terça-feira, 6 de novembro de 2012

Diário de uma futura pedagoga: a independência


Em uma aula de História da Educação, a profª: Elisabete indicou para a classe a leitura do texto: “Mulheres Educadas na Colônia”, o qual nos deixou indignadas. O texto relata fatos sobre o tempo em que éramos tratadas como animais de estimação. E nós, mulheres, éramos apresentadas como indefesas e dependentes de seus pais ou maridos, com uma sociedade patriarcal, e visões de dominação machista.
A autora Arilda Inês Miranda Ribeiro registra coisas absurdas: "mulher honrada deve ser sempre calada", "mulher que sabe muito é mulher atrapalhada, para ser mãe de família, saiba pouco ou saiba nada". Devido à falta de instrução, hoje ainda podemos observar permanência dessa prática, rodando pelas estradas do Brasil em parachoques de caminhões, nos quais é comum lermos: "Mulher meteorologista: esfria a barriga no tanque e esquenta no fogão", "mulher é igual à liquidação de loja de departamentos: cama, mesa e banho”, e vai por aí a fora...
As mulheres não tinham acesso à alfabetização, passamos longo tempo, conforme as citações acima dos historiadores, relegadas a uma condição de inferioridade, até conquistarmos um papel social mais digno, nos dias de hoje.
Observando os relatos históricos, podemos entender melhor a atual situação das mulheres no Brasil. Foram anos de submissão e negligência que deixaram marcas profundas. E hoje, em pleno século XXI, convivemos com a "independência" das mulheres que representam o ideal feminino do passado, obedientes e passivas diante de seus "maridos", e outras guerreiras que a cada dia engrossam mais a massa das mulheres que não se calam diante dos desmandos masculinos. Mulheres que descobriram que fazem a diferença na sociedade, são seres ativos que constroem a cada dia a imagem de uma mulher que precisa ser bem tratada e respeitada. Enfim, uma cidadã com direitos e deveres na sociedade feminina.
Como todos sabem, no mês de outubro, festejamos o dia da criança e do professor. Com muita emoção, expresso meu carinho parabenizando a todas(os) professores(as) da Universidade UNISANTOS, reforçando meus pensamentos, porque não foi fácil esta conquista de grande significado, e também para lembrar que, com muita luta, a mulher está conquistando pouco a pouco seu espaço.

Dora Ferreira Moura - 2º semestre 2012/2

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