terça-feira, 24 de abril de 2012

Lembranças


Segundo o dicionário, lembranças são impressões, ideias de alguma coisa, de uma pessoa ou de um fato que a memória conserva, e tem como um de seus substantivos a recordação, e, neste caso em particular, são muitas!

No primeiro semestre deste curso abençoado por Deus, pela Unisantos e principalmente pelo Governo Federal, lembrei, por exemplo, que dava pra ver no olhar de todos nós, uma expectativa boa, uma vontade real de evoluir e aproveitar a oportunidade, pois afinal ganhar um curso superior de presente não é pra qualquer um. Pena que no decorrer do processo, muitos acharam que não seriam capazes e acabaram desistindo, tenho plena certeza que eles estavam redondamente enganados, mas cada um entende seus próprios motivos. (espero!).


Bem, lembrei também que tivemos uma atividade muito interessante para fazer na disciplina de Historia da Educação, em que em uma dissertação tínhamos que relatar como havia sido nosso primeiro contato com a leitura e a escrita, como havíamos sido alfabetizados, (no meu caso, e no de vários colegas a "muitos e muitos anos atrás"!).

Após o primeiro impacto, de como? Ai meu Deus!
Consegui! E foi muito bom, pois lembrei que não havia feito a pré-escola (naquela época não havia muitas escolas para este fim), acho que por este motivo sou na maioria das vezes desprovida em vários momentos da Coordenação Motora!
Mas, na verdade, o que mais gosto de lembrar com relação a esta atividade, é com certeza seu desfecho. Sentados em circulo, cada aluno foi relatando o que havia recordado, e este foi em minha opinião um momento muito rico, pois estávamos no começo do processo, quando ainda ninguém conhecia ninguém, quando a única coisa que existia em comum, era o fato de estarmos cursando a mesma faculdade.
A cada relato os alunos iam se descortinando, e pouco a pouco, fui percebendo o quanto éramos iguais, com necessidades iguais e com dificuldades iguais. Em minha opinião esta atividade, sem que ninguém se desse conta disso, nos aproximou mais, quebrando o gelo "do não te conheço".
Aliás, acredito também, que hoje, nossa sala, apesar de algumas divergências de vez em quando (o que é absolutamente normal, pois em toda "sociedade" deve haver diferenças para que haja respeito!), nos tornamos grandes parceiros e eu particularmente acabei encontrando verdadeiras amigas.
Lendo meus registros no Diário de Bordo, feitos no semestre passado, e agora lembrando das atividades do começo do curso, tive a nítida impressão do quanto a cada semestre, fomos nos transformando e ficando conscientes do tamanho do nosso valor e principalmente que aqueles alunos do começo do curso, com aquela "expectativa boa no olhar", continuam vivos dentro de cada um de nós, e se apresentam a cada trabalho, a cada conversa a cada aula, provando assim que nossas lembranças são mais reais que imaginamos.

Izildinha Belli - 4º semestre

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