e o constrangimento tomavam conta de mim, não tinha canetinha sylvapen, como contornaria meus desenhos? E ando a professora perguntava onde morava. Nossa, era terrível! Sabia ue ouviria risadinhas, não tinha casa, morava numa palafita e para eles isso não era moradia.
Ler e escrever eram os objetivos maiores, não meus, mas principalmente do meu pai, que sabia o que era o pouco estudo e isso me causou uns bons puxões de orelha. 
Mesmo com toda dificuldade avançava nos estudos. Meu pai sempre gostou de ler e me ajudava nas dificuldades que enfrentava. Nunca pudemos ir a uma livraria, mas isso não era problema, os livros não didáticos eram conseguidos nas lixeiras do prédio onde trabalhava. Eram limpos e organizados, caso as folhas estivessem soltas. Depois de averiguados e lidos, eram entregues a mim, afinal tinha de ver se o que estava escrito era apropriado. Me lembro um pouco da história de um desses livros, era sobre um menino que amava muito seu burrinho e, num determinado momento, porque estava doente o carregou nos ombros.
A escola era vista por meus pais como um lugar maravilhoso, lugar este que eles nunca puderam frequentar, mas agora seus filhos, mesmo com dificuldades podiam. Era lugar de esperança por dias melhores. Antes de sair para estudar, era aconselhada a me comportar, era muito inquieta e respondona e isso os preocupava, por isso recebia muitas orientações e entre elas ameaças de levar uma boa surra, caso não me comportasse. 
Nossa! Se alguma reclamação chegasse, ficaria sem as orelhas, era o que dizia minha mãe e, muitas vezes, essas ameaças foram cumpridas, não as perdi, mas recebi uns bons puxões, pois chegava um momento que não aguentava mais ficar quieta. Anos se passaram, livros foram lidos, centenas de horas sentada em escolas, buscando aprendizado e penso em tudo que vivi, muitas delas não relatadas e muitos destes estudiosos que li me revelam o tipo de educação que tive e, por mais que meu pai não tenha frequentado uma escola, ele sempre esteve envolvido com o processo ensino/aprendizado.
Paulo Freire me revela bem a educação bancária que tive, aquela que só o professor é o detentor do conhecimento e o aluno deve não demonstrar nenhum tipo de questionamento para não atrapalhar a aula, afinal, que novidade uma criança poderia trazer para enriquecer sua prática docente.
O ser crítico, autônomo não me foi ensinado, isso adquiri e venho me apropriando ao longo dos anos, mas penso que essas inquietações sempre fizeram parte de mim. O conhecimento de dentro para fora como fala Piaget. 
Sócrates acreditava que todo homem era bom, o que devia ocorrer era levá-lo a essa descoberta, com questionamentos, com educação.
O que pensaria esse filósofo hoje? Certamente ficaria sem palavras. Creio. Passados centenas de anos e o sonho de que todos devem ter 
acesso à educação continua. Essas virtudes precisam ser despertadas. 
Esse ser crítico, tão discutido por educadores, é colocado a prova todos os dias, em sua casa, em meio aos amigos e, principalmente, em seu local de trabalho, quando seu emprego é colocado em risco por decisões que precisam ser tomadas. E aí, o que fazer? Discordar e discutir o assunto ou simplesmente concordar.
O tempo passou, as primeiras dificuldades vencidas, os sapatos, uniformes, casa, esses hoje os tenho. Ah! E maçã, posso ter a hora que quiser e o quanto desejar.

Ruth Clara Lima Matos
Curso de Pedagogia - 1º semestre

Oportunidade


A partir do momento que recebi a notícia de que era possível entrar em uma universidade, pensei: - Nossa!
Então, geraram-se muitos pensamentos positivos em minha mente, e tudo começou a girar, igual ao planeta Terra.
Enfim, a chegada do primeiro dia de aula e a angustia, por incrível que pareça, tomando conta do meu "eu". Com essa experiência, venho acrescentando, agregando conhecimentos, isso fez com que os meus conceitos, como pessoa, acabassem mudando.
A ansiedade está constante, dia após dia, para poder chegar o momento de me articular, por mais um dia de estudo. Aliás, quando chego em casa, tomo meu banho e, em seguida, o meu cafezinho, e ainda tenho disposição para interagir por mais uma ou duas horas de estudo, fazendo os meus deveres escolares, que não são poucos. Estou de coração aberto e com muita disposição para me integrar à universidade.
No entanto, não cheguei à universidade sem experiências educacionais. É simplesmente indescritível a troca de conhecimentos e experiências que obtive durante três anos no Programa "Escola Total" da Prefeitura Municipal de Santos. Sempre trocando ideias com subordinados e, principalmente, com as crianças das mais diversas faixas etárias. Desse modo, acabei por entender e compreender melhor o mundo das crianças. Isso é simplesmente fantástico.
É muito gratificante e motivante continuar nesta jornada tão prazerosa que é educar.
O Programa Parfor foi essencial, não somente na minha vida profissional, como também na vida de muita gente que trabalha na educação sem formação em nível superior. Sem este incentivo seria impossível custear os estudos.
Confesso que neste início de semestre, estou tendo algumas dificuldades, porém mato um leão por dia, quando acabo de executar alguma tarefa que me pedem.
Aqui, aprendemos que ser Pedagogo não é somente estar em sala de aula e sim executar aquilo que foi aprendido durante o tempo de estudo.
Oportunidade é a palavra que resume a importância deste projeto de formação de professores da educação básica.

