quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Ensinar e aprender com a pesquisa


No período do projeto, busquei vincular aspectos teóricos com aspectos práticos. É um momento em que a teoria e a prática se mesclaram para que fosse possível apresentar um bom resultado e pensar em elaborar um projeto com todas as formatações acadêmicas, foi desafiador. Nossa, como assim? Me assustei quando vi o tamanho dos modelos de projetos, inserir citações e ainda aplicar em uma sala de aula. 
Enfim, a realização do projeto se tornou um momento decisivo para a minha formação, pois ocupar um espaço educacional, pensar no livro que iríamos trabalhar. Um livro de contos clássicos ou contos contemporâneos? Após inúmeras pesquisas, decidimos pelo livro da autora Aline Fávaro Tomaz, “A Bailarina Especial”. Por que tratar da Síndrome de Down? Porque são pessoas que também são vítimas de preconceito e discriminação. Mostrar que a bailarina sendo incluída na escola, tendo contato com outras crianças, foi fundamental para seu desenvolvimento. 
As crianças precisam ter seu tempo respeitado e independente de ter ou não Síndrome de Down. Nós, como educadores, sempre observando as potencialidades e dificuldades de cada criança, e a história da bailarina Aline cabia na nossa proposta, porque era a vida dela contada no livro e não de nenhum outro autor que resolveu contar ou imaginar a história de alguém.
O projeto com nome baseado na música do Grupo Grandes Pequeninos, que chamamos “Normal é ser diferente”, aplicado para crianças de 4 anos. O que tínhamos posposto estava sendo satisfatório, vimos nos olhos dos pequenos o quanto estavam aprendendo e isso é uma base que, como futuras professoras, precisamos para conviver com a realidade escolar.
Depois de tudo resolvido, aplicamos na escola. Fiquei ansiosa para trabalhar o tema e vi que não era um “bicho de sete cabeças”. Ficou tão fácil com a ajuda das minhas companheiras e a professora nos auxiliando, o resultado foi maravilhoso.
Visto que é durante o projeto que descobrimos as várias facetas da educação, e o que há por trás dela. Claro que, ao término deste, ficou a certeza da importância do contato direto com a realidade escolar. A interação com os funcionários e alunos foi extremamente enriquecedora. Foi além das minhas expectativas, pois pude vivenciar o cotidiano escolar com uma equipe bastante eficiente e acolhedora.
No entanto, foi durante o projeto que descobrimos que é nessa fase escolar que são plantadas as primeiras sementinhas na vida dos educandos. E, sobretudo, perceber a necessidade em assumir uma postura não só crítica, mas também reflexiva da nossa prática educativa diante da realidade e a partir dela, para que possamos buscar uma educação de qualidade.
Enfim, sei que levarei muito do que aprendi nesse período, pois aprendi que a prática não é tão fácil, como às vezes nos aparentam ser nos momentos teóricos que são vivenciados na sala de aula, na qualidade de acadêmico.

Priscila Alves de Souza
4° semestre - Pedagogia/PARFOR

Nenhum comentário:

Postar um comentário