sábado, 9 de junho de 2012

Documentário: Pinacoteca Benedito Calixto

Nossa! Não sabíamos que fazer um documentário era tão trabalhoso e complexo! Marinheiras de primeira viagem são assim mesmo.
Ideias surgem, desaparecem e vão se diluindo, e outras ideias vão surgindo em seu lugar. Mas na hora de pôr em prática, começa todo o dilema.
Começamos por filmar todo o espaço escolhido para o documentário, “Pinacoteca Benedito Calixto”. Por que a Pinacoteca? Primeiro outras ideias surgiram à cabeça, em relação ao que documentar, mas essa permaneceu, por ser um tema mais fechado e pelo fato da ideia surgir depois que a professora sugeriu como lugar da apresentação dos documentários a Pinacoteca. 

Não sabíamos que outro grupo já havia escolhido esse lugar também para documentar, encontramo-nos sem querer no mesmo dia. Havíamos antes perguntado para a professora se algum outro grupo iria fazer sobre este tema. Ela nos disse que não, por isso prosseguimos. Mas foi bom outro grupo documentar sobre o mesmo lugar, pois assim enriquece mais nossos conhecimentos, o olhar foi diferente e podemos aprender mais com as diferenças de olhar.
Queríamos relacionar o tema ao livro estudado no semestre: Leitura sem palavras, de Lucrécia D’Aléssio Ferrara, em que a autora apresenta a leitura da Praça da Sé e da velha e nova FAU. Faz analogias entre o velho e o novo, algumas críticas a ambos os prédios, sobre a sua arquitetura e finaliza sua obra com um questionamento, particularmente afirmativo, de que essa seria a contribuição da arquitetura para a educação: ensinar através das soluções espaciais.

E, assim, fizemos uma relação do livro com nosso tema gerador do semestre, “A Arte como promotora da Educação e Saúde da criança”. Então, com base nesse estudo, pretendíamos que se fizessem uma leitura do espaço seguindo os procedimentos metodológicos de que nos fala Ferrara em seu livro. 
Para isso, fomos buscar pessoas eméritas no assunto, como a Historiadora Drª Wilma Therezinha de Andrade que nos deu uma entrevista sobre a história do casarão Branco e de como passou a ser a Pinacoteca Benedito Calixto. Suas informações foram de fundamental importância, pois nos trouxeram com precisão detalhes da origem do casarão Branco e de como passou a abrigar as obras de Benedito Calixto, bem como a importância dessa casa como principal monumento arquitetônico da cidade de Santos. Buscamos também entrevista com a profª de arquitetura brasileira Drª Cássia Magaldi, profª da escola de arquitetura da UNISANTOS, para que fizesse também uma leitura do espaço. E por último buscamos entrevista com a profª de Arte, Silva Valadão, que reforçou sobre a importância de se promover o contato da criança com a arte, trazendo para a criança uma sociabilização, conhecimento da nossa cultura e conhecimento de si própria.
Não foi nada fácil esse processo de montagem do documentário, pois, por alguns motivos técnicos, e alguns problemas eventuais, tivemos que retornar à Pinacoteca umas quatro vezes para filmar. Depois da filmagem, a seleção das cenas, essa parte deu um trabalhão, pelo fato te termos filmado os mesmos cômodos várias vezes, para depois escolher qual a cena que ficou melhor. Depois de selecionadas as cenas, vêm os recortes, colocar música, efeitos, ocultar imagem da entrevistadora, fazer toda a conversão dos vídeos, etc, etc. Exigiu tempo e paciência e muita dor de cabeça. Ufa! Mas graças a Deus ficou pronto e agora estamos nós a escrever essa crônica com o coração mais aliviado, procuramos fazer o melhor, de acordo com os nossos conhecimentos e condições. Nem sempre como pensamos e queremos que seja, acaba sendo, precisávamos de mais tempo para pesquisa e posicionamento crítico.
Temos como recompensa por tamanho esforço o aprendizado e o carinho que agora temos pelo patrimônio cultural preservado, depois de voltar ao passado e conhecermos toda a história do Casarão. 

Não sabíamos que um documentário é um trabalho científico, em que, como trabalho científico, exige muita pesquisa, espírito crítico para comparar, analisar, criticar e se preparar melhor para o momento da entrevista, correr atrás de mais depoimentos para assim fazer uma polifonia, entre as falas do documentário, para isso teríamos que estar mais preparadas. No entanto, foi o que podia ser no momento. O tempo foi pouco para correr atrás de mais informações, pesquisas e entrevistas devido aos outros trabalhos das outras disciplinas e pela falta de experiência.
Agradecemos profundamente à profª Drª Wilma Therezinha pela força e pelo apoio que nos concedeu, sem ela nosso trabalho estaria incompleto. À profª de arquitetura brasileira Drª Cássia Magaldi, que graciosamente nos atendeu, suas informações foram também de relevância imensa. E à profª de Arte Silva Valadão, que não mediu esforço e foi pronta a nos atender. 

Nestas entrelinhas, também queremos deixar um agradecimento muito especial ao nosso querido profª Coordenador do Curso de História da UNISANTOS, profª Me. Paulo Capbell, ele foi o responsável pela entrevista que tivemos com a Drª Wilma Therezinha e à profª Rosana Pontes nossa orientadora na disciplina Educação e Linguagem II, queremos agradecer-lhes pelos resultados dos frutos vindos deste trabalho.
Findamos esta crônica com duas pequenas mensagens:
“Lembranças do passado. O que seria de nós se não as conservássemos? Seríamos como árvores sem raízes que não resistem à menor tempestade! Seríamos como casas mal construídas que podem ruir a qualquer momento". Edith Pires.
"Contribuímos com a cultura na medida em que pensamos museus, centros culturais, teatros, com a música ao pensar em espaço para shows, escolas de música, estúdios. Contribuímos com o bem estar geral da população ao pensar em urbanismo, e assim sucessivamente, estamos a todo tempo contribuindo com a sociedade em que vivemos através dos espaços que planejamos". Lucréia Ferrara.

Maria Geane e Rivalda Barbosa - 4º semestre










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