quarta-feira, 13 de maio de 2015

Círculo de cultura II: uma pedagogia marcada pelo diálogo


Nós alunas do 7º semestre do curso de pedagogia PARFOR da Universidade Católica de Santos, juntamente com a Professora Rosana Pontes, realizamos no dia 13 de abril de 2015 o II Círculo de Cultura (FREIRE, 1987). Tendo como tema gerador "a mediação pedagógica da leitura", com base na problematização do texto: "Mediação: Estratégia facilitadora da compreensão leitora" (FREITAS, 2009). Foi dado início às 19:30 e término às 20:35.
As alunas aparentemente estavam calmas, algumas mais centradas e mais participativas que as outras, mas todas respeitaram seu tempo de perguntas e respostas, narrando fatos em seus exemplos de experiências práticas. Houve grande participação do grupo de investigação em formular perguntas e participar das discussões.
Segundo Vygotsky (apud FREITAS, 2009, p. 67), “as interações entre os indivíduos [...] e com o objeto do conhecimento desempenham um papel fundamental no seu desenvolvimento cognitivo, e o conhecimento se dá em um processo de transferência do social para o individual”. Ainda, conforme explica Freitas (2009), com base em Vygotsky, o discurso desempenha um papel central na construção do conhecimento.
O texto utilizado como objeto de estudo para este círculo de cultura nos mostra o relato de uma pesquisa com uma aluna do 5º ano do ensino fundamental, em que o objetivo principal é mostrar a importância de um mediador como facilitador da compreensão leitora.
Durante toda a realização do círculo de cultura, houve a mediação de nossa professora para que o tema central não fosse disperso. Observamos, no círculo de investigação, o quanto a mediação é importante no processo de aprendizado da leitura e o quanto o "trabalhar em par" beneficia o aluno. Foi nos dado um exemplo claro disso, quando a professora mencionou o fato de sua sobrinha de 9 anos de idade ter melhorado seu hábito leitor, tendo como mediadora sua amiga. Desta forma,  os conceitos utilizados na mediação, em que o professor, ou neste caso a amiga,  serviu de apoio, mediando assim o desenvolvimento da leitura e exercitando a compreensão do leitor principiante que passará a leitor ativo. (FREITAS, 2009, p. 68)
Para uma boa compreensão, o texto deve ser de acordo com o mundo do aluno, pois quando o aluno contextualiza a leitura, ele a compreende melhor. Segundo Freitas (2009), ler é produzir sentido em um processo de interação autor-leitor-texto-mundo.
Freire afirma em seu livro "A importância do ato de ler" (1989) que a primeira leitura é a que circunda a criança no seu dia a dia, ou seja, o mundo no qual está inserida, já que a leitura do mundo precede a leitura da palavra.
Ao realizarmos o círculo de cultura e investigação, conforme Freire (1987), foi notável uma ação libertadora de conhecimentos durante a troca de experiências: “o pensar do educador só ganha autenticidade na autenticidade do pensar dos educandos mediatizados ambos pela realidade” (FREIRE, 1987,p.62), ou seja, uma pedagogia marcada pelo diálogo.


Referências bibliográficas:

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 17ª. ed. 1987. 

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1989.

FREITAS, Vera Aparecida de Lucas. Mediação: estratégia facilitadora da compreensão LEITORA. In: RODRIGUES, Caroline; SILVA, Cláudia Heloísa Schmeiske da; LOPES, Iveuta Abreu; BERTONI-RICARDO, Stella Maris; MACHADO, Veruska Ribeiro. Leitura e Mediação Pedagógica. v. 30. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. (Série Estratégias de Ensino).

Kelen de Jesus Silva Dutra (7º semestre Pedagogia PARFOR)

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