sábado, 9 de junho de 2012

Perdendo a nacionalidade...

Em minha primeira crônica escrevi sobre a falta de tempo que me fazia beirar a desistência, mas que Cronos não me venceria porque “sou brasileira e não desisto nunca!”. Deixei de ser brasileira por uns dias.
Há mais de um mês, em uma conversa com uma das professoras deste quarto semestre, descobri que ela me confunde com outra aluna, tanto que naquela ocasião, ela já havia feito a chamada (aquela silenciosa, em que você lê o nome na lista e procura o Fulano pela sala), tinha anotado falta para mim e presença para a outra.
Em outra data, percebi que tinha ficado com falta novamente. Daquela vez, deixei minha timidez de lado. Aleguei que estava presente, que a aula tinha sido sobre o tema tal, que eu tinha sentado do lado da colega tal, que ocorreu tal fato... “Não me lembro de você”, foi o que recebi como resposta.
Tais situações me deixaram estressada, desanimada, me fizeram cogitar a possibilidade de trancar o curso. Perderia minha nacionalidade, afinal, deixo em casa marido, filha e cachorro, não frequento aulas na academia (e olha que necessito muito), não assisto a meus seriados americanos (e admito que sou viciada), vou para a faculdade e... Nem sou notada! E que fique claro que não anseio ser o centro das atenções.
Quando comentei com alguns colegas minha decisão, recebi até uma proposta indecorosa: fazemos os trabalhos e colocamos seu nome. Não é isso que eu desejo.
Refleti que já tinham se passado dois anos bastante sacrificados e que estava na metade da jornada universitária. Decidi que no próximo semestre, trabalharei meu marketing pessoal, porque não basta ter altura/tamanho, tem que sentar do ladinho da professora!

Ana Carolina Ferreira do Nascimento - 4º semestre

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