Alcyr dos Santos Reis
Curso de Pedagogia - 1º semestre

Um salto para frente


Foi difícil chegar até aqui. Muitas coisas aconteceram, muitas pedras, muitas montanhas mas consegui chegar na famosa e tão sonhada universidade. 
Graças a Deus aqui estou. Tenho apreendido muito, embora sendo 
muito tímida, as falas dos professores, com suas matérias me incentivam cada vez mais. 
Hoje sinto vontade de ler. Estou perdendo o medo e eu mesma estou me enfrentando. Os professores me passam muita confiança e falam bem. Confesso que ainda estou preocupada, mas com vontade de prosseguir nos meus objetivos e sonhos. Nunca é tarde para apreender, e o meu sonho é conquistar a formação em Pedagogia. Por isso, todo esforço valerá a pena. É o que eu acredito.

Elizania Muniz Souza
Curso de Pedagogia - 1º semestre

Idealismo X Realismo


Sou estudante de uma conceituada Universidade em Santos-SP. E, no decorrer do curso de Pedagogia, estou estudando diversos pensadores, filósofos e autores. Assim, resolvi elaborar minha própria síntese sobre os autores Karl Marx e Paulo Freire que são bastante citados pelas professoras na sala de aula de Pedagogia. 
Sei que não conheci a realidade de cada um dos autores e não 
tive o conhecimento do mundo que eles tiveram e acho que nunca vou ter. 
Somente li um pouco da história e biografia de cada um para tentar me aproximar do mundo deles e retirar o que serve e o que não serve para minha realidade escolar, que é um pouco parecida com a charge de cima. 
Primeiramente, fui procurar a história de vida do filósofo Karl Marx e de cara me decepcionei, pois descobri que o mesmo tinha o desejo natural de se tornar importante e conhecido. Por outro lado, Paulo Freire, ao meu modo de pensar, segue o verdadeiro ensinar, ele foi e continua sendo importante, pois ele despertou nas pessoas a crença de que podemos mudar o mundo através do diálogo, e a pessoa que não pratica o diálogo, não merece respeito nenhum. 
Assim, eu sonho com o idealismo nas Escolas, onde os pais são parceiros, amigos e companheiros fieis dos professores, dedicados para um único fim, a educação de seus filhos. 
Vendo as crianças crescendo e se tornando cidadãos de bem social e moral. Uma sociedade que se dispõe a dedicar tempo e paciência para o desenvolvimento de crianças com a autoestima elevada, 
capacidade de interagir e reagir a situações do cotidiano com decência e tratar a família e a sociedade com respeito e amor. 
Acordamos e voltamos ao realismo, em que vemos os pais juntamente com seus filhos desrespeitando os professores e achando que o papel do professor é de educar as crianças e não ensiná-las a ler e escrever. A realidade de hoje é que os próprios pais não dão bons exemplos aos seus filhos, desvalorizando a família. Conflitos que estão passando de geração para geração, como as brigas em casa, entre os pais e pais e filhos, são uns dos exemplos. Tudo fica mais fácil de resolver, quando se dá um aparelho que tira totalmente a intelectualidade da criança e substitui a presença materna e/ou paterna do foco principal. 
Assim, observamos calados a troca de valores em nossas vidas. Tomara que, no futuro, os pais não entreguem a responsabilidade da educação para o “ESTADO”, como faziam, na antiga Grécia, os Espartanos.

