terça-feira, 18 de março de 2014

(Auto)avaliação formação Parfor: sabedoria, reflexão e humildade

Tudo começou quando passei para o colegial (atual ensino médio), e, com a intervenção da minha mãe dizendo com autoridade que eu faria o magistério, já que eu não gostava muito de estudar. Ela alegava que se eu não quisesse fazer uma faculdade, já teria uma profissão. Tentei rebater, mas ela foi implacável e assim cursei o magistério numa escola muito conceituada na época o “Colégio do Carmo”.
Lá aprendi muito e acabei me identificando e me apaixonando pela profissão. 
Entretanto, não estava nos meus planos fazer a faculdade de Pedagogia, e assim cursei Educação Física. Fiz os quatro anos, que considero um tempo perdido, pois não consegui pegar o diploma porque não conclui os estágios. Voltei à estaca zero, só tinha o magistério, e, desempregada, resolvi prestar concursos. Para passar, estudei muito e, em 1996, consegui entrar na Prefeitura de Santos como Monitora de Creche e na Prefeitura de Praia Grande como PI, pois na época só se exigia o magistério. 
Em 2002, comprei um Núcleo de Recreação de Educação Infantil, mas não consegui conciliar com os outros dois empregos, e acabei abdicando da Prefeitura de Santos (Monitora de Creche). O tempo passou e o Núcleo não deu certo e eu fiquei só na Prefeitura da Praia Grande.
Dar aula era a minha vida, porém estava acomodada, não procurava evoluir e fazer outros cursos ou até mesmo a própria Pedagogia. A Prefeitura de Praia Grande ofertou para os seus professores sem licenciatura o curso da “Pedagogia Cidadã”, no entanto, fiquei de fora, não consegui cursar, porque zerei na redação. E o tempo foi passando e eu parada. Na rede, eu era uma das únicas professora sem o curso universitário (Pedagogia), sentia-me inferior e decidi que não ficaria mais para trás. Na época, começou anunciar na TV a Plataforma Freire, pensei, chegou a minha vez, me inscrevi e fui contemplada. Bingo!
Desde o começo, gostei, me encantei com os professores que são todos mestres ou doutores, mas, ao mesmo tempo, estava assustada e ansiosa, porque fazia muito tempo que eu não estudava, sabia que seria uma tarefa árdua, mas eu tinha um foco.
Às vezes, me desentendia com os professores e me questionava se realmente iria valer a pena, já que eu estava empregada e tinha estabilidade. A turma era especial, nos dávamos ou melhor nos damos muito bem. Falo com propriedade: somos na verdade um coração só.
O Parfor me trouxe sabedoria, reflexão e, principalmente, humildade, apesar de estar, no momento, afastada da sala de aula. Sei que estes três anos e meio foram fundamentais para o meu crescimento profissional e pessoal.Valeu...Valeu demais!!!

Claudia Fernandes - 7° semestre 2014/1

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