domingo, 10 de junho de 2012

Quando me tornei autora

Bom, penso que me tornei mesmo uma autora autônoma, quando escrevi minha última reflexão do diário de bordo no semestre passado. Todas as outras reflexões do diário foram feitas baseadas nas reflexões da profª Rosana Pontes, postadas no moodle. Através dessas reflexões me orientei e reescrevi as minhas. 
Essas reflexões foram para mim de grande importância no processo de autonomia e me conduziram de maneira prazerosa ao universo das palavras.
Não sabia eu que ao produzir minha última reflexão, estava a fazer uma crônica, não sabia até então o que era uma crônica. Foi depois que a professora postou a programação que seria estudada neste quarto semestre, que percebi que tinha produzido uma crônica. Fiquei muito feliz. Antes, para escrever qualquer reflexão, tinha que fazer um esforço enorme para me concentrar e redigir, carregava uma energia e tensão demasiada para aquele tema proposto. 

Sentia dificuldade imensa para transferir para o universo das palavras meu pensamento, talvez também por não ter o hábito da leitura e então com isso o pensamento era menos elaborado. Hoje, ainda tenho resistência em mais ou em menos proporção, pois já adquiri mais conhecimentos. Entrei em contato com outra cultura que me favoreceu na elaboração das ideias e facilitou essa passagem para escrita. Tenho pouca argumentação, mas, como tudo faz parte de um processo, espero conseguir elaborar textos argumentativos, críticos, tomando posicionamento e com segurança. 
Houve uma fase de dormência neste semestre, fiquei um bom tempo sem produzir uma reflexão, gostaria que esse processo não tivesse sido interrompido. Hoje retorno escrevendo a minha terceira crônica pedagógica com a difícil missão de poder produzir textos com coesão, coerentes e com poder de argumentação. Para que isso aconteça, não depende só da caneta e de uma folha em branco, depende muito mais da estrutura do pensamento evoluído, da linguagem sofisticada como nos fala a nossa profª de Psicologia Denise Tardelli.
Espero que este despertar para a argumentação venha de maneira intensa, de repente, sem que se espere, é como a criança quando ainda não sabe falar, e balbucia algumas palavras iniciais, como, por exemplo, a palavra mamãe. É quando a fala ainda está separada do pensamento e, sem que se espere, ela começa a falar várias palavras. Surge a curiosidade ativa pelas palavras e seu repertório de palavras aumenta, as curvas da evolução da fala e do pensamento se encontram , andando juntas. 

Assim sou eu, recebendo influência de um novo modo de construir conhecimento e, por intermédio de mediação de uma nova cultura (o meio influência), o pensamento torna a ser aos poucos sofisticado e de repente consigo redigir textos bons, com grande poder de argumentação e com facilidade de redigir; como se fosse uma pena a deslizar sobre o papel, aí sim quando isso acontecer espero! Ficarei imensamente realizada.

Maria Geane Exaltação - 4º semestre

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