quinta-feira, 26 de abril de 2012

A minha escola

Hoje, pela manhã, quando aguardava o horário de entrada dos alunos, fiquei observando algumas pessoas que chegavam e se posicionavam em frente ao portão de acesso à escola. Havia pais que já estavam lá com seus filhos por alguns minutos, outros acabavam de chegar. Entretanto, todos pareciam fazer parte de um campeonato de corrida, onde logo seria dada a largada, que certamente seria às 07h00min em ponto.
 Os olhos fixos no corredor esperava o juiz da tão importante corrida matinal. E ai de todos nós, se isso não acontecesse pontualmente. Se adiantasse um pouco, penso que não haveria nenhum tipo de reclamação, pois todos que ali estavam não poderiam perder nem se quer um minuto.
 É assim como um imenso braço, o portão se abriu pontualmente às 07h00min, recebendo todos que ali estavam. Foi nesse exato momento que comecei a traçar um paralelo com a imensa grandeza acolhedora que citou Lucrécia D´ Alessio sobre a Praça da Sé. Tal qual a catedral da praça a escola acolhe sua cominidade. Enfim, os mais variados estilos, começariam a passar por ali aproximadamente por trinta minutos, e alguns até voltariam mais tarde. Como parecia acolhedor tudo aquilo.

Surgiram, então, brancos negros e pardos. Entre esses, uma jovem senhora com cabelos desalinhados, e vestida com partes do pijama que havia dormido a noite, contrastava com aquela que tentara combinar algumas peças de roupa com a sandália alta. Uma mãe trazendo um belo carrinho cor de rosa, com um bebê muito bem acomodado, era seguida por outra que trazia o seu bebê praticamente dependurado em parte de seu corpo. Ouvia-se de longe um falatório dos mais diversos assuntos e os mais variados timbres, os aromas se misturavam no ar.
Nenhum destes, sorrateiramente, roubaria este espaço para viver, mas anos após anos chegam e da mesma forma e se vão, são passageiros, que sem perceber fazem parte e até transformam o espaço denominado “Escola”.

Marisa Nonato de Camargo - 4º semestre

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