segunda-feira, 22 de abril de 2013

Ser professora de Educação Infantil é saber contar histórias

Todo professor é um pouco de tudo, em especial o de educação infantil.
A criança se espelha no professor, imitando-o nas suas brincadeiras e, por isso, temos que ter cuidado com tudo que falamos e fazemos.
Quando estamos em sala de aula ou na recreação, há sempre uma das crianças que vai chegando de mansinho do nosso lado, e logo está sentada no nosso colo.
Com jeitinho e muito carinho, conversamos com ela para que vá ficar com os amigo. Todos vão querer colo e não há como dar colo para todas. Esse momento é muito delicado, porque a criança está com saudades dos pais ou, simplesmente, quer um pouquinho de carinho e atenção, muitas não têm esse momento de afeto.
Amo o que faço e adoro ver o brilho no olhar das crianças, quando elas vêm para mostrar um desenho que fizeram em casa para mim.

Muitas vezes, ganho flores que colhem no caminho da creche, e o prazer delas é me verem com a flor no cabelo. Às vezes, a flor é tão pequenina que não dá para colocar no cabelo. No entanto, mesmo assim, fico muito feliz com o gesto e guardo o precioso presente com todo carinho.
Brinco de roda, danço, canto, viro criança outra vez e vejo que, no fundo, temos que voltar a ser criança. Olhar para trás e ver que já fomos como elas. E uma das coisas que elas adoram é quando conto uma história.

Pode parecer uma coisa simples, pois qualquer um conta uma história, mas quando esta história é cantada, trata-se de um novo modo de contá-la. Então, elas vibram, porque é algo diferente e, se o professor que conta histórias faz as vozes dos personagens, isso fica divertido e elas se encantam, pois tudo que veem é novo. Desse modo, não fica cansativo e sim prazeroso.
Contar uma história não é só abrir um livro e ler as palavras mecanicamente. É muito mais. Você tem que entrar no mundo da imaginação e, naquele instante, torna-se o mocinho(a) ou um super-heroi. Esse momento de interação com as crianças nos faz muito bem. Ao mesmo tempo que ensinamos, aprendemos com elas.
Sempre que me refiro às crianças com quem trabalho, falo que são minhas crianças. Outro dia, uma das merendeiras perguntou se elas já haviam tomado lanche e eu respondi que “AS MINHAS CRIANÇAS” ainda iam tomar. Uma delas me chamou e disse "tia eu sou do meu pai" e eu expliquei para ela que sim, ela era do pai dela. Entretanto, na creche, eram como se fossem minhas, pois tenho que cuidar, educar e alimentar a todos como se fossem meus filhos. Aí ela sorriu, e agora quando falo as "minhas crianças", não reclama mais e sempre me abraça.
Todos os carinhos e mimos como uma flor, ou folha, porque não tinha uma flor, ou um desenho feito em casa. Tudo isso não tem preço e é muito prazeroso ser professor de educação infantil.

Por isso, estou cursando uma universidade, para dar o melhor de mim para essas crianças que tanto me adoram e que precisam de mim, tanto quanto preciso delas.
Professor e pais juntos ensinam valores, a partir de bons exemplos. Assim, com a parceria dos pais para estimulá-los com leituras, podemos ter bons futuros profissionais de qualquer área. É fundamental que as auxiliares de creche cursem Pedagogia, bem como façam sempre cursos para aperfeiçoarem o seu fazer.

Rosa Maria de Deus - 3º semestre 2013/1

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