domingo, 20 de maio de 2012

Sonho ou Utopia?


Mais uma vez, após uma ótima aula no Parfor com o sistema: grupo-leitura de uma parte de um texto-apresentação, próximo tema. Eu entrei no processo de escrever uma crônica sem qualquer ideia do que poderia escrever. Sentei na frente do computador sem que qualquer “luz” de inspiração, ou calor de transpiração, pudesse surgir na minha mente. Fiquei parado ali por vinte minutos e o sono acabou me arrebatando, e sem qualquer linha escrita, fui dormir.
No dia seguinte, acordei de um sonho ou utopia na qual eu me encontrava. No dito sonho, eu estava em uma classe de vinte e poucos alunos de uma escola pública, em que todos os alunos, sem qualquer exceção, estavam com a chamada “sede do saber”, e a cada palavra expressada por mim, era escutada com atenção por todos. Vários levantavam a mão, e participavam da aula de forma a questionar o tema abordado com argumentos construtivos e coerentes, e a organização de conceder a palavra e escutar os outros era respeitada por todos.
O ocorrido foi repetido em todas as aulas do dia, com o desejo de todos de conhecer e interagindo na aula. Chegou um momento, de tamanha demonstração de interesse que não me contive, pedi licença para verificar se ocorria a mesma coisa em outras salas.
Quando verifico pela janela outra sala, constato um estado de desapontamento, porque existia um professor que dizia: “vamos escutar música a vontade, e depois vou entregar um texto de quarenta páginas que será dividido em quatro grupos, ou seja, ficará dez páginas para cada grupo para fazer um resumo, e todos ficarão com nota e fica tudo certo”. Depois disso, um aluno falou que gostaria de uma maior explicação do tema, e se o professor não disponibilizaria outras fontes para leitura para maior aprofundamento do assunto. Um outro solicitou uma outra forma, além do retalhar um texto toda aula. O primeiro aluno continuou a argumentar que esse retalho atingia o entendimento dos temas de forma muito superficial e que a utilização de outros recursos além do giz e lousa seria muito agradável. E o professor respondeu para não se preocuparem, pois todos irão passar de ano.

Nesse momento, meu despertador toca e acordei às 5:40 da manhã e uma hora e vinte depois, volto a realidade com a diária frase “não passa nada não professor, vamo jogar futebou”, é futebol com u mesmo porque é assim que uma grande parte deles escreve.

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