domingo, 20 de maio de 2012

Moto não... Biz!

Eu e algumas colegas da sala temos moto, quero dizer Biz, pois para algumas pessoas Biz não é moto. O importante é que anda e me leva onde eu quero e não me deixa na mão. Tudo bem que às vezes é a gente que tem que levá-la.
No começo do curso, eu estava indo de ônibus. Olha quem anda de moto, no dia que anda de ônibus, corre um grande risco de enfartar. Você vê aquele trânsito parado, você ali e as motos passando pelo corredor, e você se desespera e, nesse desespero, resolve arriscar. Então, passei a ir com a moto, mesmo não estando com a documentação em dia. 

Olha, cada vez que eu avistava um carro de polícia ou um comando, eu sentia tudo, frio, dor de barriga, a gastrite atacava, o coração acelerava, eu sabia que estava errada e o pior, não era só isso, as minhas colegas sentiam tudo isso comigo. Um dia a Rê chegou em casa com o coração na boca e contou o apuro do comando para sua mãe e seu irmão, foi quando o irmão perguntou como estava o documento da moto dela, foi então que ela se deu conta que estava trocando as bolsas (coisas de mulher) e não estava levando o documento. Já pensou se ela fosse parada achando que estava toda certinha e opa... Cadê meu documento?
Desde o começo do curso, temos um combinado, andamos sempre próximas uma da outra e se por acaso uma se distanciar, espera a que ficou pra trás.
Andamos também quase parando. Quando estava esperando o meu filho Jorge, andei de Biz até oito meses e meio, sempre acompanhada das amigas, meus “anjos da guarda”. No início do texto, comentei que a Biz nos leva onde queremos e que às vezes éramos nós que a levávamos, pois bem Biz é uma moto baixa e quando chovia muito ficávamos desesperadas. Teve uma vez que a chuva estava tão forte que quando chegamos ao Orquidário não dava pra ver o chão, canal, coisa nenhuma, para não entrar água no escapamento, tivemos que levantar a moto no braço e subir na calçada, ir pela contramão pra não deixar nossa companheira, que nunca nos deixa na mão. Afinal, moto ou Biz, ela é como se fosse da família e tem história.


Sheila Maria de Souza - 4º semestre

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