sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A beleza encoberta



Como é interessante descobrir que apenas pensamos que sabemos algo, mas de repente descobrimos que não sabemos nada.
Foi assim que me senti ao me aprofundar nas pesquisas sobre o tema gerador do projeto integrador: Jogos e brincadeiras indígenas. No passo a passo, quanto mais lia e pesquisava, mais me apaixonava pelo tema. 
A culminância foi quando assisti a uma palestra do professor, escritor, filósofo e índio Daniel Munduruku. Essa palestra foi como descortinar um assunto que há muito prensava ter conhecimento sobre, mas conclui que não sabia de nada e que a cultura indígena tem muito a nos ensinar em termos de cultura e costumes.
O ponto alto da palestra, além do bom humor do palestrante, foi quando ele contou algo que seu avô lhe ensinava acerca da felicidade:
1ª coisa: Nunca se preocupe com coisas pequenas.
2ª coisa: Todas as coisas são pequenas.
Daniel afirma que ser Munduruku é muito diferente de ser índio, porque ser Munduruku é ter uma identidade, uma cultura, uma ancestralidade e uma educação. 
Munduruku também afirmou que o índio pode estar em qualquer lugar e não ter lugar nenhum, uma crítica sobre a política brasileira acerca dos povos indígenas.
Posso afirmar, com certeza, que assistir a essa palestra foi um divisor de águas para mim, pois passei a compreender um pouco sobre esse povo rico de histórias, cultura e ensinamentos. O respeito com que são ensinados desde cedo a preservar sua cultura e sua ancestralidade me comoveu.
Valores que os índios buscam com afinco preservar até hoje apesar das investidas do homem ocidental em apagar o brilho de uma estrela que insiste em brilhar.
A culminância do projeto e sua apresentação foi algo marcante e emocionante, pois exigiu muito esforço, empenho e respeito às diversidades para a conclusão do trabalho. Creio que a cada ano aprendemos mais e podemos perceber que unidos somos mais fortes.
O estudo da psicanálise dos contos de fada também contribuiu muito para desvendar o que há por detrás de cada conto, e isso é fundamental para poder selecionar melhor as histórias a serem contadas, com mais seletividade e intencionalidade maior.
Encerramos este semestre com muita alegria e com uma grande bagagem de conhecimentos e aprendizagens profissionais e pessoais.

Sandra Farias de Oliveira
4º semestre - Pedagogia/PARFOR

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