Mark Jean - Curso de Pedagogia - 1º semestre

Esparta, a cidade guerreira



Nós espartanos descendentes dos dórios
Vindos de lugares sem rumo
Conquistadores de terras como a península pelopoleso
Divididos em três grupos existentes na região
Espartistas únicos a ter direitos
Periecos submissos aos espartanos
Hilotas transformados em escravos
Vou lhes contar nossa história
Ao nascer, éramos vistoriados
Sem direito de sobreviver
Aos defeitos impostos pela natureza,
Éramos atirados de colinas sem piedade
Caso a natureza nos permitisse ser perfeitos
Assim nos tornaríamos fortes guerreiros
Com várias restrições impostas por superiores
Obrigados a partir aos sete anos
Com muito sofrimento éramos tirados de nossas mães
Dor e fome faziam parte do nosso treinamento
Para sobreviver era permitido roubar
Nossas meninas impostas às mesmas leis da natureza
Participavam de atividades desportivas e torneios
Tornando-as mulheres saudáveis e fortes
Geradoras de grandes guerreiros
Nós, homens, casávamos com 30 anos
Nossas mulheres eram orientadas a casar
Com dez anos a menos do que os homens
Cabelos femininos eram cortados curtos
para a cerimônia
As vestes assemelhavam-se às masculinas
Procurávamos nossas esposas à noite somente
Para gerarmos grandes guerreiros.
Tínhamos dois reis em nossa política
Com poderes ligados
Ao militarista e ao religioso
A assembleia constituída por cidadãos
Que se reuniam para formar decisões políticas
Gerúsia formada por vinte e oito homens
Com mais de sessenta anos ex-guerreiros
Éforos formados por cinco cidadãos com
Diversos poderes administrativos, militares,
Judiciais e políticos como fossem
Verdadeiros chefes de governo
Nossa religião era politeísta, acreditávamos
Em vários deuses, vou citar
Atenas deusa da sabedoria
Ao morrermos em combate e as mulheres em parto
Tínhamos nossos nomes escritos nas lápides
Como reconhecimento de um grande guerreiro
e de uma grande geradora
Como podemos ver o censo crítico e artístico
não eram valorizados, éramos cidadãos ligados

e induzidos a matar ou a morrer como valentes guerreiros.

Jussara Cassio Colidio - Curso de Pedagogia - 1º semestre

Obs.: Texto produzido para o componente curricular "História da Educação.
Contribuição livre para este blog.

A vida de um estudante em conflito

Eu sou Roberto, estudo em uma escola particular rigorosa, cujo nome não vou revelar. 
Desde que ingressei nessa escola, eu não tive mais paz, vieram muitas dúvidas em relação à aprendizagem, pois eu tinha estudado sempre em escolas públicas. Quando começaram os estudos para valer, tive muita dificuldade de acompanhar os demais alunos, uma vez que eu não tinha visto sequer algumas disciplinas propostas. 
Aí começou o meu martírio, a dificuldade era tamanha que eu cogitei em desistir, mas logo me veio à cabeça: “sou filho de Deus e estou tendo a oportunidade de aprender, vou fazer minha parte”. Com isso, resolvi estudar, perguntar todas as minhas dúvidas aos professores e pesquisar sobre tudo dado em sala de aula. Assim, consegui ser um aluno que, agora, consegue acompanhar os colegas em sala. 
Essa história que acontece todos os dias com milhares de alunos me levou a constatar que todos nós somos capazes, basta ter fé, garra, dedicação, força e foco. Tudo posso naquele que me fortalece, basta crer e praticar a fé. 
Essa história do Roberto me fez refletir que a Pedagogia é uma ciência importante para a educação e nos ajuda a compreender melhor que as dúvidas fazem parte de nós e, com isso, as dificuldades fazem parte do saber. A Pedagogia nos ajuda a enfrentar as dificuldade e a aprender a importância da interação interdisciplinar.

Paula Renata de Jesus
Curso de Pedagogia - 1º semestre

Rotina escolar



Os dias em sala de aula poderiam ser descritos equivocadamente por alguém como dias rotineiros. E, por um lado, talvez faça sentido, afinal o professor possui uma rotina diária, dentro de um mesmo ambiente, com os mesmos alunos, direcionado pelos mesmos conteúdos. 
Entretanto, na prática é bem diferente. Meus dias como mediadora de inclusão, pelo terceiro ano consecutivo, com o mesmo aluno, atualmente no 5º ano, ilustra com perfeição essa realidade: embora haja um plano traçado, a sua execução é sempre uma surpresa.
- Bom dia, querido! Abre o caderno para continuarmos a atividade de ontem.
- Sabe o que é professora? Eu posso falar uma coisa? Eu estou muito cansado dessa atividade – argumentou o aluno com mansidão.
- Entendo. Então vamos fazer aquela atividade de Matemática que você gosta, certo?
- Mas professora, posso falar uma coisa? Eu estou muito cansado de lição. Eu só queria brincar um pouco, porque a minha mãe não me deixa brincar nunca! – persistiu o aluno calmamente.
- Ela não deixa você brincar? Mas ontem você disse que não podia fazer a atividade, pois estava com sono, porque havia brincado até tarde!
- Sabe o que é professora? Posso só falar uma coisa? – disse o aluno entoando a voz com mais força.
- Pode falar, querido!
- Eu odeio essa escola, eu odeio você! Você nunca gostou de mim! Você nunca me escuta! E eu só queria que você morresse! Só isso! Só isso! Sua monstra! Canalha! – expressou o aluno aos gritos e aos prantos.
Após tentar sair da sala e de fato conseguir, o aluno corre pela escola, profanando todas as minhas gerações passadas. Eu calmamente tento me aproximar, mas com ele gritando e fugindo, torna-se impossível. Minutos depois, cansado da fuga sem razão, ele volta pra sala, e terminando o choro, faz uma parte da atividade.
Matemática! Ele adora!
- Parabéns, querido! Você acertou todas as adições!
- Professora, eu gosto tanto de você! Você pode me passar contas de vezes? – disse o aluno ao me abraçar.
- Passo sim!
- Obrigado professora! – e com um beijo o aluno demonstra sua
gratidão.
- Que legal!! Você fez as multiplicações muito bem! Só aqui que você esqueceu de somar o número que subiu.
- Mas professora, posso falar uma coisa? Eu não fiz errado! Essa conta é assim mesmo! Eu já aprendi a fazer certo!
- Eu sei que você sabe! Mas aqui você só esqueceu! Vamos apagar e arrumar!
- Mas professora, posso falar um coisa?
Respirei!
- Fala.
- Você nunca diz que eu acerto a lição! Você nunca gostou de mim! Você nunca me escuta! Eu só queria que você morresse, sua monstra!
E, assim, essas surpresas diárias tornaram-se minha "rotina escolar".

