terça-feira, 8 de setembro de 2015

Que educação é essa?


Indago a mim mesma a importância de um mundo melhor. Penso que ora reclama-se da vida, ora não se esforça para fazê-la melhor. E o que fazer para termos um bom mundo? Ora, temos que ter bons cidadãos vivendo nele.
O conhecimento precede um bom cidadão, que precede um mundo melhor. Atrevo-me a dizer que, em nosso país, temos que saber trabalhar, ao alcance das possibilidades existentes, a educação básica que, por sua vez, é obrigatória - e todos sabem disso. Até agora nenhuma novidade. 

Em contrapartida, há também alguns outros lados da moeda. Temos o governo – que por obrigação estabelece diretrizes curriculares para as escolas, e, temos também alunos e professores. Cada qual com sua respectiva função. No Brasil, há uma certa impressão, sob meu ponto de vista, de que o governo acha divertido apropriar-se de verbas sociais para seu próprio benefício. Economizando, assim, as verbas de alguns setores como, por exemplo, da educação. E, por quê? Eu respondo: propositalmente. 
A grosso modo, faz-se questão de construir barreiras para a construção, obtenção e compartilhamento de conhecimentos. O governo, por sua vez, decidiu que a remuneração de um professor deve ser equivalente a de um simples operário.
Por outro lado, os professores estão cada vez mais escassos no
mercado e desvalorizados. Há, ainda em alguns deles, a esperança de uma educação melhor, de condições melhores, de um mundo melhor.
Há também os alunos. Aqueles que serão, futuramente, os adultos
responsáveis pelo mundo. Alguns com muita vontade de aprender, outros nem tanto, e outros tantos que frequentam a escola somente por obrigação.
Independentemente da posição em que se encaixa cada aluno, todos têm o direito de aprender. Todos têm o direito de ter um bom professor, devidamente remunerado e valorizado para exercer tamanha difícil função.
Paulo Freire ressalta a importância de uma boa educação. Em sua longa carreira de educador, ele priorizou a conscientização das camadas populares sobre quão importante é um cidadão devidamente alfabetizado, ser pensante, crítico e ativo. Freire recusa-se a valorizar o método de "educação bancária", em que professores depositam o conhecimento no aluno, tratando-o como passivo e ser não-pensante e não-crítico, sem conhecimento algum. O conhecimento deve ser compartilhado. Conforme Freire, alunos e professores constroem o conhecimento mediados pelo mundo.
É árdua e difícil a função do educador. Portanto, deve-se voltar a atenção, principalmente, para a educação do nosso país. Que cidadãos estamos formando? Que mundo queremos para os nossos filhos e netos? Como fica a situação do Brasil perante os outros países desenvolvidos?
Cidadãos desta nação, vocês devem valorizar as escolas e os professores dos seus filhos, devem cobrar o governo para terem seus direitos.
A educação merece a atenção de todos, os professores merecem ser
valorizados, porque são os poucos que se preocupam com o desenvolvimento intelectual do povo como um todo.
“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.”
Paulo Freire


Raphaela Mouco Fernandes - Letras (2º semestre 2015-2)

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