Mais que um documentário, uma novela...

Enfim, começou o quarto semestre da faculdade e aquele friozinho na barriga também... O que será que a professora Rosana vai querer este semestre? Diários? Não isso já foi. Artigos e dolorosas apresentações? Ah isso já foi também. E eis que ela surge com sua “simples” ideia... Produzir um documentário. Pronto, lá vem minha gastrite me dar um “oi” novamente. Mas fui deixando para sofrer depois, pois o assunto discutido em sala era tão rico... Leitura não verbal, adorei a ideia, para quem trabalha em Educação Infantil sabe o quão importante é esse tema, me identifiquei muito, mas meu interesse foi abaixo quando iniciei a leitura do livro, pois o mesmo tinha um olhar mais de arquiteto do que de pedagógico. Mas até ai tudo bem, porque a professora enriquecia a aula com seus conhecimentos. E ai veio o documentário e minha revolta começou quando a professora disse: - Peça ajuda a um adolescente, eles podem te ajudar. Bom não encontrei nenhum que pudesse me ajudar, então recorri aos outros professores. Posso ser sincera? Achei um desperdício de energia, se ao menos ele tivesse outro olhar. Como, por exemplo, em didática poderíamos trabalhar como podemos usar o recurso audiovisual em aula, mas não, o documentário a princípio foi para podermos transmitir em vídeo uma ideia de leitura não verbal. Será que realmente era necessário todo este trabalho, só para sabermos da sua importância? Confesso que seriam mais produtivos diários, artigos e seminários. Perdemos diversas aulas, entendo que a intenção da professora foi boa, pois sabia que a maioria dos alunos que estudam à noite não têm tempo de realizar os trabalhos, mas na faculdade também não poderíamos fazer o documentários, por culpa das restrições do moviemaker. E assim as aulas foram passando e os alunos se desinteressando, prova disso é que nas últimas aulas não tinha mais que cinco alunos em sala. Mas fiz o documentário, a custo de noites sem dormir, fiz. Revoltada, mas fiz. Chegou o dia da apresentação, e... A professora precisou se ausentar... Mas não tem problema, como diriam meus alunos... Semana que vem “é noís”...rs. 
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Renata Karolina Toledano - 4º semestre