domingo, 15 de abril de 2012

TEMPO MERECIDO



Certo dia diferente de todos os dias me senti como se fosse uma panela de pressão, tão cheia a ponto de explodir.
Cheia de compromissos, cheia de horários a cumprir, e para variar acordei atrasada. Naquele dia não era o meu dia, além de não dormir direito, acordei muitíssimo atrasada. Depois de toda correria em casa sai para ir à aula, quando cheguei à catraia para atravessar para Santos, para meu desespero, não estava atravessando. Havia um barco atracando, prejudicando a travessia, nossa! Fiquei nervosa! Pensei voltar para casa e dormir mais um pouco, mas não podia, tinha horário a cumprir. Na faculdade quando a gente falta, a coisa complica, as matérias vão se acumulando, explicações ficam perdidas e tudo é motivo para desestimular. Então, resolvi esperar, impaciente eu não sabia o que fazer para chegar logo na faculdade. Quando consegui, cheguei quase no final da aula, mas ainda assim aproveitei o que deu, me desculpei pelo atraso e segui adiante, pois o dia estava apenas começando, muitos atrasos viriam, não porque eu queria, mas porque já acordei atrasada e até parece que um atraso puxa outro. Às vezes, eu penso que se eu não fizesse nada, não estudasse, não trabalhasse, não contribuísse para nada, eu seria mais feliz!
Mas, ao mesmo tempo, eu penso: se eu fosse assim eu não seria nada, seria uma folha morta na calçada, não serviria para nada, não faria diferença alguma...
E aí me surpreendo fazendo e me ocupando todo o tempo, não deixando nenhum espaço vazio, me vejo sendo útil colaborando sempre com meus familiares, meus amigos, minha comunidade.
Tudo o que acontecer para o meu aprendizado será de boa valia, tudo o que tenho vivido tem se fundamentado no meu esforço, e, consequentimente, se tornando a minha história. Quero ser útil para a sociedade. E aí eu agradeço a Deus por ter todo o meu tempo ocupado, acordar atrasada e da correria do dia a dia, dos trabalhos da faculdade, das crianças das creche, onde trabalho, dos afazeres de casa que não são poucos e de tudo mais que chegar até mim, tudo passa e o nosso aprendizado fica, sei que as folgas virão e o descanso merecido também.
Tudo tem seu tempo!

Débora Cristina Germano Somogyi - 4º semestre

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