segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O lugar de reflexão


O mar, as ondas e o pôr do sol fazem parte de um lugar de reflexão, onde pessoas de todas as partes visitam, e querem sempre estar contemplando. A praia é um lugar em que a paz reina, mesmo com a fúria das ondas quebrando na margem dela. É um lugar que é muito especial para mim, renova a alma e o espírito.
As pessoas usam a praia para se exercitar, conversar, ler um livro, reunião de amigos, famílias e outras coisas mais.
O mar tem um cordão umbilical que ainda não foi rompido... É ligado com a força da lua que movimenta toda essa energia e se torna mágica. Ao olhar o pôr do sol, me dá uma paz profunda, e faz com que meu corpo se renove para um dia melhor.
As pessoas que ali se refugiam conseguem encontrar o equilíbrio e a paz. A praia sempre foi e sempre será um refúgio para pessoas que nela se encontram.
Há muito tempo, as praias tinham paisagens que se estendiam por quilômetros de areia branca. Os pescadores vendiam seus peixes, alí mesmo nos barcos. Havia campeonato de surf e era uma explosão de praticantes.

Eu me lembro que minha tia tinha um campi na praia do Perequê, no Guarujá, onde ela vendia porções de camarão e peixes frito, e cobrava dos banhistas para armarem suas barracas na grama e usarem os banheiros que ela tinha nessa propriedade. Todo final de semana e férias eu ia para lá. Eu tinha o apelido de pretinha, por causa da cor escura que adquiri, estando sempre por lá. Lembro também que, antigamente, não se usava protetor solar, era bronzeador, ou óleo misturado com cenoura.
Hoje, para você tomar sol na praia, precisa se proteger do sol que não é mais o mesmo. Até o mar mudou, as águas estão mais poluídas, a areia mais escura, o mar tem cheiro de peixe estragado. Você pode tomar banho em algumas praias, mas de outras nem chegar perto, porque estão impróprias. Os canais que ali se encontram despejam no mar grandes quantidades de esgoto.
De acordo com Lucrécia D’Aléssio Ferrara (2005, p. 39), "a transformação de um espaço em lugar, a partir da percepção do usuário, supõe desmascarar a cidade como espaço trivial, quotidianamente igual e exposto aos olhos de todos". Após o estudo desse livro, passei a observar as transformações ocorridas na nossa praia de Santos.
Se as pessoas da nossa geração continuarem agindo de forma errada, a respeito da poluição ambiental, só vai sobrar, para os netos dos nossos filhos, um documentário para assistirem e verem que um dia existiu, no planeta terra, uma grande beleza que era aproveitar o sol até a noite começar, tocando violão numa noite de luar, até o sol nascer e mostrar a beleza que era o mar.


Maria Terezinha Nacimento - 4º semestre 2012/2

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