Pétala Rosa Borges - Curso de Pedagogia - 1º semestre

Saci dentro da garrafa


Meu amigo da biblioteca adora trabalhar com os personagens do folclore. Certo dia, ele chegou na biblioteca para fazer seu trabalho sobre o folclore, no mês de agosto do ano passado. 
De tanto procurar o livro, acabou dormindo e sonhou com os personagens, foi muito engraçado esse dia. Todos procuravam por ele e o encontramos dormindo sobre os livros.
Para a surpresa de todos da escola, ele acabou fazendo a pintura das paredes da biblioteca com os personagens do folclore. As crianças amaram! E quando vão à biblioteca, só querem livros de histórias com personagens do folclore, principalmente do lobisomem e a loira do banheiro (lenda urbana atual).
Um dia, ele trouxe o saci dentro da garrafa, os alunos ficaram surpresos de ver um saci dentro da garrafa. Foi muito bacana esse dia.
Aproveitei a oportunidade para incentivar o aprendizado de forma oral, desenvolvendo uma nova perspectiva da história conhecida com os personagens do folclore acima mencionados.
Por meio dos desenhos folclóricos, fiz uma releitura de maneira lúdica, isso deu mais elementos para compor novas histórias.

Maria Teixeira G. da Silva
Curso de Pedagogia - 1º semestre

Reflexão noturna


Havia sido um dia normal na minha vida. Eu tinha ido ao trabalho, encontrado os amigos, estudado, voltado para casa e jantado. 
No entanto, quando fui dormir, meio inquietada por um sentimento estranho, que eu não conseguia descrever, tive o sono envolto em pensamentos. Meu sono foi arrebatado por uma lembrança, tão subitamente, que lágrimas rolaram do meu rosto, até pararem em meu travesseiro. 
Apesar de várias lembranças estarem desconexas, essa estava bastante nítida. Meu pensamento me levou para aquele dia em que fiquei horas tentando fazer minha matrícula na universidade. Logo veio a sensação estranha de que havia algo faltando e, de fato, havia: Um desespero de fracasso total, porque a vontade de entrar na universidade era tanta que pensei em desistir. Entretanto, a garra de vencer e conquistar meus objetivos foram mais fortes do que eu. 
Comecei a me empenhar em buscar minhas realizações profissionais. Então, resolvi seguir em frente e, graças a Deus, conquistei o direito ao tão sonhado curso universitário. E hoje estou aqui, realizando um sonho que um dia jamais pensei em conquistar. 
Hoje,  posso afirmar que minhas expectativas, em termos da formação universitária e do meio em que trabalho (educação de crianças), tem um “quê” de aprendizado simultâneo, uma troca de experiências vividas ou não vividas, construindo conhecimentos novos a cada dia. Sendo assim, meus colegas trazem suas experiências profissionais e eu, com o aprendizado que possuo, troco o que eu sei com eles. Aprendendo e repassando minhas dúvidas e receios de cada situação nova, com a ajuda de meus professores, no curso de Pedagogia, onde podemos debater em conversas esclarecedoras cada ponto e problemas vividos pela sociedade.

Adriana Aparecida da Silva Souza 
Curso de Pedagogia - 1º semestre

A lista


Estava um falatório no corredor da escola, quando escutei: - Há uma lista na porta. Havia muita gente olhando, não consegui chegar até lá. Muitos dedos apontados para ver o que eu perguntava para mim mesma: - O que estão olhando?
De repente, escuto uma voz reclamando que só a turma da tarde ganhava, e mencionando meu nome. 
Eu perguntei: - Ganhou o quê? 
- Uma bolsa de estudo para fazer Pedagogia. Responde minha amiga Sandra. 
Cheguei até à lista, pois todo mundo, que estava procurando seus nomes, já havia se retirado. Comecei a ver quem ganhou. Muita gente da turma da tarde. De repente, vejo meu nome e falei: - Olha eu ganhei, eu ganhei!
Aí, começou minha trajetória na Universidade.
Em primeiro lugar, foi o PIVA. Tudo estava caminhando bem, mas quando começaram as aulas mesmo, tudo ficou diferente. Algumas dificuldades, pois como eu estava só trabalhando com Artes visuais, ficou muito difícil compreender temáticas voltadas para outras áreas da docência enfocadas pelo curso de Pedagogia, mas vamos lá, o que vai acontecer só Deus é que sabe na vida da gente.

