quinta-feira, 4 de abril de 2013

O Patinho Convencido

Era um triste dia de inverno e a tranquilidade do lago marcava o acontecimento.
Num cantinho, perto de um arbusto, a mamãe pata observava triste o nascimento dos filhotinhos.

Quatro patinhos nasceram feios e saíram da casca, por último, surgiu o patinho mais lindo de todos.
Que coisa! Como isso pode acontecer? O patinho recém-nascido rejeitou os seus irmãozinhos e eles foram chorando para perto da mamãe.
A mãe pata, porém falou ao patinho mais bonito: “- Não faça mais isso com seus irmãos”.
O tempo passou e, quanto mais ele crescia, mais bonito ele ficava, os outros cada vez mais se sentiam inferiores e falavam mais: “- Que pato bonito!”
Ele vivia sempre sozinho, porque se achava melhor do que todos por ali. "- Já que ninguém reconhece minha beleza, vou para um lugar onde eu possa ser adorado", pensou o patinho.
Ele foi em direção da cidade, andando até anoitecer. Com muita fome, mas com muita coragem também, não se deixou abater.
Sem ao menos se importar com as pessoas ao seu redor, com essa ideia na cabeça ele adormeceu feliz da vida.
Quando acordou, seguiu o barulho dos carros para ver se conseguia comida. Correu, viu patos brincando tranquilamente num parque. Como era muito metido, não foi notado e nem aceito pelos outros.
Todos os dias, via muitos patinhos naquele lugar, mas não se aproximava, porque achava que nenhum estivesse a sua altura.
Numa manhã chuvosa, quando acordou, encontrou uma família de patinhos coloridos que brincavam alegremente e assim se interessou por estar junto com eles.
O patinho convencido percebeu que os outros não ligavam para beleza. O tempo foi passando e ele viu que nem todos somos iguais, porém podemos viver com as diferenças.
Finalmente, ele voltou para casa e aprendeu que teria que conviver com as desigualdades e, assim, viveram felizes para sempre.


Autoras: Andréa da Silva, Angela Malaquias, Danielle Monteiro, Gisele Madureira, Juliana Cândido Alves - 3º semestre 2013/1

Proposta: reconto do Patinho Feio, de Hans Christian Andersen, transpondo a narrativa para a atualidade, conforme as tendências contemporâneas da literatura infantil.
Aspectos mais positivos do trabalho: O reconto preserva a estrutura do conto original, no entanto, inverte o papel do personagem principal. De vítima discriminada pelos outros, passa a ser aquele que narcisisticamente se ilude com sua linda aparência e discrimina seus semelhantes. Simples e bastante inteligente transposição para a atualidade, em que muitos livros de literatura infantil trazem como temática o respeito à diversidade, conforme recomendam os PCNs/temas transversais. Isso sem perder a magia do conto original. Destaque para a maravilhosa apresentação do teatro de sombras, com siluetas de figuras delicadamente elaboradas. Desse modo, conforme defendem as autoras, as crianças que ainda não sabem ler podem acompanhar a história somente pelas imagens projetadas. Parabéns ao grupo!
Público indicado: pré-leitor (a partir de dois anos de idade) em diante.



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