quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O tempo, velho amigo

A resposta está na bíblia

“Tudo na vida tem seu tempo”... Escuto isso desde sempre, não sei ao certo sua autoria, mas acredito que há de ter fundamento essa afirmação, mas ao mesmo tempo, como é difícil participar desse “tudo” no tempo certo!
Início do segundo semestre, muita correria, os planos de acertar a medida do tempo, escoam-se como água pelo ralo, há muito o que fazer, muito o que se preocupar, muito o que cuidar e a quem amar em primeiro lugar.

Quando alguém que te pôs no mundo grita por socorro e por colo não há mais nada o que pensar, eu vou. E vou em busca do cumprimento da emoção e da razão, opostos que se atraem num devaneio de desestruturar qualquer árvore frondosa.
E buscando o equilíbrio, querendo acertar os ponteiros do relógio, o tempo passa cada vez mais rápido, provocando certos prejuízos e desajustes à medida que não acompanho sua velocidade.

Muitos trabalhos a fazer, muitos prazos a cumprir e muitas madrugadas sem dormir. E ainda “tudo na vida tem seu tempo?” Que tempo? Onde? Alguém viu? Se todo mundo tem tempo, mesmo não tendo, por favor quero logo a receita, estou atrasada para variar... não quero mais correr atrás desse velho amigo, e sim caminhar do seu lado.
A única vez que me recordo dele foi nos tempos de infância. Como é bom ter tempo para tudo e para nada ao mesmo tempo, num tempo desacelerado, cuja a maior preocupação era criar ocupação para preencher o tempo. Tão calmo, tão brando, que, ao mesmo tempo, passou tão rápido que nem deu tempo de tentar ter mais tempo para me ajustar ao novo tempo.
Tempos de mudança, tempo fragmentado é o que se tem para hoje. Amanhã talvez não dê tempo, e nesse quebra-cabeça se tenta adquirir um melhor tempo para se dedicar ao “tudo” desta vida, que merece ser vivida com tempo aberto, claro, radiante e ensolarado de preferência, sem muitos trovões e tempestades, crendo num tempo de saúde e paz para todos nós.


Débora Brito Ferreira - 2º semestre 2012/2

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