Lembro bem do tempo em que as mulheres eram chamadas de sexo frágil. Tempo este em que eu era apenas uma menina e meus olhos brilhavam ao assistir Marília Gabriela apresentando o programa "T.V. Mulher" que ia ao ar todas as manhãs ao som de Rita Lee:-"Por isso não provoque, é cor de rosa choque".
Ao longo da minha juventude, cresci sonhando em me tornar uma grande mulher, assim como as personalidades que marcaram a nossa história e percebi que, na verdade, elas deixavam de ser o "sexo frágil", destacando-se na mídia, nos livros, na política, nos palcos e na vida, mostrando ser o verdadeiro "sexo forte".
Mães, guerreiras que enfrentam uma jornada dupla e algumas vezes representam a figura paterna, embalando seus bebês, enquanto fazem o jantar e estudam para a prova na faculdade.
Pude sentir de perto essa realidade quando ingressei na UNISANTOS, em 2010, após ter passado no vestibular para o curso de Pedagogia através da Plataforma Freire, que, diga-se de passagem, foi a maior oportunidade que o Governo Federal oportunizou aos professores da Rede Pública de Ensino. Gostaria até de ressaltar que sou grata aos professores da Universidade por estarem dispostos a nos ajudar, sempre com uma palavra de incentivo nos estimulando porque tem consciência da dificuldade que enfrentamos no dia-a-dia.
Há quem diga que não somos tão perfeitas assim, mas quem disse que existe ser humano perfeito nesta terra? Não somos nem temos a pretensão de ser perfeitas, o que queremos é ser valorizadas, amadas e respeitadas, não porque somos mulheres, mas porque somos pessoas e dividimos espaço com centenas e milhares de outras pessoas que caminham por uma estrada difícil em busca de seus sonhos.
Hoje me sinto uma vitoriosa fazendo parte de um vasto exército de mulheres que vão à luta, riem, choram, brigam, amam, sempre com charme, fortes, mas delicadas, frias, mas "apaixonadas", enfim sonhadoras, mas corajosas.
Daniela Cristina - 4º Semestre
Nenhum comentário:
Postar um comentário