sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A menina que queria ser pipoca


Era uma vez... uma menina que queria ser pipoca.
Em uma típica cidade do interior, havia uma linda garotinha que se chamava Maria Clara. Ela vivia com seus pais e a avó.
Todos gostavam muito da menina, por ela ser doce, meiga e carinhosa.
Maria Clara estudava em uma escola cercada por um belo bosque e um lago que tinha muitos peixinhos coloridos.
Um dia a professora passou uma atividade para casa com o seguinte  título: O que você vai ser quando crescer?
A família reuniu-se e ajudou a menina com a atividade e qual não foi a surpresa de todos com a resposta da menina: Quando eu crescer, quero ser pipoca! Disse a menina toda feliz.
Todos ficaram perplexos diante de tal afirmação. Afinal, pipoca lá é profissão ?
Sugeriram para a menina diversas profissões, mas Maria Clara continuava firme em seu propósito e sempre dizia : Eu quero ser pipoca!
E assim foi, durante um bom tempo, a garotinha seguia em seu objetivo. Com o passar do tempo e vendo que nada demovia a Maria Clara da sua ideia, sua professora, muito dedicada, perguntou o porquê dela querer ser pipoca.
A menina muito esperta, com seus olhos vibrantes, respondeu ativamente: Professora, eu quero ser pipoca, porque eu quero levar alegria. Onde tem pipoca tem festa, amigos, você já viu alguém triste comendo pipoca?
Eu não quero ser milho, aquela bolinha dura, sem graça, parada... Eu quero é ser pipoca, porque milho qualquer um pode ser, mas para ser pipoca é preciso ser alegre, eu quero compartilhar a alegria, fazer amigos, deixar o mundo um pouco mais feliz, concluiu a menina.
A professora entendeu o raciocínio e viu que, na realidade, o que a garotinha queria era ser uma pessoa alegre, divertida que contagiasse a todos a seu redor. Ela queria ser a diferença, não apenas mais um caroço na multidão .
O tempo passou e a menina cresceu e, hoje adulta, a menininha transformou-se em uma professora que dedica seu tempo a contar histórias para outras crianças que, como ela, sonham em ser pipoca e não apenas um milho .
Inspirado em Rubem Alves: "milho que não estoura, não vira pipoca".


Quésia Ângelo de Lima - 4° semestre/2013-2

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