Margareth Gomes - Curso de Pedagogia - 1º semestre

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Fonte de energia



É assim que me sinto quando termino uma aula em que tudo transcorre além do esperado, em que surgem ideias que não foram preparadas e, de improviso, surge uma inspiração que não sei de onde vem. Aliás eu sei ... vem de uma caixinha chamado DOM e recheada de AMOR.
Essa é a única explicação que posso dar para algo que acontece na aula quando tudo foge do planejamento prévio e o improviso toma conta.
Já vivi várias vezes essa experiência de voltar para casa recarregada e com vontade de viver aquele momento de novo, pois ele é mágico. A sensação de descobrir que somos uma fonte inesgotável de energia, e que o cansaço e os problemas cotidianos não conseguem abafar o dom de ensinar. 
Isso é maravilhoso!
Nesses momentos, percebo que estou no caminho certo e que aquela vontade que às vezes bate de desistir, por causa das dificuldades, torna-se pequena diante do prazer de ser produtora de conhecimentos, sem contar que eu estou aprendendo diariamente com meus alunos.
Isso não tem preço!
E, para continuar nessa caminhada, vale tudo, até mesmo voltar a estudar depois de 20 anos, e descobrir algo muito importante: O conhecimento não envelhece, e a nossa capacidade também não. Estou cheia de expectativas e louca para colocar em prática o que tenho aprendido.
Na área da educação, estamos em constante transformação e não cessamos nunca de aprender.

Sandra Farias de Oliveira - Curso de Pedagogia - 1º semestre

O prazer de ensinar, a arte em aprender....



Todos os dias aquela mesma rotina: recepcionar os alunos na entrada com um belo bom dia e não pode faltar o cafezinho para começarmos a jornada matinal. 
Seguimos com a nossa roda de conversa sobre a aula passada, a história da "Chapeuzinho Vermelho”. Todos agitados querendo contar uma parte do conto. No meio de tantos fatos, um aluno que estava sentado em silêncio respondeu: "Tia, a chapeuzinho não obedeceu, ela foi pelo caminho da floresta e a mamãe falou para ela ir pelo caminho do rio". 

Só com o início do curso em Pedagogia, pude desenvolver um novo olhar, que vai além do simples contato. Percebi que, com diálogo, as crianças podem construir conhecimento, além de despertar a inteligência. É gratificante ver que o resultado da aprendizagem está sendo recompensada pelas crianças e que, até o final do curso, poderei oferecer muito mais, não apenas ensinar por meio do papel e lápis, mas oferecer um aprendizado, visando atender as verdadeiras necessidades do aluno.
Demorou muito para chegar até aqui, com tudo que até agora aprendi e o que falta aprender, quero levar na minha bagagem um aprendizado significativo, para chamar a atenção e formar novos cidadãos. 

Priscila Alves de Souza - Curso de Pedagogia - 1º semestre

O Homem não é uma ilha



Oito de março, terça-feira, como sempre o dia quente, na verdade não lembro de um dia com uma temperatura mais amena. O dia ferve. As crianças estavam naquele “frevo”, primeiro ano, né... Vai vendo!
Dia atípico, comemoramos, nesse dia, o Dia Internacional da Mulher. Bem, só lembramos mesmo. A causa foi justa e a recompensa delas (as mulheres que protestaram) não foi merecida, porém a data será sempre lembrada e, graças a elas, temos um dia para lembrar da luta. As pessoas esquecem muito rápido ultimamente e não possuem memória, parecem...
Final da aula e o dia continua, não terminou. Partir para o SESC, hoje combinamos com duas professoras do curso de Pedagogia para conhecermos a exposição do artista mineiro Sebastião Salgado, chamada Gênesis. 

Nessa obra, Sebastião separa suas melhores imagens e viagens de seus últimos trinta anos, num mundo totalmente intocável às mãos do homem predador e categoriza sua obra em cinco sessões geográficas: Santuário, Planeta Sul, Terras do Norte, África e Amazônia/Pantanal. 
Espetáculo é a melhor palavra que define as imagens que vi. São inúmeras, todas nos comovem e Sebastião consegue uma proeza: nos faz conseguir ver as imagens com seus olhos, isso é para poucos. E, não precisamos de filtros, nem legendas, as fotos falam por si, especificamente uma, uma ilha, achei bárbara. Logo, me veio à mente, uma frase de John Donne: “Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.

