domingo, 20 de maio de 2012

Uma palestra auditiva

Estou eu, mais um dia na árdua e difícil tarefa de tentar escrever uma crônica. Como estou ainda pensando na palestra que acabei de assistir, vou relatar sobre ela. Uma palestra que ocorreu na abertura da jornada da Educação na Universidade Unisantos, no campus D. Idilio, na Av. Conselheiro Nébias. Uma palestra que falava sobre as expectativas do professor.
A palestra começou no horário, o que é ótimo, porém, como a expectativa de comparecimento era grande (o que realmente aconteceu), ocorreu em duas salas simultâneas. Uma sala com o palestrante que estava lotada, e outra na qual eu estava e que lotou no meio da palestra.
Foi assim que o drama começou, pois, quem estava na sala de transmissão como eu, sentiu momentaneamente um pouco o que passa o deficiente visual, ou seja, escutar o som com restrição da parte visual. A sala de transmissão tinha a imagem fixa do palestrante, impossibilitando a visualização do Power point do palestrante. Fora isso, não ouvíamos as perguntas das pessoas que estavam no outro auditório.
Foram momentos que ao mesmo tempo você se acha presente e ausente. Momentos de perguntas que você só tem acesso às respostas. Uma atuação de ouvinte apenas. E isso me fez não ter um bom conceito sobre a palestra.
O que me levou a refletir sobre a vida corajosa e determinada de um deficiente visual. Em um mundo totalmente visual, que não faz questão alguma de realizar adaptações. Uma falta de preparação que é encontrada dentro da sala de aula de uma escola básica como dentro da sala de aula de uma universidade, pois tem alunos dentro da Universidade que “assistem” aulas sem qualquer adaptação, realizando até trabalhos sobre detalhes de filmes.
A inclusão que tanto se fala, ainda está muito no papel e pouco na prática. Hoje encontramos uma socialização que está muito longe de uma verdadeira e consciente inclusão com letra maiúscula.

Na sexta não foi possível assistir à palestra, porém soube que foi uma palestra com a “inclusão de todos”.

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