Apesar de o mundo nos proporcionar imagens de todo o gênero, averiguar a sua significação não é tarefa fácil, porque imagens não podem ser classificadas num dicionário. Imagens são constituídas de uma fluidez de formas, cores e enquadramentos. Procedimentos como a câmera na mão, a instabilidade na captação, os cortes abruptos se justificam em função da urgência do registro das ações, reações, gestos, expressões faciais dos alunos na feira e na cozinha da escola, por exemplo. Isto tem alguma coisa a ver com a invenção e imaginação: outra forma de fazer história (FERRARA, 1988).
A imagem sendo a estrutura informacional, um dos elementos de apreensão do real, “a qual não precisa, necessariamente, ser de origem verbal” (FERRARA, 1993), traz diferentes linguagens que se constituem em informações, sendo, portanto, eficazes no processo de aprendizagem humana.
Nosso documentário tem como tema a arte culinária ou culinária saudável, e foi realizado em uma escola pública do Estado de São Paulo com alunos do Ensino Médio que, com a orientação do professor de História e com o auxílio da professora de Arte, vão até a feira do bairro, compram os ingredientes necessários para a salada e o macarrão com molho de tomate e produzem os pratos na cozinha da escola para, então, almoçarem juntos no refeitório da unidade escolar.
O resultado foi muita aprendizagem para os participantes e para os espectadores que puderam conhecer os alunos e professores protagonistas, bem como ler os lugares em que as cenas ocorriam: a feira livre, o bairro, a escola. Literalmente todos nós visitamos a escola do Renato por meio das imagens do documentário.
Ana Carolina Ferreira do Nascimento, Maria Regina Pierre Marcondes, Renato Alves Sant'Anna, Rogério Di Pardo Junior - 4º semestre/noite/2012-1
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