sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Memórias de infância


Cartão postal para quem vem de fora. Um extenso calçadão de areias finas e brancas, uma imensidão de mar azul, conchinhas espalhadas por toda a praia, de várias cores e tamanhos, estrelas do mar e ostras eram vistas facilmente sob a água cristalina.
O sol... Ah o sol! Emitindo sua luz radiante, fazendo a água do mar ficar cada vez mais linda, refletindo o brilho do sol como se fosse um espelho.
Ficávamos minha mãe, eu e minha irmã horas e horas na praia, sem nos preocuparmos com os raios do sol e nem com nossas roupas e objetos que podiam ser deixados sem medo em cima da esteira, enquanto entrávamos no mar.
Como era bom fazer castelinho ou enterrar os pés na areia, jogar bola na água e até tomar banho no chuveirinho da praia. Hoje é quase impossível achar uma praia que não esteja imprópria para banho. As conchinhas sumiram, e, apesar da distribuição de sacolinhas ou saquinhos, as pessoas jogam seus lixos na areia não se importando com a natureza ou com o dia de amanhã.
Segundo Lucrécia D’Aléssio Ferrara (2005, p.21), “é esse uso que qualifica nossa memória urbana e sedimenta a vida de uma cidade. Alimenta uma tradição, ao mesmo tempo que estimula a dinâmica de sua mudança”.
De todas as lembranças bonitas das praias de Santos só nos resta o nosso imenso jardim com suas gramas verdes, flores coloridas, altos coqueiros enterrados na areia e árvores frondosas.
Saudades dos tempos que não voltam mais.


Claudia Costa - 4º semestre 2012/2

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