sábado, 16 de maio de 2015

Círculo de cultura 1: deixar fluir a leitura de mundo


Sobre a atividade do Círculo de Cultura 1 (FREIRE, 1987), foi proposto que fizéssemos dois círculos : um de participação (círculo de cultura) e outro de observação (círculo de investigação). No círculo de participação, foi abordado o tema "mediação pedagógica da leitura", por meio da problematização do texto: "A mediação da LEITURA na educação infantil: onde a leitura de mundo precede a das palavras". (SOUZA; SERAFIM , 2009)
Durante a discussão no círculo de cultura, pude observar que algumas alunas demonstraram interesse genuíno em dividir conhecimentos, outras, por desconhecimento ou mesmo por timidez, resumiram-se a apenas acenos afirmativos, não apresentando suas ideias sobre a leitura em discussão. A intervenção foi, em sua maioria, por parte da professora, que introduzia questionamentos sobre o tema, o que fazia com que as alunas debatessem sobre o assunto abordado.
Nesse sentido, cabem os ensinamentos de Paulo Freire (1996, p. 30): "saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção".
E é com essa construção de conhecimentos que, pouco a pouco, foram se revelando práticas de nossas vivências, como estamos contribuindo para a formação dos alunos. Foi exposta a maneira que estamos trabalhando e desenvolvendo as práticas pedagógicas, como entendemos a alfabetização e o letramento.
Discutimos sobre investimento público, o que precisa ser feito e como utilizar essas estratégias em benefício dos alunos; como integrar a leitura em sala de aula, como tarefa diária, que não apenas seja rotineira, automática, mas que proporcione aos alunos uma agradável sensação de liberdade e que torne esse aluno um leitor crítico.
Em muitos casos, o acesso aos livros fica exclusivo ao ambiente escolar, por isso, cabe ao professor, dentro dessas perspectivas, aguçar o senso literário do aluno. Sabemos que essa façanha é quase uma utopia, devido à falta de estímulos, seja no ambiente doméstico ou mesmo por parte de nossos colegas de profissão, mas que cada um de nós, conforme observado, tem trabalhado estratégias para alcançar êxito. Pude constatar que temos professores em sala de aula fazendo sua parte.
Conforme Paulo Freire (1989), é preciso estimular a leitura, de modo que seja algo libertador, não opressivo, deixar fluir essa leitura de mundo, para que o aluno tenha o desejo de aprender e ampliar sua cultura, por meio da leitura do texto escrito.

Referências bibliográficas:

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREIRE , Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessário à prática educativa. 30ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

SOUZA, Helen Danyane Soares Caetano de Souza; SERAFIM, Mônica de Souza. A mediação da LEITURA na educação infantil: onde a leitura de mundo precede a das palavras. In: RODRIGUES, Caroline; SILVA, Cláudia Heloísa Schmeiske da; LOPES, Iveuta Abreu; BERTONI-RICARDO, Stella Maris; MACHADO, Veruska Ribeiro. Leitura e Mediação Pedagógica. v. 30. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. (Série Estratégias de Ensino).

Quésia Ângelo de Lima (7º semestre Pedagogia PARFOR)

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