quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Eu autora

Do fim, rumo ao início, ou de volta para o futuro, retomando o princípio, sim... visto que já se faz derradeiro este meu escrever, mas, enfim, citando um dito popular, muito do conhecido por sinal, “antes tarde do que nunca”.... e se tardei a escrever me curvo à delicadeza do leitor que compreende e não se atem a suposições, murmúrios e afins, pois é tarde e logo, logo, nos acalentamos ao cair do segundo semestre.
E mais um ano se aproxima, e mais experiências se acumulam e mais expectativas me impulsionam para o novo, ou o que se faz de novo. Hora de escolher sementes novas e ou replantar as antigas que não vingaram por falta de cuidados específico. Acredito que minhas sementes tenham aflorado, pelo retorno da colheita, mesmo desacreditadas pelo colhedor.
(19h00 atrasada, corro para a universidade, na sala muitos trabalhos ainda por fazer, um texto – uma reescrita, ponho-me a fazer, devolvo na próxima aula – sem tempo para terminar, entregue – corrigido – o elogio e a dúvida: Fizeste sozinha esse texto? Lisonjeada ou ofendida? Interrogações??? Prefiro acreditar somente na primeira opção.)
Bom, então, aqui escrevo e escrevo sem a intenção de ousar, escrevo como exercício na construção de uma dialógica, aguardando a mesma intenção lógica de quem lê, sabendo que meu eu como autora ainda é primário e nesse anseio de rascunhar palavras e frases me desdobro em pensamentos para que algum deles faça sentido o suficiente para despertar o interesse do leitor, ainda que haja dúvida dessa autoria imperfeita.
E mais certa da imperfeição, pois é o que realmente se tem quando se busca o oposto, me ponho a palavrear, buscando sinônimos, antônimos, intercalando gramática, ortografia e literatura como fonte para um suposto bom texto sobre minha autoria, como todos os demais. E por essa razão sou aprendiz, e espero ser sempre assim, ser inacabado, porque aprender e trocar aprendizado são o que me move, com fé numa força maior, num ser supremo (Nosso Pai) que me aponta a direção para a qual caminho com segurança, Nele. Permitindo-me o convívio, o contato com pessoas que me auxiliam nessa busca, oportunizando-me a descoberta de ferramentas para que eu não pare de caminhar.
Assim, por ora, avaliando toda a prática deste discurso, sinto que ao escrever participo do presente e passado, projetando-me para um futuro ainda melhor, sem a pretensão de ser escritora, mas de me impor capaz de assinar meus próprios textos, sendo autora primeiramente de minha própria vida.

Débora Brito Ferreira – 2º semestre 2012/2

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