sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Crônica...


Crônica...
Taí uma palavra que eu escuto desde minha segunda série! Quando comecei a ler os livros pedidos pelos professores do ensino fundamental, lembro-me que tinha um amigo mais velho que estava na quarta série que teve um livro de crônicas para ser lido. O nome do livro era “Para gostar de ler”. Ao folhear o tal livro, não me parecia nem um pouco atrativo! Afinal, onde estavam as figuras? O tempo foi passando e eu cheguei à quarta série e adivinhem o que caiu em minhas mãos? Sim ele mesmo! O tal do “Para gostar de ler”, eu dei aquela olhadinha como quem via uma pessoa que já havia sido apresentada no passado, mas não tinha criado um laço de amizade, nem mesmo de simpatia! Mas lá estávamos nós. Eu e ele, ele e eu. 
A capa era de um barbeiro careca de óculos e o autor do livro não era apenas um, mas sim vários! Minha cabeça fervia! Como vou fazer o resumo do livro na prova bimestral, se não é apenas uma história, mas sim várias histórias e cada uma contada por uma pessoa diferente? O tempo passou a ser o meu maior inimigo, cada dia que eu encarava o “Para gostar de ler” ele me observava do meu criado mudo e menos tempo eu tinha para ler até a prova final. Faltando dois dias para a prova, me vi na obrigação de encarar aquele livro que era uma pedra no meu sapato. Sentei, deitei, tornei a me sentar e a cada hora que passava eu ia começando a gostar de ler aquelas histórias curtinhas. Às vezes engraçadas, às vezes sem pé nem cabeça, algumas tristes, mas cada uma diferente da outra. Comecei a notar também que cada autor tinha seu modo de escrever, e aprendi a ter preferência por alguns deles.
E agora estou aqui, fazendo uma coisa que eu nunca imaginei que iria fazer: escrever crônicas. Com muito menos medo do que antes, mas, mesmo assim, receosa desta minha antiga conhecida.

Daniela Taborda - 2º semestre 2012/2

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