terça-feira, 5 de junho de 2012

Torre de Babel


É, foi assim mesmo que eu me senti na aula do dia em que tivemos que apresentar figuras representando os capítulos referentes à simbologia não textual. Foi interessante ver a interpretação, cada um deu de acordo com a sua ótica (ou miopia) sobre cada capítulo lido. Na verdade eu, ou melhor, na minha opinião, o mais divertido foi ver o olhar de desespero da mestra diante do caos que se instalava. Todos falando ao mesmo tempo, ( e ela com aquela expressão de “meu Deus, o que eu fiz?” com “socorro”, eu sairia lentamente) apresentando interpretações diversas, quase quadro de Dali. Em meio a toda aquela "calmaria" ela deixa escapar um comentário a respeito da procura do código ideal para se comunicar com seres extraterrestres em algo parecido. Tudo isso pra discutir sobre, pasmem, linguagem não verbal, não é paradoxal? Por que essa necessidade de transformar tudo em palavras?
(...) Só uma palavra me devora.
Aquela que meu coração não diz(...) (Jura secreta-Simone)
Somos cercados pelas palavras como arame farpado e, para disfarçá-las, enfeitamo-las e chamamos tais enfeites de crônicas, poemas, romances, etc. Como seria a nossa comunicação sem o subterfúgio das palavras? Como seria expressar o meu amor ou ódio em toda a sua essência, sem precisar reluzi-los a uma mera combinação (precisa) de vogais e consoantes? Enfim, todo e qualquer curso de letras ensinaria literalmente “língua morta”. Será que para entender o que não conhecemos necessitamos realmente de palavras?

Acir Oto da Silva Filho - 4º semestre

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