terça-feira, 5 de junho de 2012

Decifra-me!


Felizes daqueles que têm intimidade com essas máquinas (cujo nome não ouso dizer) cheias de teclas e comandos. Porque será que ela tem esse nome tão estranho? Será que foi pelo fato de causar tanta dor aqueles que não conseguem decifrá-las? (Quanta infâmia, meu Deus! Ainda bem que não há um alçapão sob meus pés) Mas, por falar em decifra-me, é bem assim como eu me sinto quando estou em frente a um computador. A impressão é que a tela me diz: Decifra-me ou te devoro! E eu não decifro. Pra melhorar ainda mais a minha autoestima, chega a minha filha de dez anos e com dois toques entra no Facebook, passa pelo Twitter e fala que tem 645 seguidores. Eu ingenuamente, digo: - Chama a polícia filha! Ela ri. Como atravessar esse hiato digital em que me encontro? Perfeito representante da idade web lascado, um Digital Analfabetus. Um dia desses, pretensiosamente seguro, arrogante tentei imprimir a página 37 do livro. Não sei onde imbecilmente mexi que a impressora começou a cuspir descontroladamente desde a página 67 de trás para frente e não cancelava. Desliguei a chave geral. Paciência com aqueles que pedem bloco e lápis diante de um tablet 3G, pois é longa a escala de evolução a ser trilhada.

Acir Oto da Silva Filho - 4º semestre



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