Tudo isso é Gênesis, um começo ou um simples recomeço, um olhar além de nosso nós mesmos, cuidar e proteger o próximo e principalmente o nosso bem maior, nosso lar, nosso mundo. Precisamos colocar uma lente de aumento e ver o que está ao nosso redor, o mundo que está além das lentes de Sebastião Salgado pede socorro e muitos o estão destruindo. Voltar ao Gênesis real não há como, mas podemos mudar esta história, ainda há tempo. Sempre há! E você nunca está sozinho.

Vanessa Mota Milhoratti – Curso de Pedagogia – 1° Semestre

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Sonho meu


Desde menina sempre quis fazer Pedagogia, e hoje vejo a oportunidade de realizar um sonho. Sinto-me insegura, estou há muito tempo sem estudar, pois casei, tive filhos e fui deixando o meu sonho para depois. Entretanto, hoje estou dando o passo inicial para que esse sonho se torne realidade.
Inicio uma nova etapa da minha vida e sei que não será fácil. 
Tenho receio e insegurança, no entanto estou motivada para seguir nesse novo trajeto.
Neste exato momento me sinto esperançosa, pois encontrei pessoas
com o mesmo objetivo e determinação para seguir esta trilha ao meu lado, além de ter professores que têm a sabedoria de compartilhar todo seu conhecimento, me receberam de braços abertos, dando incentivo para seguir em frente. Como não posso continuar?
Busco conhecimentos para melhor aprimoramento, para que, no futuro, eu possa ser uma excelente profissional, contribuindo para um melhor aprendizado das crianças.
O trajeto é longo, mas, no decorrer deste percurso, seguirei com muita determinação. A cada dia que passa, diminui a minha timidez e vem aumentando a minha confiança.
Sei que, em um piscar dos olhos, estarei no término do meu sonho...
Aquele tanto esperado.

Rosana dos Anjos Oliveira Henrique
Curso de Pedagogia - 1º semestre

Tudo vale a pena


Que eu me lembre, em nenhum momento da minha vida, tive a oportunidade e o privilégio de escrever uma crônica em que pudesse expressar algo importante, relevante e que fosse, porque não, até motivador para o leitor deste texto que temos aqui.
Demorei algum tempo para escolher o assunto para escrever até que lendo o poema “Mar Português”, de Fernando Pessoa encontrei o tema da minha primeira crônica.
No famoso trecho “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, pude refletir sobre a minha experiência acadêmica e todas as oportunidades e desafios que esta nova etapa iniciada em minha vida vai me proporcionar.
Minha reflexão é que quando eu sei o que quero, quais são minhas metas e objetivos, e sobretudo os meus sonhos, não terão importância as oposições e as dificuldades que encontrarei nessa jornada de aprendizado, crescimento, desenvolvimento, ganho e 
sobretudo de vitórias.
E esses contratempos que a vida também nos concede não podem, em nenhum momento, ultrapassar meus limites, nem tampouco arrancar minhas forças e toda minha motivação própria de um sonhador e buscador de resultados positivos.
A satisfação de poder ser feliz, a gratidão a Deus pela vida e pelas oportunidades concedidas, e sobretudo a vontade de querer sempre o melhor, fazem com que a minha nova vida seja mais prazerosa, interessante e empolgante, e que isso possa refletir nas minhas 
experiências, no cuidado com as pessoas, nas minhas atitudes e na forma de olhar a vida.
Sou feliz, quero continuar sendo feliz, quero fazer outros felizes! E não vejo redundância quando escrevo que “a vida é para ser vivida”, na plenitude, sempre no mais, no maior, no bastante.

Paulo Henrique Morais Grave
Curso de Pedagogia - 1º semestre

Vivências pedagógicas


Todas as vezes que falo a palavra pedagógico lembro-me de uma criança de 3 anos pedindo colo; deve ser porque associo o som da palavra à frase "pedindo colo". O engraçado é que essa frase me acompanha por muito tempo...
Quem tem ou teve (no meu caso) uma mãe que exercia o pedagógico sem ter tido uma formação específica, magistério, superior, é um verdadeiro tesouro. Minha mãe Maria das Graças (uma graça) era mais observadora do que falante, usava sua psicologia/pedagogia conosco diariamente.
Amava crianças, contudo filhas, netos e bebês não importavam de quem eram... ela dizia que queria muitos filhos, pois paciência ela sempre teve. E a psicologia! Aprendi o primeiro "pedagógico" com ela, além dos colos, muita contação de história (muitas inventadas). Invenções essas que me renderam fugas alucinantes na hora de comer, principalmente. Pois eu era terrível.
Também para me alimentar, ela inventava vitaminas de abacate (vamos virar o Huck?). Dizia, vamos comer danone? Adivinha? Era a tal da vitamina: cenoura, mamão, leite e outras cocitas mais. E por aí vai.
Vinte e dois anos se passaram de magistério e o "pedagógico" da minha mãe se tornando algo tão genioso, que a criança de três anos continua pedindo colo, agora para mim.
Pena que às vezes eu a deixo crescer e eu me torno não a mãe, mas sim a bruxa da história, um pouco soldado- coronel. Ela chora e me recordo que devo dar colo, dar vitamina de danone e contar histórias inventadas. Aí eu olho nos olhos dos meus filhos e me vejo correndo, brincando, sendo menina de três anos de novo...

