terça-feira, 29 de maio de 2012

UM NOVO OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO INFANTIL



  Quando ingressei na educação como atendente de educação, a minha concepção de creche era totalmente assistencialista. Para mim, as crianças dessa instituição precisavam somente de cuidados relacionados à higiene e alimentação. E essas crianças frequentavam a creche porque suas mães trabalhavam fora. E essa ideia eu carregava comigo até bem pouco tempo.
Atualmente, no 4º semestre de Pedagogia, essa visão de Educação Infantil, onde só o cuidar é o que importava, modificou totalmente.
Ao estudar pensadores como Montessori, Froebel e Freinet, também o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, fui percebendo que a creche vai além do cuidar. Ela é um ambiente rico de aprendizagens e que o CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR são indissociáveis.
E o fundamental desses três aspectos é que por trás há sempre uma intencionalidade educativa, ou seja, no banho, podemos trabalhar com as crianças as partes do corpo; estabelecer vínculos afetivos através do toque no corpinho do bebê (massagem).
As brincadeiras e jogos possuem um objetivo a ser alcançado, por exemplo: a coordenação motora, noção de espaço, etc. No momento da refeição, estimular uma criança de 2 anos a comer sozinha é proporcionar para ela autonomia, assim como ensiná-la a se vestir ou calçar o sapatinho.
Isso tudo realizado de forma lúdica, por isso a educação infantil é tão especial. Mas algo me inquieta na educação infantil e me deixa cheia de pontos de interrogação.
Sabemos que, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9394/96, a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e que toda criança tem o direito ao acesso a essa etapa. Contudo, será que só oportunizar uma vaga na creche é o suficiente? Será que o mesmo direito de frequentar a creche, as crianças também não têm o direito de terem professores bem formados? O que adianta ofertar a vaga e não dispor de ensino de qualidade?
Quanta contradição!!!!!
A minha visão sobre educação infantil mudou, mas vejo que a de alguns gestores que se dizem especialistas em educação infantil ainda não.


Maria Flávia Medeiros - 4º semestre

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