domingo, 9 de março de 2014

Professor: dom ou missão?

     
Ser professor atualmente tem sido uma tarefa árdua, principalmente se levarmos em conta as várias horas que ficamos longe de casa, de nossos familiares, para nos dedicarmos a ensinar os filhos de outros.
Com essa dedicação e vontade de ver nossos alunos aprendendo de verdade, procuramos investir em cursos, especializações e inúmeras pesquisas sempre com um único objetivo: aprender a ensinar. Por isso, decidi voltar a estudar e me inscrevi na plataforma Paulo Freire do MEC, para o curso de Pedagogia/Parfor.
A princípio, pensei que era apenas enrolação. Jamais um governo daria faculdade de graça, sem custo ALGUM, muito menos em uma boa Universidade.
No primeiro ano não fui selecionada, o que aumentou consideravelmente minha desconfiança. No entanto, da segunda vez, foi uma surpresa: um e-mail da faculdade, fazendo a convocação para a matrícula.
Fiquei muito feliz, mas pensei também na dificuldade que era cursar quatro longos anos, com provas, trabalhos e, acima de tudo, presencial. Aceitei o desafio.
Minha principal preocupação quando ingressei era entender como funcionava a inclusão de crianças com necessidades especiais. Eu já trabalhava com surdos, há muito tempo, entretanto, outros tipos de deficiências estavam entrando na sala de aula e eu não sabia como lidar com isso. Estava me sentindo frustrada e angustiada.
Durante minha trajetória, nesses três anos de estudos, conheci vários estudiosos que sempre pensaram da mesma forma que eu, o que aumentou grandemente minha satisfação e me ajudou a entender diversas coisas e aliviar minha “angústia pedagógica”.
O curso de Pedagogia conseguiu contribuir, em certa parte, com as minhas expectativas, porém aprendi muitas coisas importantes que estavam além das teorias: compreender o ser o humano.
Hoje, consigo enxergar esse problema da inclusão de pessoas deficientes, de forma diferenciada, baseada nas teorias e legislações pertinentes ao tema, tentando encontrar caminhos e metodologias para ensinar essas crianças que são tão excluídas socialmente e que só precisam de atenção e respeito às suas diferenças.
Agora, meu coração se entristece por um motivo: o curso está acabando. Não terei mais a companhia diária da minha turma de faculdade e talvez nossos momentos juntas se resumirão apenas a encontros casuais. As professoras tão queridas, que tiveram tanta paciência conosco, não nos acompanharão nesta nova etapa de nossas vidas, e ficará para sempre a doce lembrança desse período maravilhoso que estive no PARFOR.


Eliana Mara Ferreira - 7º semestre 2014/1

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