terça-feira, 1 de setembro de 2015

Que educação é essa?


Ao ouvir essa indagação, pode-se recordar da música “que país é este?” do Legião Urbana, o que nos leva a uma reflexão muito profunda, lembrando que tudo o que ocorre em um país tem relação direta com a educação. 
Uma economia estável gera um ensino de qualidade; um país sem corrupção, ou que trata os corruptos sem privilégios, gera também uma boa educação; uma família bem estruturada leva a uma boa educação. De qualquer ponto que observamos, a educação sempre é dependente de outras instâncias sociais e políticas para que ela aconteça. Não existe educação por si só, mas um conjunto de fatores que nos levam a ter uma educação.
Considerando todos os pontos acima elencados, percebemos o quão importante é a análise que os governos devem fazer a respeito da educação, não bastando apenas criar uma diretriz de ensino, sem olhar profundamente para a realidade de cada região.
Este ano, por exemplo, pudemos ver bem de perto essa falta de respeito, pois somente seis alunos de escolas rurais fizeram o Enem, e mesmo os que fizeram foram muito mal. Com isso, percebemos uma estrutura ultrapassada, a mesma que há algumas décadas Paulo Freire criticou como "educação bancária", em que se acredita que o melhor é ir depositando um mar de informações nos alunos, sem nem mesmo se preocupar com a individualidade
ou dificuldade de cada um, ou até mesmo se irão aprender ou não, o
importante é seguir o plano e aplicar tudo o que nele está estipulado dentro do prazo.
Devemos olhar sim para a identidade de cada povo e buscar educar a todos e não somente as crianças, devemos adequar a educação de acordo com a realidade de cada um, sem gerar uma luta de classes, em que quem vai mal sempre é tachado de burro e quem vai bem, de inteligente. Esse modelo, além de incentivar as maiores formas de bullying, não é capaz de identificar se aquele aluno chamado de burro, na verdade, possui problemas pessoais, ou patológicos. Fazendo assim, esses sistemas estarão cada vez mais inertes em uma realidade fantasiosa e competitiva, sem dar a mínima importância para os que podem ser diferentes.

Flavio Ferreira Pestana - Filosofia (2º semestre 2015-2)

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