Keli Gonzalez - Curso de Pedagogia - 1º semestre

Um incentivo faz a diferença

Vou relatar minha trajetória na Universidade. 
Iniciei participando do curso que a Universidade oferece para os alunos iniciantes Piva. Nesse curso, construí amizades legais. Ali fiquei sabendo que havia pessoas como eu que fazia tempo que tinham parado de estudar.
O curso foi muito gratificante, aprendi muito, mas, no final do curso, as turmas foram divididas, fiquei numa sala onde não conhecia ninguém. No começo, me senti um peixe fora d’agua, mas aos poucos fui fazendo novas amizades.
Início das aulas, vêm minhas dúvidas: será que vou conseguir? É muita informação para minha cabeça, pois tenho pouco conhecimento de tecnologia e não gosto de falar em público.
Nesta semana, foi apresentado o primeiro seminário, qual foi minha frustração, estudei, tinha tudo em mente, na hora da apresentação travei, não consegui desenvolver o assunto.
Pensei "vou desistir", mas minha família e colegas de trabalho me incentivaram, dizendo que era muito cedo para eu desistir, mas mesmo assim eu estava determinada a não ir mais. Faltei dois dias.
No segundo dia, recebi uma mensagem de duas amigas que estavam preocupadas pelo fato de eu não ter ido às aulas. Essas amigas me fizeram refletir o quanto eu estava sendo covarde, pensei: "tantas pessoas queriam ter esta oportunidade que tive e eu estava querendo jogar pela janela". Pensei melhor e decidi continuar.
Uma palavra amiga faz a diferença.

Elza Ferreira dos Santos - Curso de Pedagogia - 1º semestre

O caminho


De um sonho à realidade, o primeiro dia, a cada apresentação, repito: "Meu nome é Ana Paula Godinho". A convicção, sim sou eu e estou aqui e cada dia mais confiante, desafiada pelo novo, amedrontada pelo desafio de vencer o frio na barriga que logo se aquece com o incentivo dos que nos espelham e nos são modelos de lutas e vitórias.
Mestres que regem um só canto de gentileza, educação, respeito e muita experiência. Mágico absorver em que a educação caminha da Sócio-antropologia até a História da Educação. E saber que a mente vive em constante trabalho, tendo que ser alimentada por informações variadas, desde o estudo até as experiências do dia a dia trocadas de uma forma a transformá-las em um só conhecimento. Como englobar o conhecimento científico e o senso comum? Assim caminha uma pedagoga.

Ana Paula Godinho - Curso de Pedagogia - 1º semestre

Muitas perguntas




Na primeira aula, tudo é muito curioso. Perguntas e mais perguntas a serem respondidas por alguém que ainda não conhecemos. A matéria preferida quando criança e adolescente de volta, a rotina acadêmica.
Resumo e resenha, afinal... qual é a diferença?
Ela explica, ela ensina, coloca os pingos nos "is". Em uma folha qualquer eu faço um sol amarelo, diz na canção de "Toquinho" que também podemos cair na imaginação e viajar sem sair do lugar.
É como eu sempre digo: O nosso País é lindo.
Sem esquecer o principal, o lugar onde isso ocorre. Essa trajetória tem um lugar, tem um espaço e não é grande, é enorme. Teve todo um processo, uma ansiedade, um nervosismo de saber se ia conseguir a vaga no curso de Pedagogia Parfor ou não.
Mas a Deus eu agradeço e por ele sou guiada. Tranquilidade e paciência tenho que ter, pois está só começando.


Daniela Liguori - Curso de Pedagogia - 1º semestre

O amanhecer


Mais um dia que se inicia e com ele a vontade de aprender e ensinar.
Faltam poucos passos e a cabeça começa a trabalhar para surpreender e ser surpreendida.
Ao adentrar a sala, percebo que os olhares atentos a cada movimento meu e com vários pontos de interrogação.
Começo a leitura, as mãos agitadas se levantam para as perguntas, 
para as respostas e a cada acerto um sorriso.
E esses sorrisos, esses olhares e essas expectativas que a leitura 
proporciona, percebo que o mundo onde eles vivem não deixa escurecer o mundo colorido que existe dentro deles.
Aprendi, como contadora de história, brincar com o imaginário deles e fazê-los entender que só não existe o escuro da vida, pois o final feliz somos nós que fazemos.
Mais um dia que termina e começa a minha aprendizagem, quando sou surpreendida pelos ensinamentos.
Me sinto como eles, cheia de interrogações e preocupações, mas com a certeza de seguir em frente.
Por mais dificuldades, por mais obstáculos que possam existir no final de cada caminho, existe uma esperança para continuar em frente, porque, para o colorido da nossa vida, somos nós que escolhemos os lápis de cor.
Mais um dia se inicia, na esperança de ter mais entrega, menos 
barulho, menos tumulto e mais mãozinhas agitadas para perguntar e responder e, com isso, mais um amanhecer se inicia.

