terça-feira, 29 de maio de 2012

Efeitos Colaterais de Junho


Estamos prestes a entrar no mês do estresse, o mês final do 2º bimestre. É o mês em que as notas devem ser entregues mais rápido, os trabalhos da faculdade também. Tudo isso vai acumulando. O resultado é uma irritação cinco vezes ao dia, com uma dose de falta de paciência e 100 ml de mau humor.
O 2° bimestre escolar deveria trocar de nome para 1/7 de bimestre, pois é um bimestre curto. Sei que o bimestre não é formado somente por junho, porém é o término. É o momento das cobranças de resultado pipocando na sua frente, ao lado e trás. São resultados que devem ser entregues como professor e como aluno de universidade.
Sei que muitos podem estar falando... Por que não se programou? Aí chegamos a uma das explicações, em que eu respondo como um legítimo brasileiro... No final tudo vai dar certo. Consciente ou inconsciente (deixo para a psicanálise explicar) sei que no final consigo realizar tudo. Fora isso, a profissão de professor de educação básica é extremamente cansativa (a outra explicação). O professor deve programar seu tempo entre: planejamento, aulas, justificativas de como um aluno que não abre o caderno o bimestre inteiro atingiu uma nota baixa, estudo, capacitações, família, relação social e de vez em quando comer e dormir. Por isso, em alguns momentos, um dos itens fica a desejar ou até mais de um.
Ao refletir chego à conclusão que a maior parte da humanidade, e não somente os brasileiros, de certa forma, age dessa maneira. Quando realizamos algo aos trancos e barrancos, e no final atingimos o objetivo, provavelmente quando praticarmos algo semelhante vamos agir da mesma forma.
A única exceção é se no término a pessoa ficou traumatizada. O desgaste foi tamanho, que resultou em uma pessoa extremamente organizada. E se por acaso for uma professora ou professor de educação básica, essa pessoa está fadado à marginalização da vida social.



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