quinta-feira, 25 de abril de 2013

Viagem investigativa: momento privilegiado para conviver

Tenho o privilégio de fazer parte do 3º semestre de Pedagogia PARFOR. Uma turma, em sua maioria, composta de pessoas simples, comprometidas e divertidas.
Apesar de convivermos muito tempo juntos, ainda nos surpreendemos com algumas histórias, alguns comportamentos, enfim, percebemos que ainda temos muito a conhecer do outro.
Daí a importância das viagens em grupo, que nos proporcionam momentos de aprendizagem, de relaxamento, de descontração e de aproximação.
Na viagem que fizemos recentemente, visitamos o Museu Paulista e o Museu da Língua Portuguesa. Essa viagem teve um grande diferencial, a Professora Thais deu um significado diferente, o que antes seria uma viagem, ou um passeio, transformou-se em uma viagem investigativa, um estudo do meio.
Houve realmente um tom investigativo, algumas pessoas ficaram responsáveis pelo registro fotográfico, outras pelo registro escrito, dos mais variados assuntos relacionados à viagem, desde o ponto de partida até a chegada.
Percebi que diferentemente das outras viagens, nesta, havia um maior comprometimento, maior entrosamento do grupo, o que tornou a viagem muito proveitosa e divertida. Salvos alguns contratempos, como os atrasadinhos na hora de voltarmos.
O primeiro lugar visitado foi o Museu da Língua Portuguesa, um lugar lindo e surpreendente, diferente dos outros museus, que têm coisas antigas, lá é pura tecnologia.
Ao entrarmos, fomos para uma sala parecida com um cinema, assistimos a um vídeo com duração de 10 minutos, relatando o surgimento da Língua e sua importância na comunicação.
Quando terminou a exibição do vídeo, o telão foi erguido e fomos convidados a entrar em uma sala escura. O som de vozes de artistas que declamavam poemas e trechos de obras literárias foi integrado a uma iluminação que refletia imagens que ilustravam os textos. Um momento emocionante. Esta apresentação foi finalizada com alguns versos das poesias recitadas escritos no chão do ambiente.
Ao sairmos desse ambiente, deparamo-nos com um corredor enorme com um telão lateral, do início ao fim, que nos leva à sala de exposição. Nessa sala, encontramos relatos da História da Língua desde 4.000 a. C. até a atualidade.
A História é relatada em uma linha do tempo, bastante simplificada, da História da Língua Portuguesa do Brasil, da História da Língua Portuguesa na Europa, desde os seus primórdios, da História das Culturas Indígenas, em território brasileiro, e alguns momentos da História de algumas das Culturas da África, principalmente, dos povos da família de Línguas nigero-congolesas, trazidos para o Brasil.
A partir do século XVI, essas Histórias se encontram e se unem para formar a linha do tempo da História do Português do Brasil, que nos traz até os dias de hoje.
Além da linha do tempo, há objetos que demonstram a influência de diferentes povos e culturas na Língua Portuguesa. Há também telas interativas que permitem ao visitante descobrir a origem, a pronúncia e o significado de inúmeras palavras.
Foi uma visita realmente encantadora e muito rica em aprendizagem.
Almoçamos no Shopping D e fomos bem recepcionados. Ganhamos até uma sacola de brinde.
Após o almoço, seguimos para o Museu Paulista, também conhecido por Museu Ipiranga. Este sim é um Museu tradicional, com exposição de fotos e relíquias históricos. A estrutura é fascinante, lembra um palácio, com direito a escadas e tapetes vermelhos.
Os quadros expostos são esplêndidos, com uma riqueza de detalhes, que nos deixam admirados. Dentre os objetos de época expostos havia: carros, roupas, armas, espadas, armaduras, dinheiro, cartas, mobílias... Enfim, muitos objetos que particularmente me impressionaram pelos detalhes, pois eles tinham tão poucos recursos na época e conseguiam fabricar coisas tão lindas manualmente.
O Museu Paulista é um lugar lindo. Pena que é proibido tirar fotografias dentro dele, o que é compreensível. O que não dá para compreender é a falta de educação de alguns seguranças do local, que abordavam as pessoas de forma grosseira, demonstrando total despreparo para lidar com o público.
A situação do Museu por fora é lamentável. Há pontos interditados, com placas alertando para o risco de queda do revestimento das paredes. A escadaria central, também interditada, em completo estado de abandono, assim como o lago artificial com água parada e repleto de limo, o que me entristeceu muito, pelo fato de estarmos vivendo uma epidemia de dengue em algumas cidades do Estado, e, justamente na capital, essa demonstração de descaso é frustrante.
A recompensa para tamanha frustração é o jardim no entorno do Museu, muito bem cuidado, simplesmente deslumbrante.
Enfim, uma viagem investigativa inesquecível. Vivenciamos momentos que certamente contribuirão muito para nossa formação profissional e pessoal.
Ficou nítida a necessidade de momentos como este, para que a turma interaja e se conheça melhor.
Finalizo agradecendo imensamente às Professoras Thaís dos Santos e Rosana Pontes, por nos acompanhar nesta viagem, e a todos os professores envolvidos direta ou indiretamente com o Projeto PARFOR, pelo empenho em formar profissionais realmente comprometidos em transformar o ato de ensinar em algo mais complexo, visando à formação do cidadão como um todo. Sinto-me privilegiada pela oportunidade de conviver diariamente com pessoas tão especiais.


Sivaneide Pereira Vieira - 3º semestre 2013/1









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