Anete Resende Santos - Curso de Pedagogia - 1º semestre

Meu mundo real


Minhas manhãs sempre são corridas e, às vezes, desanimadoras pelo cansaço do cotidiano.
Meu mundo real é uma realidade em construção, tento manter meu 
acúmulo de energia em alta. A cada manhã que recebo meus alunos, sempre com sorriso no rosto e um belo bom dia, pois apesar dos problemas que me acompanham, tento chegar aos meus objetivos. Muitas vezes, tenho vontade de desistir, mas vem uma força que me impulsiona a olhar para frente e caminhar mais uma milha.
Apesar de ter que deixar meu filho de apenas 6 anos, de não estar com ele todas as noites, para poder compartilhar suas dificuldades escolares ou suas travessuras feitas durante o dia e muitas perguntas que ele costuma fazer para mim.... fica um vazio durante o tempo em que estou na universidade. Também não posso deixar de ressaltar que meus pais fazem parte do alicerce da minha vida, são idosos e possuem deficiências resultantes de toda a trajetória de suas vidas. Ainda, sem esquecer do meu marido, pelo tempo e compreensão da minha ausência.
Acredito que este sacrifício vai valer a pena, tenho fé em concluir com satisfação e muito louvor.

Débora da Paz Santos de Oliveira
Curso de Pedagogia - 1º semestre

Aprendizado e expectativas


Esse ano de 2016 começou cheio de novas experiências e desafios, 
uma nova fase, um novo ciclo que se iniciou. 
Bem, ano passado nos encontramos para realizar a prova que abriria de uma vez esta porta de passagem, depois de esperas sem saber se realmente poderíamos iniciar de fato o curso de Pedagogia Parfor, recebemos, então, o veredito: Sim, a porta foi aberta e vocês vão começar o ano letivo. 
Nossa que emoção, surpresa e medo! Sim, medo do novo, do desconhecido, para mim é a primeira faculdade.
Já tenho o Magistério, dou aula há cinco anos, mas quando realizei o curso era solteira, sem filhos, outro momento. Agora sou casada, com uma filha de nove anos, trabalho. Naquela época também trabalhava, agora tenho trinta e um anos de idade e os tempos são outros.
Tantas coisas acontecendo em nossa volta, a política está em uma fase de terror, tanta corrupção, é manifestação, guerra de poder, ataques de violência, o povo sem saber em quem confiar; um pequeno mosquito com um poder de destruição enorme, o Aëdes aegypti, com as doenças, dengue, Chikungunya e Zica Vírus, crianças nascendo com microcefalia, muitos morrendo por falta de cuidados básicos de manutenção e higiene em nossas casas e lugares públicos; ano das Olimpíadas no nosso país. É dentro desse 
momento histórico complexo que eu me encontro ingressando na faculdade com muitos sonhos e ideais de um Brasil melhor e um povo mais liberto de preconceitos.
E encontro colegas de classe e professores com as mesmas ideias, isso me conforta. Isso conforta você? Saber que existem pessoas com boas intenções. 
Nas aulas deste primeiro bimestre, volto no tempo. Na aula de 
Antropologia, vou para a época dos índios, suas culturas, seu aprendizado, sua história e compreendo que nós temos muito a apreender, algo que eu já sabia, mas agora tenho uma confirmação maior sobre, pois esse povo amava sua terra e cuidava dela com preocupação e respeito e essa era a essência desse povo cheio de sabedoria.
Na aula de História da Educação, viajamos para a Grécia, Atenas e Roma e como esse povo trabalhava a educação de seus homens. Já 
em Problemas do Homem Contemporâneo, a consciência do nosso lixo e saneamento básico. 
Somos responsáveis pelo nosso lixo? E o que fazemos para ajudar? Em Psicologia, um pouco sobre o que é uma ciência de estudos e o senso comum e alguns pensadores e suas ideias. Língua Portuguesa gêneros e tipos textuais, um deles, a crônica, você está lendo aqui. Trabalhos, exercícios de estudos, leituras, tudo aí novamente, em sua grandeza do saber e o drama de conseguir realizar tudo.
O tempo! Esse é o maior amigo ou inimigo, dependendo do momento, ele te ajuda ou atrapalha. Aí é que temos que continuar aprendendo sempre, conforme nos ensina Jean Piaget “O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados, mas é antes de tudo aprender a aprender, é aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola”.

Estéfane dos Santos Cliquet - Curso de Pedagogia - 1º semestre