sexta-feira, 3 de maio de 2013

Ser professora na Educação Infantil é acreditar na educação de base



Ser professor(a) na Educação Infantil é um assunto muito amplo e complexo, por isso vou tentar descrevê-lo da forma como me sinto diante da Educação Infantil, levando em consideração, é claro, a criança e suas necessidades, nessa fase tão importante da vida. 
Entender o conceito de infância é primordial, pois a educação a ela oferecida deve ser, dentre outras coisas, um espaço onde seu desenvolvimento aconteça de uma forma prazerosa. Entendendo que esse desenvolvimento contemple todos os aspectos: biológico, psíquico e social. Possibilite um crescimento contínuo, de acordo com suas habilidades. 
Considerar a criança como ser social que produz cultura, que aprende com o profissional e seus pares, dentro e fora da escola, são também pontos importantes para a aquisição e construção de seu conhecimento. E o mais importante é pensarmos, enquanto responsáveis dessa mediação, como realizar o papel pedagógico respeitando as características da infância? 
Isso exige de nós amor pela arte de educar, respeito pela criança em sua forma de compreender e ser, desejo pelo conhecimento, maturidade para lidar com situações e imprevistos diários, ser criativo, dinâmico e responsável. Enfim, estar realmente comprometido com o objetivo traçado. Respeitando acima de tudo os direitos da criança e ajudando as mesmas a compreenderem seus deveres, considerando que essa apreensão da realidade se faz indispensável para que se tornem cidadãos competentes na resolução de problemas pessoais e sociais. 
O que para muitos parece uma tarefa árdua, especialmente, para quem tem consciência do que é participar dessas aquisições, é, para mim, a realização diária de um sonho. E o melhor é que sonhamos algo para uma determinada criança (sem distinção mas é que são diferentes, com realidades diferentes e, portanto, necessidades diferentes.) e esse sonho se realiza bem a nossa frente, em um curto espaço de tempo. Portanto, são realizações diárias que dissipam todas as dificuldades que perpassam essa profissão. 
Agimos no presente, pensando no futuro, com fortes lembranças do passado. Lembranças essas que nos fazem refletir o quanto somos importantes para elas e o quanto elas são importantes para o mundo. Em um ciclo vivo, utilizamos todas as nossas experiências: as más, para que não se repitam com nossos alunos; e as de conhecimento, para que se tornem plenos em suas capacidades, a fim de exercerem a cidadania com autonomia e criticidade. 
Para concluir, antes que as lágrimas escorram pela minha face, quero dizer da enorme gratidão que tenho pela profissão que escolhi. É bem verdade que ignorava completamente essa área da vida, até ser convidada a fazer parte do quadro de funcionários em uma creche. Sem nenhuma formalidade, foi-me atribuído o cuidado às crianças ali atendidas e minha vida nunca mais foi a mesma. 
Descobri o sentido da vida e declaro, desde então, o meu amor pela educação. Por isso invisto nela com vigor e rigor, porque acredito na educação de base como peça fundamental na transformação do ser humano e desejo contribuir de forma consistente, consciente e autônoma em cada fase dessa construção.

Edina de Oliveira - 3º semestre 2013/1

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