segunda-feira, 10 de março de 2014

(Auto)avaliação formação Parfor: a capacidade de olhar o novo


Reflexão I

Vez ou outra me pego pensando na minha trajetória no curso de Pedagogia/Parfor, e em meu crescimento pessoal, nesses quase quatro anos de caminhada.
Anos esses que já pareceram se multiplicar, triplicar e que de tão distantes pareciam que nunca iriam chegar ao término. E hoje com a bagagem cheia de aprendizado, e histórias de vida, percebi que valeu a pena chorar, sorrir, teimar, refletir, insistir, persistir e seguir adiante.
Hoje, quase ao término, percebo que embora pareça o fim, percebo que o término nada mais é que uma caminhada cheia de inícios e reinícios. A vida é assim mesmo, só existimos porque continuamos sonhando e perseguindo nossos sonhos.
Quando os realizamos ficamos alegres pela conquista, mas já é chegada a hora de alçar voos rumo a novos sonhos e objetivos.
Hoje a minha prática docente se enche de significados, dia após dia, sob a certeza de que a educação é a única maneira de mudar o mundo e de dar a todos os indivíduos a oportunidade de um novo horizonte.
Contudo, vejo a minha prática modificada e sendo ressignificada dia após dia, pois aprendi a desacostumar o meu olhar. Existem pessoas que veem as coisas sempre do mesmo jeito. Essas pessoas criam uma espécie de capa de comodismo que as impede de ver a beleza da vida, olham as coisas sempre do mesmo jeito, porque perderam a esperança e o fervor da vida.
Trago comigo a capacidade de olhar o novo, de me maravilhar, de me encantar, reinventar e de transformar. Quando modifico a minha maneira de olhar o mundo e tudo a sua volta, deixo o meu olhar livre do costume de olhar as coisas sempre sob a mesma ótica, e, de certo modo, a maneira como vemos as coisas é parâmetro para a efetivação das nossas ações.
No entanto, as transformações que percebi na minha prática docente são a certeza de que nada mais será como antes... há menos de quatro anos a intuição era o meu norte, agora a teoria é a base para a minha prática docente.
Refletir sempre e olhar tudo como o novo que se avizinha, aprender a olhar como as crianças que aprendem a cada dia e sempre possuem algo a nos ensinar ... a ser mais alegre, entusiasta e sonhadora.
Reflexão... essa palavra ganha significado que orienta e norteia a minha prática docente.
Refletir sobre qual escola eu quero ajudar a construir...
Uma escola onde todos sejam iguais, uma escola que favoreça a integração do aluno o seu desenvolvimento pessoal, social e cognitivo, uma escola que seja realmente de todos e para todos.
Refletir sobre o que é ser professor...
Professor é gente estranha mesmo... ganha pouco e trabalha muito, precisa ter capacitação científica, estar antenado à legislação, favorecer um ambiente propício à aprendizagem e intervir de forma eficaz no processo de ensino aprendizagem... Ufa quanta coisa! Mas, apesar disso, não é o dono da verdade, está sempre aprendendo algo, o que parece estranho é que mesmo assim, apesar disso tudo, decidi fazer isso por muitos e muitos anos da minha vida.
Reflexão, ação e planejamento, refletir e planejar... planejar e refletir, levando em conta as injunções sociais e individuais de cada aluno, bem como as suas limitações e particularidades.
Levo na bagagem o aprendizado que todo aluno pode aprender e que todo professor é capaz de ensinar. Assim, o meu olhar e o meu agir, ou seja, o embasamento teórico vem permitindo que eu reflita constantemente sobre minha prática docente, o meu olhar, embora mais crítico, está desacostumado de preconceitos, modismos e ou comodismos.
Sigo com a certeza da importância do afeto para o ensino e aprendizado, e com a certeza de que quando o professor ama o que faz, a consequência é a vontade dos alunos aprenderem.

Reflexão II

Ao pensar em toda a minha trajetória, no curso de pedagogia Parfor não há como esquecer a mistura de sentimentos, medos, anseios, expectativas e alegrias.
Mas, o que nos impulsiona senão nossos anseios por dias melhores e a realização de um sonho, porque para se realizar sonhos é necessário primeiramente ter sonhos, e para atender às expectativas é preciso ter expectativas.
É fato que, como objetivo inicial, tinha a expectativa da qualidade de vida e da melhoria de trabalho, através da realização de um sonho... o curso de Pedagogia.
Ao chegar aqui, me deparei com o novo, e com um horizonte que só poderia ser alcançado dia após dia, semana após semana. E é claro que muitas vezes nos faltavam pernas para acompanhar a caminhada rumo ao horizonte, muitas vezes tínhamos que correr para não ficarmos para trás, sozinhos à beira da estrada.
Outras, estávamos tão cansadas e desanimadas que o caminho percorrido parecia insignificante diante de todo o percurso ainda a transcorrer. Isso tudo sem contar os barrancos, buracos, desafios e obstáculos no meio do caminho.
É fato, nessa hora sempre surge um herói com uma palavra de incentivo e conforto. É o tal poder das palavras que repercutem em nós verdadeiros milagres. A magia das palavras, muitas vezes, foi a mola propulsora que foi capaz de suprir toda a falta de ânimo e todo cansaço.
E essa palavra não precisa vir de um amigo ou colega de sala, pode vir da moça da secretária, da moça da recepção, de um anônimo no ônibus ou na barca de um filho ou de um professor.
Tenho muitos como exemplo ético e profissional que quero levar por toda a minha vida, tanto pessoal como profissional. E são alguns deles que eu devo o fato de estar aqui rumo ao horizonte.
Hoje sou mais tolerante e mais atuante, menos impulsiva e mais reflexiva.
Enfim, é chegada a hora de sentir o cheiro das flores, o frescor das brisas e o gosto da conquista...
O horizonte já não me parece assustador muito menos algo que não possa ser atingível. É valeu mesmo a pena andar no fio da navalha tantas vezes! Tudo foi tão importante que valeu a pena cada passo que foi dado, mesmo querendo parar, mesmo quando tudo parecia difícil ... e o mais certo a fazer no momento era desertar.
Decidi apesar de tudo continuar, descobrir o novo, enfrentar desafios e me deparar com as expectativas atendidas.
O que me separa agora do meu sonho é apenas uma ponte...
O mais importante é que, embora o caminho tenha sido longo e difícil, pude observar a beleza das flores, sentir o cheiro das rosas vencer desafios e saborear o gosto do dever cumprido.
Agora a alegria do dever cumprido se mistura a novos sonhos e anseios.


Edilene Valéria Sampaio - 8 º semestre 2014/1

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