quarta-feira, 13 de maio de 2015

Círculo de cultura na Educação Infantil?


No dia 27 de março de 2015, a professora iniciou a preparação de um conteúdo programático, em que seria organizado em “círculo de cultura” (FREIRE, 1987), como forma de problematização do texto "A mediação da leitura na Educação Infantil: onde a Leitura de Mundo procede a das palavras" (SOUZA; SERAFIM, 2009). A atividade foi inspirada nos princípios da pedagogia freireana: círculo de cultura, tema gerador, diálogo, problematização.
O texto em questão a ser discutido faz um questionamento importantíssimo em torno da criança e de suas vivências e conhecimento de mundo, e apresenta a mediação do professor na tarefa decisiva, quando o enfoque é a leitura na Educação Infantil, e como essa mediação é trabalhada na prática pedagógica em sala de aula.
A professora agraciou a todos da classe com a prática da liberdade dialógica sobre o conteúdo estudado, abrindo caminhos para as inquietações em torno do tema gerador. Até o primeiro momento, não tinha ouvido falar sobre o que significava um “círculo de cultura” e de sua proposta. A professora iniciou apresentando o tema gerador a ser discutido com a turma “a mediação pedagógica da leitura”. Então, descobri que o “círculo de cultura” é como uma "roda" de conversa, semelhante a que fazemos com as crianças na Educação Infantil, assim, o tema foi abordado de forma descontraída com perguntas e respostas e todos puderam participar.
O clima estava descontraído, os alunos participativos começaram a expor as perguntas e com elas as dúvidas, e a mediação da professora aconteceu sempre que necessário para cada explicação.
A troca de experiência foi mágica e enriquecedora entre os alunos. O mundo da leitura é significativo quando o professor, como mediador incansável, se propõe à prática do ato de ler, dando oportunidade a um mundo de novos sentidos com seus vários significados.
Começaram a surgir os relatos de experiências dos alunos, nos seus respectivos trabalhos, na área Educacional, em relação à leitura e às mais diversas formas de atuação em sala com as crianças.
Perguntas surgiram, como a da Edna, quando ela questionou a professora que quando realizamos a apresentação de um livro para o aluno, se a criança conseguiria, na sua concepção, compreender o que é o narrador da história, e a professora respondeu que sim.
Como dizia Paulo Freire (1989), na sua compreensão crítica do ato de ler, que este não se esgota na decodificação pura da palavra. O ato de ler é uma prática incansável pelo entendimento do mundo e dos seus significados.
Não importando as mais diversas formas de praticar a leitura, temos o dever de inserir tal prática dentro das escolas, onde poderemos alcançar bons resultados com projetos possíveis de se trabalhar com as crianças o hábito da leitura dentro e fora da escola.
Para Paulo Freire (1989), todos possuem uma bagagem de conhecimento e vivência de mundo e palavras. Sendo assim, nós, como futuros educadores, devemos ter um olhar a mais para novos métodos, dando oportunidade para aulas mais prazerosas e dialógicas em que os alunos seriam participantes ativos com a mediação do professor, no que diz respeito a construir novas hipóteses e leitura de mundo.

Referências bibliográficas:

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1989.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 17ª. ed. 1987.

SOUZA, Helen Danyane Soares Caetano de Souza; SERAFIM, Mônica de Souza. A mediação da LEITURA na educação infantil: onde a leitura de mundo precede a das palavras. In: RODRIGUES, Caroline; SILVA, Cláudia Heloísa Schmeiske da; LOPES, Iveuta Abreu; BERTONI-RICARDO, Stella Maris; MACHADO, Veruska Ribeiro. Leitura e Mediação Pedagógica. v. 30. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. (Série Estratégias de Ensino).

Andréa da Silva (7º semestre Pedagogia PARFOR)

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