sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Bem-vindo sol!




Tarde acabando, sol abaixando, ficando aquelas cores lindas ao longe, diversos tons de laranja e avermelhado, o dia foi bastante quente; cheiro de arroz do vizinho aqui ao lado, sinto o perfume do alho já aguçando minhas papilas. Hoje pela segunda vez também escutei a cigarra – significa que o calor está chegando – e como estou? No fervo. Essa para começar é a palavra que mais me define neste semestre. 
Desde que a maternidade chegou em minha vida, já houve bastante mudanças... E, como houve! E quando tive que retornar à universidade foi mais frenético ainda. Maitê não ficava com ninguém, além de mim. Muitos dias faltei ou quando ia à aula, me ligavam de casa dizendo que estava aos prantos e não queria alimentar-se nem com o leite materno que tinha feito ordenha. Então, lá ia eu correndo mais uma vez para casa. 
Confesso, que me senti culpada por não poder ter oferecido mais de mim, minha presença nas aulas, os trabalhos nos dias certos para entrega, assumo! Sou ré, não vítima! Meu sentimento de culpa tem pouco peso na consciência, tendo noção das consequências do que podem ou podiam me acarretar, mas o motivo era o sono, a febre, o sorriso, o colo, o abraço, o olhar mais puro direto nos meus olhos quando amamento e aquela boquinha banguela – era, já está nascendo seu primeiro dente – puxando o bico do meu peito e dói. Mas, passa! Como essa fase dela vai passar rápido, junto com essa minha ansiedade de mãe.
Essa crônica vem a tempo, em um bom momento, pois, apesar do fervo diário, tenho uma, melhor duas palavras para terminar meu pensamento, a primeira de perdão. Juro que prometo no próximo semestre compensar essas minhas ausências, que esse semestre houve literatura infantil/seguindo o projeto para encerrar e principalmente outra coisa que desconhecia, achando bárbaro sobre psicanálise dos contos infantis. E obrigada, por muitas vezes, na grande maioria, todas as docentes entenderem, podendo até não concordar, mas aceitaram e foram carinhosas com meu momento, como você Rosana Pontes, ainda tenho em mente suas palavras quando recebi meu portfólio este ano, palavras doces sobre a Vanessa mãe. Namastê. Eu saúdo você também!

Vanessa Mota Milhoratti
4º semestre - Pedagogia/PARFOR

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