segunda-feira, 10 de março de 2014

(Auto)avaliação formação Parfor: momentos de intensa inovação

Ao longo destes três anos e meio aconteceram várias mudanças e transformações individuais e também no coletivo.
Resgatando os primeiros momentos, quando tudo era deliciosamente novo e, ao mesmo tempo, assustador, pois não sabia o que é estar numa universidade.
O contato com os professores e com seus objetivos em relação ao curso, priorizando o desenvolvimento integral do aluno, futuro professor, o espaço físico da universidade, com ambientes bem estruturados e organizados em função do aprendizado e desenvolvimento do educando, as novas amizades, tudo era tão intenso.
No primeiro dia de aula, participei de uma entrevista do jornal A TRIBUNA. Quase não consegui responder a pergunta sobre a oportunidade de ingressar em uma universidade, pois era muito tímida e insegura.
Foram momentos de intensa inovação em minha vida. De dona de casa e funcionária pública na cidade de Praia Grande, onde resido, para estudante, com a oportunidade de cursar Pedagogia em uma das melhores universidade da Baixada Santista.
Não hesitei e agarrei a chance pela segunda vez, porém agora determinada, iria até o fim do curso, mesmo reconhecendo minhas dificuldades, meus medos, inseguranças.
Enfim, o semestre iniciou e os professores começaram a oportunizar o conteúdo de ensino.
Os conhecimentos teóricos foram apresentados de maneira sistemática, oferecendo aos alunos a contextualização da prática, porque já estávamos envolvidos no processo educacional, o que nos possibilitou perceber a relação contínua entre o que aprendemos na sala de aula e o que vivenciamos na nossa prática, no ambiente profissional .
Todo esse processo de apropriação do conhecimento foi paulatinamente sistematizado e contextualizado desde o início do curso até o momento atual: 8º Semestre.
Penso que a didática dos professores favoreceu a interação do grupo-classe.
O tempo todo houve e há troca de conhecimentos, através dos trabalhos de pesquisa, em que grupos produtivos compartilham seus saberes, tornando-se indivíduos participativos, solidários, colaboradores no processo de ensino individual e coletivo.
Aprendi com as interações socialmente constituídas que a sala de aula é um ambiente propício para resgatar os valores, para lidar com o outro, respeitando particularidades e complexidades de cada indivíduo. E isto vale para a vida inteira, em todos os momentos e situações.
Quanto ao conhecimento propriamente dito, penso que é contínuo em minha vida.
A busca do conhecimento não termina com o fim do curso. Sei que é preciso estar em constante reflexão, realizando e repensando sobre a postura e ações realizadas, objetivando qualidade no ensino-aprendizagem dos alunos.
Atualmente percebi que a avaliação é um processo contínuo do diagnóstico da aprendizagem do aluno, em que o professor terá que reorganizar sua prática docente.
Penso que superar as dificuldades faz parte da nossa construção pessoal e social, visto que estamos inseridos em uma sociedade em constante transformações que requer do ser humano uma participação ativa, crítica.
Acredito no desenvolvimento do ser humano, não pelo que este tem, mas pelo o que é e realiza para si e, consequentemente, para os outros.
Em relação às mudanças na educação, não acontecem de um dia para o outro, mas um dia após o outro, quando refletido, gerando vínculos, desenvolvimento, comprometimento e visão crítica da sociedade e da dinâmica transformação social e Pessoal.
Hoje, o que era tido como insegurança transformou-se em mudanças de comportamento, em aquisição de saber e como esse saber será revertido em ações, compromisso e responsabilidade com futuros alunos.
Pensar no que somos e como somos e qual contribuição iremos propiciar ao desenvolvimento dos alunos deve ser uma constante em nossas vidas.


Marli Pereira - 8º semestre 2014/1

Nenhum comentário:

Postar um comentário