terça-feira, 24 de novembro de 2015

Nada é mais importante do que o sorriso de alguém que está aprendendo


“É porque amo as pessoas e amo o mundo que eu brigo para que a 
justiça social se implante antes da caridade”. Esta frase, dita por
Paulo Freire, no documentário “Paulo Freire Contemporâneo”, é capaz de introduzir os motivos pelos quais seu trabalho é tão importante e, principalmente, atual, para nossa sociedade. 
A educação precisa ser tratada da maneira como merece ser tratada: com atenção e zelo. 
No documentário, podemos ver o início e o processo de trabalho do Instituto Paulo Freire. Os educadores vão diretamente a comunidades: a Equipe Itinerante, por exemplo, vai até as casas, às vezes, na roça, para ensinar.
Podemos ver como a Equipe faz seu trabalho e, ao mesmo tempo,
respeita a realidade dos alunos, que não é uma realidade tão parecida com as suas.
Os depoimentos dos filhos de Paulo Freire são importantes para
contar uma parte, mesmo que mínima, da história de uma pessoa que fez história (e ainda faz). Não só para contar uma história, os
depoimentos reforçam a ideia do trabalho do pai.
Nada mais satisfatório do que ver o sorriso de alguém que valoriza o que está aprendendo. No documentário, nos deparamos com diversas pessoas que têm suas chances multiplicadas pelo fato de começar a entender o que um simples anúncio diz. Nem sempre é só sobre ter suas oportunidades expandidas, mas, principalmente, sobre ter um aumento imenso na qualidade de vida. 
A alfabetização é isso: dar uma segurança mínima às pessoas. A educação não pode ser vista como um luxo, mas como uma ferramenta essencial para construir o que quisermos construir. Os
projetos iniciados há anos por Paulo Freire são provas maravilhosas
de altruísmo do ser humano. Ter ânsia em ensinar pessoas é algo que muda vidas.
A alfabetização não tornaria viável apenas a leitura de um livro, mas coisas ainda mais simples: leitura de nomes de lojas, produtos e informações básicas para ajudar alguém com problemas no dia-a-dia. O quão difícil deve ser para alguém não ter essas possibilidades? É um direito que precisa ser zelado.

Ana Beatriz Cruz Máximo - Letras (2º semestre)

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