terça-feira, 8 de setembro de 2015

Paradoxo da raça humana


Um homem, com uma “ideia gulosa de fazer uma crítica à educação do país”, juntou-se com mais uma dúzia de pessoas para desenvolver um programa de alfabetização de adultos, em “Círculos de Cultura".
Assim, esses idealistas conseguiram mudar uma região, não geograficamente falando, mas no sentido da concepção de ser pensante, para os moradores que, na grande maioria, eram analfabetos. Tendo resultados imediatos bastante significativos, só não ultrapassaram todos limites, por causa de opressores que, com essa benfeitoria, sentiram-se ameaçados.
Mesmo sob a opressão da ditadura militar, esse homem deu parte de si para o mundo e esse era Paulo Freire. No entanto, por mais que ele tenha deixado um vasto legado para nós (educadores e futuros educadores), o passado se repete em nossa atualidade. A “massa modificadora” não consegue fazer cair os princípios dos gigantes chamados Política e Políticos, que por vezes, mais uma vez, entretanto, nunca definitivamente irreversível, conseguiram fazer com que os educandos deixassem de ser estimulados política e pedagogicamente e, com isso, passaram essa falta de estímulo para suas proles (nossos atuais jovens e crianças).
Educar é uma via de mão dupla que quando uma delas está em falta, nada do que deveria ser proposto acontece, pois os educandos, ao entrarem nas inúmeras celas que é a escola, todo o seu conhecimento de mundo e energia têm que ficar do lado
de fora, e os educadores têm agora a função de carcereiros, desconstruindo, assim, todo um sentido sobre o que é Educar e Educar para Transformar o Futuro de todos.
Ou seja, os seus são os meus, porém os meus têm que estar diferenciados 
em todos os sentidos dos chamados nossos.

Willian da Silva Lima - Letras (2º semestre 2015-2)

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