terça-feira, 8 de setembro de 2015

Utopia da Educação

A sociedade humana parece ter perdido a noção do real sentido de educação. 
Deixou-se de lado o desenvolvimento pessoal, o aperfeiçoamento das habilidades e virtudes e a contribuição para o bem comum; privilegiou-se o mercado de trabalho e o conteúdo por si mesmo. Novos métodos educacionais surgiram com o passar dos anos e
a iniciativa de Paulo Freire destacou-se tanto no Brasil, quanto no mundo.
Para combater o que o pernambucano nomeou “educação bancária”, o modelo tradicional, no qual o professor transmite o conhecimento e o aluno apenas o recebe, a sala é disposta em forma de círculo. Isso permite maior interação e diálogo nas aulas. A cultura e a experiência de vida que cada um traz consigo são reconhecidas e compartilhadas. Assim, a escola não se prenderia ao conteúdo presente nos livros didáticos ou apostilas.
A equipe que trabalhava com Freire realizava uma pesquisa participante e, dessa forma, os estudantes eram alfabetizados, a partir das palavras associadas ao seu cotidiano. Além do
abecedário, ensinava-se o aprofundamento nas questões sociais e a crítica das estruturas econômicas.
Essa pedagogia reflete os conceitos antropológicos de Freire: somos seres curiosos, inacabados, questionadores por natureza e não vivemos sozinhos, precisamos do outro. Nas relações humanas,
construímos o aprendizado.
Segundo o patrono da educação brasileira, ensinar é criar possibilidades para a produção ou construção de conhecimento. Que a escola possa adotar uma visão humanista, a compreensão do ser em sua totalidade, e incorporá-la em sua missão.

Mariana Medeiros Prates Maia - Letras (2° semestre 2015-2)

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