domingo, 17 de junho de 2012

Sem assunto...


Hoje é o último dia do prazo estipulado para a entrega de mais uma crônica. Não tenho a crônica, só o prazo. Se pudesse entregar o prazo seria mais fácil, mas tenho que entregar a crônica. Adoram dificultar... Escrever sobre a falta de assunto é válido? Mas aí já seria o assunto e não a falta dele. Mas, qual é mesmo o assunto? Ah, sim, a falta de assunto...
Na ausência do assunto o que fazer com a presença do prazo? É bom quando se tem a inspiração treinada, pensou no assunto e pronto, está lá o texto.
- Sai um romance açucarado com uma pitada de violência! Plim!
- Saindo uma crônica sobre o cotidiano com uma dose de pessimismo! Plim!
- Por favor, você teria um poema sobre o universo e as estrelas? Se puder ter um toque de comparação com o corpo da mulher amada, melhor. – É pra já patrão.
- Boa noite madame.
- A carta de crônicas por favor?
Ainda assim falta assunto.
Se o prazo fosse um agiota, eu já estaria com as pernas quebradas e o corpo envolto em uma leve camada de concreto no fundo de algum rio, só por não ter assunto.
E o assunto não vem...
Não marcamos hora, não nos conhecemos, só espero ele aparecer e ele não aparece. O prazo chega primeiro e não vem sozinho, como sempre acompanhado de sansões, multas, perda de notas, úlceras perfuradas, crise de nervos, síncopes cardíacas, ataques de pânico, queimas de arquivo, etc... O prazo não perdoa, é implacável.
Mas qual era mesmo o assunto?


Acir Oto da Silva Filho - 4º semestre

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