domingo, 27 de maio de 2012

DIFÍCIL... MAS QUEM FALOU QUE SERIA FÁCIL?


Mais uma vez estou me preparando para escrever algo que, na maioria das vezes, me vem ao pensamento e, quando sento na frente do computador, vai saindo aos poucos, como num passe de mágica. Chego a pensar que inspiração deveria ser algo controlável, como se pudéssemos pensar, falar e fazer quando desse vontade, porque às vezes estou no ônibus, lotado, diga-se de passagem, em pé e, de repente, me dá uma “baita” vontade de escrever sobre algo ou alguém e quando chego em casa... pronto, lá se foi a minha inspiração.
É bem verdade que eu amo muito escrever, mas confesso que depois de um dia cansativo de trabalho, após enfrentar duas viagens de ônibus, lotado, como já mencionei, sentar na frente de um computador ou até mesmo no sofá com um caderno e um lápis, é realmente complicado. Normalmente isso ocorre todos os dias, fico perdida entre os afazeres de casa, às voltas com as lições do meu filho de doze anos e tentando compreender o universo adolescente da minha filha de dezessete anos.
Pois é, difícil é pouco, é muito mais do que isso. Mas como nem sempre as coisas acontecem como nós gostaríamos que acontecessem, dia desses eu estava na sala, no curso de Pedagogia, na Unisantos, quando olhei para a porta e vi a Andrea entrando, ofegante pela subida dos três andares de escada, entrando e dando um “boa noite” com um sorriso nos lábios como se a vida fosse plenamente bela. Foi então que parei, pensei e comecei a ver a vida de outra forma. A Andrea, para quem não sabe, está fazendo tratamento de quimioterapia e lutando para vencer um câncer, nossa... Parece chocante? Mas não é. A Andrea é uma mulher vitoriosa, um exemplo para todos nós que não é diferente de nós, também tem uma pilha de trabalhos para entregar, livros e mais livros para ler e crônicas para escrever. A diferença é que a Andrea tem muito mais coragem, força e, principalmente, alegria de estar viva e podendo compartilhar momentos que para ela, com certeza, são significativos e serão inesquecíveis.
Hoje, eu tomei posse dessa alegria, dessa força e dessa coragem para continuar, não só na faculdade, mas na minha vida, no meu trabalho. Sou grata a Deus pela oportunidade de pensar, mas com alegria, com prazer.
Inspiração? Hoje a minha inspiração tem um nome: Andrea. É para ela que eu dedico esta crônica com um beijo pela vida, a minha, a dela e a de todos os que estão do nosso lado.

Daniela Cristina - 4º semestre

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