sexta-feira, 3 de maio de 2013

Museu da Língua Portuguesa e Museu Paulista: maravilhosas surpresas



Minhas expectativas para a ida aos museus não eram lá grande coisa. Pensei na interação com o grupo, no passeio em um sábado de sol, no custo barato, no lazer e, é claro, nas horas de A.A.C.C. Primeiro porque já havia ido ao Museu Paulista várias vezes, segundo porque meu conceito sobre museu era exposições sobre obras antigas em bom estado de conservação e o histórico pertinente ao que estará sendo exposto. Ledo engano, o museu em que antes ia passar algumas tardes agradáveis, na companhia de familiares e amigos, conhecido por mim como Museu do Ipiranga, é na verdade um espaço reservado à cultura que valoriza e enriquece nossa história, com um acervo de mais de 125.000 unidades, entre objetos, iconografia e documentação arquivística. Principalmente, do período da Independência, o que torna melhor a compreensão da sociedade brasileira, visto que vivenciamos os aspectos materiais da cultura, com especial concentração na História de São Paulo. , que nem em um final de semana inteiro caberia para que pudessem ser observados como se deve. 
No entanto, o que valeu foi a experiência da presenciação, de podermos ter o contato visual com obras que geraram nossa cultura. Somos frutos de cada conquista vivida por aquela gente, recebemos suas influências, e refletir sobre isso de uma forma tão próxima é enriquecedor para entendermos nossas raízes, modificar alguns conceitos, desfazendo mitos e aguçando nossa curiosidade. 
Uma única peça exposta nos faz querer saber mais: sua origem, o que representa, sua relevância, fazendo-nos pesquisadores em potencial. Um excelente recurso para vivenciarmos nossa cultura em diferentes espaços de tempo. 
Falando agora do Museu da Língua Portuguesa, está aí realmente minha inquietação, se pensava encontrar em museus peças arcaicas. Não tinha a mais vaga noção do que iria encontrar neste. O que para minha surpresa superou todas as expectativas e preconceitos sobre o modelo ou padrão de museus. 
Meu olhar foi radicalmente transformado pela inovação do que vi em seu interior repleto de recursos tecnológicos e multimídias. Seus espaços abertos com dezenas de televisores digitais para se assistir a vídeos antropológicos que investigam passado, presente e futuro dos diferentes dialetos que compõem a língua portuguesa falada no Brasil, como a conhecemos atualmente. 
Meu total deslumbramento e perplexidade ao ver, no lugar de paredes, vozes; no lugar de obras, espaços interativos. Proporcionando-nos uma viagem sensorial e subjetiva pela língua portuguesa, a sexta língua mais falada no mundo, direcionada por palavras, autores e estrelas do Brasil. Alguns conhecidos por mim, outros descobertos no instante em que lia e ouvia. Muito emocionante a forma como apresentaram a palavra, pude compreender melhor e, de fato, sua força na comunicação. E tudo isso em diversas mídias, garantindo nossa interatividade e apreensão do que nos fora exposto.

Edina de Oliveira - 3º semestre 2013/1

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